Mais de duas semanas sem postar absolutamente nada. Pudera: caí na bobagem de ser convencido a formatar o computador. Os problemas consequentes não serão mencionados pra eu não lembrar da frustração de ser incapaz de fazer o Windows reconhecer os drives de CD.
De qualquer modo, estou sem internet. Em compensação, minha vida social vai a mil. Meu último fim de semana durou nove dias. Literalmente. A ressaca posterior foi menor do que a esperada. Ponto.

* * *

Feliz natal a todos. Meu humor não está lá em seus melhores momentos. Coisa rara. A obrigação de se confraternizar com parentes que se evita o ano todo nem incomoda muito. Já é suportável a alguns anos. O grande problema é que uma pessoa em específica, que convive comigo o resto do ano inteiro, de repente surge num esforço inacreditável para estragar o meu fim de ano. Como tenho respeito pelos outros, decidi caminhar de uma "casa de vó" a outra. Assim não corro o risco de estragar o natal de ninguém, como o meu quase o foi.

* * *

A tarde de hoje até foi bastante educativa. O Skayller apareceu em casa no início dela, mandou eu entrar no carro e me arrastou pro shopping. Queria comprar um presente para a "gatinha" mas não tinha a menor noção do que escolher. Me levou como consultor. Não escutou nenhuma das minhas sugestões. Me deu uma bela lição, é claro, sobre o que não comprar. Mas a escolha final não foi de toda ruim. Poderia ter sido pior. E sei lá eu como é essa garota misteriosa para imaginar como ela reagirá ao(s) presente(s).

* * *

De qualquer modo, fica aqui as sugestões presuntescas para presentes de natal e datas presenteáveis em geral. Se você ainda não comprou nada para aquele fulano ou fulana semi-especial, arrisque nas minhas sugestões. Ou volte aqui quando elas forem necessárias.

Livros: escolher um bom livro para presente é bastante difícil, principalmente se você não onhece suficientemente os gostos da pessoa presenteada. Mesmo quando conhece (ou pensa que conhece), os resultados são imprevisíveis. Fica aqui a opinião do Presunto: nada de livrinhos fofos com mensagens fofas. Coisas ao estilo "Querido Irmão" ou "Obrigado, Papai, por ser meu pai" são divertidas mas denunciam uma absurda falta de criatividade, sem falar que no fim ninguém lê os tais livretos. Livros de fotografias agradam bastante, mas já encheram a paciência. Se quiser arriscar, eu sugeriria algo de Anne Gheddes, se o presente for para uma garota. São um tanto caros, variam bastante na verdade, mas os melhores são caros, sim. É fofo, é pseudo-sofisticado, e dá a impressão (mesmo que falsa) de que você gostaria de ter filhos.
Se o presente for para uma amiga, ou amigo, eu já sugiro algo de Nick Hornby. "Como Ser Legal" e "Alta Fidelidade" agradam qualquer pessoa não-chata entre 17 e 32 anos. Se bem que, próximo aos 30, "Um Grande Garoto" é mais indicado.
Para objetos sexuais, "amizades coloridas", ou simplesmente amizades mais íntimas, a escolha definitivamente é "Almanaque 02 Neurônio: Guia da Mulher Superior". Mas tome muito cuidado: tenha certeza de que a presenteada se enquadra nas categorias citadas, ou o presente pode dar a entender que você é gay.

CDs: Isso nem se comenta. Ou você pergunta de cara o que ela gostaria, e checa a coleção dela pra ter certeza de não presentear figurinha repetida; ou apela para a melhor solução: gravar. Musiquinhas fofinhas, bonitinhas, românticas, de preferência que vocês já ouviram juntinhos. Faça uma capinha detalhada (mostre que você se empenhou no presente) e coloque um título como "Músicas de Amor" ou "Coisas para ouvir a dois". Para amigos/amigas, compre a banda que você sabe que o presenteado/presenteada vai adorar. Nessa categoria, as intenções contam pouco. Para amizades coloridas e objetos sexuais, uma boa sugestão é "Lords Of Acid", "French Affair", e outras bandas eletrônicas que falem o tempo todo sobre sexo.

Bugigangas: Lojinhas de 1,99 são templos sagrados. Um arranjo "bugiganguês" sempre agrada, e a origem de seus itens é ignorada. Várias combinações são permitidas, mas é sempre bom garantir alguns itens como sabonete com cheirinho, flores, e incenso. O resto depende bastante. Pode ser uma cestinha de produtos sensuais (cremes afrodisíacos, óleos comestíveis, algemas, calcinhas e etc), cesta de alimentos (chocolates, panetone, uma garrafa de vinho ou a velha combinação "cesta de café da manhã"), ou cesta cosmética (toalha, xampu, cremes, perfume).

* * *

Assim que eu tiver internet em casa, ou a oportunidade de acessá-la com calma (sem primos correndo em volta, mexendo no mouse, ou tocando guitarra no meu ouvido), pretendo continuar a série dos "Quadrinhos Mudérnos" (que a Luiza adorou tanto). O próximo capítulo (?) seria sobre "Criadores Fictícios de Quadrinhos Fictícios Mas Ainda Assim Mudérnos", ou algo do gênero, mas acabei juntando muito material divertido que foge aos limites desse título.

* * *

O período abstinente me permitiu fazer várias coisas as quais eu estava desacostumado. Entre elas, a criação. Tenho desenhado muito, tido muitas idéias para roteiros, e criei uns três novos personagens que me agradaram muito. Também voltei a ler meus livros de Isaac Asimov (em particular "O Cair da Noite", que eu nunca terminei), iniciei uma gigantesca pesquisa sobre quadrinhos nacionais, e reli muita coisa boa que estava perdida no meu baú.

* * *

Desses três novos personagens, a que mais tem me agradado é a Lili, uma garotinha de 6 anos que tem um amigo imaginável, o Nando. O Nando é um monstro de três metros de altura, extremamente forte, no qual a garotinha se trasforma quando precisa. Num estilo meio "Hulk", mas mais puxado para o antigo "Estelar", dos Super Amigos.

* * *

Querem que eu faça fila indiana com os outros netos e cante "Noite Feliz", enquanto meu tio surge na fila vestido de Papai Noel. Sinceramente, vou me levantar daqui e ir direto para a sacada fumar um cigarro. Me poupem, pelo amor de Deus.

"O mundo féxion entrou em crise"
Ou: Quadrinhos Mudérnos
Parte II

Arnold Astrovik
Arnold astrovik é ninguém mais (ou era) ninguém menos do que o pai de Vance Astrovik, o herói Justiça, dos Vingadores e Novos Guerreiros. Quando os poderes mutantes de Vance manifestam-se pela primeira vez, Arnold espanca o filho (chamando-o de aberração) para desencorajar o uso dos mesmos. O abuso continua por muitos anos até que em um momento de descontrole, Vance acidentalmente mata o pai com sua telecinécia, e é considerado culpado de homicídio. Algum tempo depois, Vance consegue liberdade condicional, devido a seu bom comportamento (era um detento exemplar) e, junto com os Novos Guerreiros, tem a chance de visitar diversos momentos do passado. Num destes, encontra seu pai, trinta anos no passado, em Queens, Nova York. O jovem Arnold é um adolescente homossexual e apaixonado por um rapaz chamado Bradley. Atnold sofre diversos abusos na mão do pai, assim como aconteceria com Vance no futuro. Vance começa a entender o motivo dos ataques do pai. Quando batia em Vance, Arnold não motivava-se apenas por ter um filho mutante, assim como Jerry (o avô de Vance) espancava Arnold por sua homossexualidade. Arnold culpava o filho, na verdade, por não seguir uma linha "normal". Culpava a si mesmo, por ter criado um filho aberrante, do mesmo jeito que ele foi para o próprio pai.



Midnighter e Apollo
Talvez o casal mais aplaudido dos quadrinhos dos últimos anos. Desde o seu surgimento, os fãs e mídias especializadas já se perguntavam sobre a provável homossexualidade dos personagens. Warren Ellis colocava diversas "pistas" nas histórias, mas nunca confirmou nada. Quando Ellis deixou o título (The Authority), Mark Millar assumiu os roteiros, e confirmou que seriam reveladas mais detalhes sobre a "relação" dos dois personagens. Numa missão para tentar resgatar a reincarnação de Jenny Sparks de um hospital de Singapura, Apollo é brutalmente atacado por Storm-God e Tank-Man, com fortes pistas visuais que sugerem ao leitor que Apollo é estuprado por Tank-Man. Millar confirmou que escreveu a cena para ser ambígua, mas as consequências e repercussões desta "sugestão" só seriam reveladas no futuro.
Em The Authority #28, Midnighter é atacado e supostamente morto por Seth, uma espécie de super-soldado integrante de uma equipe criada por líderes mundiais para substituir o The Authority. A Engenheira salva a vida de Midnighter na edição #29, e ao fim da história ele e Apollo trocam juras de amor em uma celebração de compromisso (mais especificamente: se casam).
Apollo e Midnighter são obviamente inspirados na dupla Super-Homem e Batman. Apollo absorve energia solar e pode voar, além de possuir uma força extraordinária e ser praticamente invulnerável. Também possui a clássica "visão de calor". Midnighter é a suprema máquina de combate. Utiliza seu intelecto avançado e sentidos aguçados para processar todas as informações e analisar todos os possíveis resultados antes mesmo de uma luta começar. Uma vez analisados todos os dados, sua força, agilidade e velocidade extraordinárias lhe permitem derrubar qualquer oponente.

Vivisector e Phat
A nova versão da X-Force (agora X-Tatix) mostra um lado bastante inusitado dos heróis mutantes. Eles são ricos, famosos, e adorados pelo público. Patrocinados por um milionário excêntrico, os membros da nova X-Force estão constantemente na mídia, dão declarações à imprensa, e ocupam as páginas das mais badaladas revistas de fofocas. Não se tem informação de outro grupo mutante com tantas baixas quanto a nova X-Force (que inclusive chegou a ter um mini-pega com os soldadinhos do Cable, por causa do nome das duas equipes), por isso é comum eles procurarem sempre membros novos. Dois deles, Phat e Vivisector, tentaram de tudo para atrair a atenção da mídia sobre eles. Sabiam que estavam sendo ofuscados pela fama que o Órfão conquistava cada vez mais. Para tanto, chegaram inclusive a simular um relacionamento homossexual, mas acabaram sendo pegos de surpresa quando realmente começaram a se sentir atraídos um pelo outro. Quando perguntado por um repórter sobre o futuro do relacionamento dos dois, Phat deu uma declaração extremamente homofóbica, o que enfureceu muito Vivisector. Mas é fato que, apesar do constante abuso da mídia, a relação dos dois cresce cada vez mais, e fica difícil ocultar as coisas.
Vivisector era um universitário magricelo e extremamente inteligence, capaz de assumir uma forma bestial de impressionáveis capacidades físicas, além de pêlos, garras, presas, e tudo o que vem com o "kit do super-herói animalesco". Phat é um filhinho de papi com total controle sobre sua pele e gordura subcutânea, o que lhe esticar e deformar seu corpo em diversos níveis. O departamento de marketing da X-Force cuidou bem de sua imagem, criando uma falsa história de infância traumatizada, com pais alcoólatras, e envolvimento com gangues de rua.

Bloke
Bloke ganha o prêmio de "personagem mudééérno". Pensem só: o cara era grande e musculoso, e quando manifestou seus poderes mutantes pela primeira vez, tinha a pele multicolorida. Por esse motivo, começou a combater o crime com o nome de Rainbow (arco-íris, símbolo do movimento GLS). Sem falar que ele vivia em San Francisco (tida como capital mundial da homossexualidade). Conforme seus poderes foram se desenvolvendo, ele descobriu que, além de super-força e um grau limitado de invulnerabilidade (o que não o protegeu da artilharia pesada que o matou, logo na primeira missão com a X-Force), ainda podia mudar a cor de sua pele, numa habilidade camaleônica. Apesar de sua cor "natural" ser cinza, ele sempre demonstrou uma predileção pelo rosa. Bloke ainda tinha um amante mutante (nome não revelado) de orelhas pontudas e olhos vermelhos. Após a morte de Bloke esse amante não foi mais visto. Será que está sendo guardado para algo do tipo "a vingança da bicha viúva"? Mais mudééérno impossível, amapô.

- Tás melhorzinha, Bea?
- É... A pressão.. Tá lá embaixo.
- Hmmm... E só podes tomar o remédio da pressão quando ela subir de novo, né?
- Arrãm.
- Hmmm... Queres que eu prepare algo bem salgado?
- Por que?
- O sal faz a pressão aumentar, não faz?
- Faz...
- Então. Queres que eu faça uma sopinha?

Ela abriu um largo sorriso. É... Até que como enfermeiro de improviso eu não sou tão ruim assim...

"O mundo féxion entrou em crise"
ou: Quadrinhos mudérnos

Codename: Knockout, título da linha Vertigo, da DC Comics, ganha o prêmio máximo de "HQ mudééérna". Codename: Knockout conta a história da dupla Angela St. Grace e Arrigo "Go-Go" Fiasco, agentes da G.O.O.D. (Global Organization for the Obliteration of Dastardliness). Uma série extremamente divertida (perfeita para surpreender quem sempre achou que os quadrinhos da Vertigo só abordavam temas sombrios e violentos), com um dos melhores personagens homossexuais já surgidos nos quadrinhos. Go-Go é assumidamente gay, eternamente excitado, cheio de "chiliques" e constantes ataques de boiolice. Frequenta as boates mais badaladas, veste Versace, tem sonhos com Bettie Davis e Camille Paglia e, junto com sua parceira Angela, explora sua sexualidade para combater as forças da E.V.I.L. (Extralegal Vendors of Iniquity and Licentiousness). Gay-mode 24 horas por dia.
Angela, por sinal, é um bônus todo especial. É incrível a facilidade com que ela tira a roupa. De fato, ela passa a maior parte da série completamente nua. Os desenhos são inteligentes na hora de esconder certas partes do corpo que seriam censurados, o que os torna ainda mais divertidos.

- Alô?
- Quem fala?
- É o Felipe.
- Felipe, tudo bom? É a Mariá. O Henrique tá aí?
- Pera que eu vou chamar... Henrique! Ricão!
- ...
- Olha... Ele saiu.
- Ah tá... Felipe, posso te fazer uma pergunta? Aliás, duas perguntas.
- Manda.
- Posso te chamar de Lipe?
- Não.
- E... Qual o teu apelido?
- Presunto.
- Ah... E mais uma coisa... Por que tu não avisa o teu irmão quando eu ligo?
- Eu aviso.
- Avisa mesmo?
- Bom... Eu não cito as vinte e cinco vezes que você liga por dia, uma por uma. Só digo que você ligou.
- Ah, tá... Tchau.
- Tchau.

***

Não sei se é porque eu tô numa ressaca dos diabos... Mas isso me pareceu MUITO surreal.

Há algo de extremamente especial em responder e-mails às sete e meia da manhã, completamente bêbado.

* * *

Quando você divide algo que não vale nada com alguém de valor duvidável, você reavalia o valor que vem dando para si próprio.

* * *

Celibato, e o resto que se foda.

0


Feliz
Aniversário!



Pra quem não estava conseguindo entender os números em cima dos posts, eis a explicação. Hoje, este blogue completa um aninho de vida. Parabéns pra ele, e parabéns pra mim. como sei que não vou ganhar presentes, aceito os comentários ;).

1

Essa é em homenagem ao Brodie.

1

- Sabe o que eu preciso?
- Anh...?
- Me apaixonar! Sinto saudade disso.
- Mas tu já tá apaixonado!
- Tô? Por quem?
- Pela (sorry, fellas. Censurado)!
- Eu não!
- Bom... Pelo menos parece...
- Nem. Já te expliquei isso. Rola aquela atração. Eu curto a mina e tals. Mas não é aquela paixão de passar dia e noite pensando na mina, sofrendo sem parar, batendo cabeça pra descobrir como conquistar a fulana...
- Sei lá... Eu tô tentando eliminar isso ao máximo da minha vida.
- Eu já te falei da minha teoria, né? O legal de se apaixonar, de namorar, é a confusão mental. São as brigas, são as diferenças. Tem que surgir algo de ruim pra completar a sua vida. Se você não tiver problemas, coisas com as quais se estressar... Sua vida fica muito tediosa...
- É... Sei lá...

2

Fiquei sem cigarros. Meu cunhado sempre deixa uma carteira escondida em algum lugar. Procurei, procurei, mas não achei nada. Só o que achei foi uma carteira de Lucky Strike, com um único cigarro virado ao contrário, que já estava a algumas semanas no quarto da minha irmã. "Cigarrinho do pedido", foi o que sempre pensei. na necessidade, meu irmããão! Vai até o cigarro do pedido dos outros. Me livrei da carteira pra não deixar vestígios. Depois disso, a tática é negar até a morte. O cigarro, na verdade, era um Plaza. Tudo bem. Cigarro é cigarro e eu tõ sem grana nenhuma até sexta-feira.
Acendo, dou a primeira tragada e... CAPOF!
Filhos da puta!! Quase morri do coração. O cigarro explodiu. Agora entendi pq ficou tanto tempo jogado num canto. Era um "pega-trouxa". Cortei a ponta do cigarro, pro caso de ter alguma outra bombinha dentro, e continuei fumando meu plaza... Imaginando como minha irmã ia rir da minah cara se tivesse visto a cena.

2

Voltei a brincar com vetores. Dessa vez, fiz uma brincadeira em cima de uma capa de Raio Negro. Abaixo, o desenho, seguido da imagem original.






3

Hoje foi um dia apaziguador. Tive longos papos com um dos meus maiores amigos - um cara que eu respeito ao máximo - sobre atrações do sexo oposto. Mais especificamente, conversas que deixaram os dois desencanados, pelo mesmo motivo e alvo. Depois consegui, num momento milagroso, fazer um interurbano que me fez botar os pés no chão e curtir uma boa amizade (novamente, o alvo envolvido era mulher), e no fim da noite, ainda encontrei uma ex-namorada na net. Esta última é, sem dúvida, o exemplo mais perfeito de como podem surgir boas amizades a partir de relacionamentos amorosos fracassados.

5

Você pode se orgulhar de ser Freak, se tiver no seu computador:

- Abba em espanhol
- Billy Idol em finlandês
- Village People em japonês
- Qualquer clássico do Heavy Metal em versão polka

5

Enquanto isso, no Gibincontro...

Danilo (alter-ego do "Homem dos dois piercings"): Bom... Como tem quarenta e cinco pessoas aqui, e um monte de brindes, não vai haver sorteio. Cada um pode vir aqui e escolher o que quiser.
Um bando de fãs ensandecidos de quadrinhos amontoa-se sobre os brindes e briga por algumas páginas.
Luiza: Tens pressa?
Presunto: Nenhuma.
Luiza: então vamos ficar quietos, numa boa. Depois a gente pega algo.
Passa-se algum tempo, a multidão continua na disputa.
Luiza: Ih! Tô vendo que só vai sobrar o Tex. Ninguém quer...
Presunto: tem Tex ali?? Passa já pra cá!
Luiza: Ih! Evangelion tem um monte ainda também. Se quiserem, podem me dar mais um.
Presunto: Guarda pra dar de presente pra alguém.

6

O Gibincontro foi bastante divertido. Tive de admitir, mudei bastante a minha idéia sobre o HDR. Resumindo: mordi a língua, e com força. Saindo de lá, ainda rolou uma troca de idéias legais, com o William Wallace e seu amigo, Gean. Cheguei em casa ainda a pouco. O pessoal da organização ia se juntar no Mexicano, na Lagoa. Eu pretendia convidar a Luiza e já pedir pra ela arrumar carona pro W.W., enquanto eu ia na frente. Mas como ela se mandou pro Varda, e o W.W. tá semi-incapacitado e totalmente-falido, achei melhor não chegar lá sozinho. Vou ficar em casa mesmo, lendo Tex. ^_^

7




antigo desenho do ARGH!-man, agora (mal) colorido

7

- Você vem?
- Quanto é?
- Dez de consumação.
- Ah... Então não vou.
- Deixa de ser pobre, Presunto...
- Se você dissesse "deixa de ser mão fechada", até dava pra tentar fazer algo. Mas pobre eu não consigo deixar de ser de uma hora pra outra.

7

Fé demais não cheira bem.
Deus cria o paraíso e povoa o paraíso com os anjos. Deus cria um ser o qual ele não pode controlar, mas sabe que alguns anjos vão se rebelar contra essa atitude (afinal, eles foram criados para se rebelarem), criando assim duas forças opostas, o Bem e o Mal, céu e Inferno. Duas potências que, juntas, mantém um equilíbrio. Um não pode existir sem o outro. E é exatamente a existência dos dois, que mantém não um controle sobre o homem, mas sim um limite, um equilíbrio nos seus atos.
Isso é só um pedaço (mais especificamente, o meu pedaço) sobre uma discussão teológica que começou com discussão quadrinhística e agora começa a se tornar projeto quadrinhístico. Idéia original do Jr Rodrigues. Se o negócio continuar do jeito que tem andado, com ótimas idéias do Leonardo Melo e do Adriano, pode acabar se tornando um ótimo roteiro. Só falta achar um louco pra desenhar. ^_^

7

Roteiros a toda. Estou reavivando o roteiro de "Mais uma do Abreu", dando os últimos retoques em "Marechal Brasil", e trabalhando em algumas páginas do "Galo Galáxico". Só falta convencer o Walério a desenhar tudo isso, ou arranjar outros desenhistas (o que parece a saída mais fácil ^_^). Além disso, estou fazendo novos estudos para o personagem "ARGH!-man", e pretendo atualizar o Guia Completo do Homem até o fim do ano.
E... acho que é isso. Amanhã tem Gibincontro, e vou assistir "O Ovo ou a Galinha", curta-metragem do Gralha que eu estou louco pra ver.

Post em homenagem ao virus

Faço muita merda, mas me divirto com os resultados
Nunca acordo de mau humor
Me estresso, sim, mas tento descontar nos armários, pra não ser injusto com quem eu gosto (nem sempre dá certo)
Sou calmo, feliz, de bem com a vida...
Mas que de vez em quando dá vontade de dar uma porrada no virus, isso dá!
O foda é que eu adoro aquele cara. Tem nem como ficar puto com ele (por muito tempo).
^_^

Digna da sessão "Antigos Espíritos do mal"




E um trechinho do e-mail que o julio mandou:
"O repertorio vai ser composto de hits dos anos 80, com muida podrera
dancante e pop rock estiloso. A lista de musicas e enorme, mas tem
muita coisa dos smiths, bangles, cure, violent femmes, new order,
depeche mode, softcell, blondie, breeders, le tigre... mas tambem se
preparem para as bagaceiras: gloria estefan, paula abdul, nina hagen,
footloose, bananarama, b52, miss kittin... bom, ja deu pra sentir o que
vai ser, ne? Musica divertida pra relembrar e rebolar."




Bom, gente. Nada confirmado ainda, mas acabei me empolgando. Tá quase certo. De qualquer forma, já vão se preparando:

- Preço: $15 por cabeça. Parece meio caro, mas a festa vai durar três dias, não se esqueçam. Bebida, por certo, não vai faltar.
- Abojaceira: A casa não é lá muito grande, e não sei bem em que pé estão os quartos (em termos de mobília), por isso o ideal é todo mundo levar baraca, travesseiro, colchonete, etecetera. Mesmo porque, dentro da casa, vai ser praticamente impossível dormir ;)
- Rango: As 15 pratas lá de cima vão direto pras bebidas e, caso precise, pro aluguel de equipamento. Portanto, os comes de cada um, ficam por conta de cada um. Pra não rolar fila pra usar o fogão (aliás, eu nem sei se tem panela), uma boa idéia é levar um $ extra pra comer por lá (barzinho e restaurante próximo não falta) ou apelar pro bom e velho biscoitão de fim de noite.
- Não é festa profi nem nada. É festa de amigos. Pijanautas e convidados, apenas. Sem abusos, por favor, galera. O nível das últimas festas até que tá legal. Como chegar ao local, será explicado no devido momento, depois de tudo arranjado e confirmado.

Pessoas ilustres nos comments: Emir e Luiza. Gente, me senti super honrado agora.
Emir: antigamente eu mantinha uma página de assuntos variados, a Presuntow.com, que por diversos motivos acabou virando este blogue. Depois de mexer um pouco aqui, aparar as pontas ali, tentei separar a parte de diário pessoal da parte de informação/portfólio. Mesmo porque sempre odiei esse lance de "hoje eu acordei, fui pro centro e encontrei fulano e beltrano, e a gente foi encontrar ciclano, que estava triste porque seu cachorro morreu". Pra isso criei o "mini-memórias", ali no canto. Mas como eu não tenho muita paciência pra usar o Blogger Br, e meus textos "memoriais" de mini não têm nada, acabou não dando nada certo.
Luiza: Agora que o seu inferno astral está quase terminando, talvez as coisas melhorem um pouco. Mas, precisando, tem o ombro desse que vos fala. O telefone de casa você já tem, é só ligar ^_^. Ainda mais agora, próximo ao vestibular, que eu decidi me isolar de vez atrás dessas paredes.

e mais um ótimo site sobre Carlos Zéfiro.

Mudanças. Mudanças são sempre boas. Ontem conversei bastante com a minha mãe sobre isso. Não tenho mais dezessete anos, aliás, já estou suficientemente longe da época em que podia justificar minhas merdas pela idade. Por menor que seja a diferença, continuo sendo um dos mais velhos no meio das rodinhas de amizade que eu frequento. E ainda assim, um dos mais porraloucas entre todos eles.
É hora de acordar, compreender o seu espaço e o dos à sua volta. Perceber que do jeito que as coisas andam, se algo não mudar, logo passam do andar para o rastejar. No ponto em que se parou, não vai pra frente, nem volta o caminho.
A vontade de ser rebelde, único, diferente, acabou tornando-me algo do qual sequer eu estava gostando. E se eu me olhava no espelho, e não gostava do que via, como poder esperar que alguém venha gostar de mim algum dia? Não falo especificamente de relacionamentos amorosos, sejam a dois a três ou ao raio que o parta de tanta gente. Amizades, contatos, pessoas que você cruza na rua, dá oi, e mal lembra o nome. Sociedade. Faça o que tu queres pois há de ser tudo da lei, sim. Mas mantenha o controle e limite o seu espaço ao espaço que você reserva àqueles que quer manter próximos.
Especificando o romance, há uma imensa saudade. Estou solteiro desde o carnaval. claro! Houveram aqueles relacionamentos de uma noite. Aqui e ali. Até uma aproximação sentimental, uma comunhão de idéias e objetivos, que é claro, acabou não dando em nada. Mas bem dizer, estou solteiro desde o carnaval. Eu saía nos fins de semana e dizia "por mim tudo bem". Não fazia falta. Se surgisse alguém, seria ótimo. Se não surgisse, não fazia diferença. Eu não me apaixonava, não sonhava com ninguém, não suspirava ao lembrar daquela pessoa que tanto bem me fez. Só, ocasionalmente, sentia aquele vazio desesperançoso, e esperava. Mas eu não posso esperar pra sempre. É hora de parar com a ilusão.
Uma amiga, indiretamente, me fez perceber isso. Pra quem for ler isso aqui, não me entenda mal. Encontrei nela uma grande amiga, e um carinho do qual eu sentia muita falta. Não estou apaixonado por ela, mas houve alguns momentos que pensei que sentia uma atração, aquela vontade. A atração há, é claro. Ela é uma pessoa atraente, inteligente, e muito agradável de se ter por perto. É normal surgir tal atração. Mas no fundo, o que vi nela foi um ícone. Um ícone para tudo aquilo que me fazia falta. O toque de uma mulher. O carinho de uma mulher. A cumplicidade de um homem e uma mulher que se amam. Sentimento. Paixão. Não são as melhores palavras para definir o que sinto por ela, mas são sim, as melhores definições para aquilo que ela fez-me perceber, quão falta faz sentir.
As maiores mudanças começam com pequenos atos. Cheguei em casa, ontem, e fiz a barba. Coisa mínima. Me livrei de algo que me incomodava, e eu não sabia mais porque eu mantinha. Foram-se a barba e as costeletas. Tirei os piercings. Sobrou apenas um, talvez uma última lembrança dos tempos de rebeldia, e ainda assim oculto, reprimido, em um lugar que raramente é visto por outras pessoas. Pequenos detalhes, que aos poucos vão se juntando com outros milhares de pequenos detalhes e, quando você percebe, é uma pessoa completamente nova.
Agora eu tenho de ir, tchau, vou indo, vejo vocês em breve. Estou indo atrás dos meus sonhos.

Acabo de acordar. Minhas mãos estavam dormentes. Tive um pesadelo. Estava numa banca de revistas. Mais especificamente, uma comic shop. As revistas eram de má qualidade, mal editoradas e a preços absurdos. A maior parte delas eram mangás de baixa qualidade, e praticamente todas eram absurdamente finas e com poucas páginas.
No entanto, houve uma parte agradável. As melhores publicações eram fanzines. Escondidos na parte de baixo das prateleiras, eram feitos em páginas xerocadas, considerável número de páginas (em relação às revistas publicadas por editoras grandes) e histórias de ótima qualidade.
Acho que está na hora de eu parar de assinar tantas maillists sobre quadrinhos...

Toca o telefone.
- Alô?
Ninguém responde.
- Alô?
Ninguém responde.
Percebo, enfim, que uma música toca ao fundo.
- "...não vá embora agora meu amor, meu sublime amor. Não vá embora senão eu vou chorar outra vez..."
Ninguém em sã consciência iria me ligar numa tarde de domingo pra me fazer ouvir essa música. "Wow! Uma declaração de amor?" nunca! Ninguém é tão doido assim de se declarar pra mim, seja ao vivo, em sonhos ou pelo telefone.
- Alô!??
- A... AlôôÔ?
- Fala!
- Fe... Felipe... A Graaazi tá aíííí?
- Não. Ela saiu.
- Saaaabes aonde ela foooi?
- Não, Lucas. Não sei.
- Anh... Tchau!
"... baby, eu te adoro..." *click!* Tu tu tu tu

Err... Era só o meu priminho pequeno, o Lucas, procurando pela minha irmã.



E o tédio continua:



Quando o tédio bate, a gente começa a desenhar...



Eu nunca fui muito favorável a esses blogues juvenis com letras de musiquinhas coladas nos posts, mas essa música não podia deixar de ser compartilhada com vocês, meus caros (e raros) leitores. Portanto, abram o Kazaa, IMash, whatever, e baixem.

ARTIST: They Might Be Giants
TITLE: Why Does The Sun Shine


The sun is a mass of incandescent gas
A gigantic nuclear furnace
Where Hydrogen is built into Helium
At a temperature of millions of degrees

The sun is hot, the sun is not
A place where we could live
But here on Earth there'd be no life
Without the light it gives

We need its light, we need its heat
The sun light that we seek
The sun light comes from our own sun's
Atomic energy

The sun is a mass of incandescent gas
A gigantic nuclear furnace
Where Hydrogen is built into Helium
At a temperature of millions of degrees

The sun is hot...

The sun is so hot that everything on it is a gas
Aluminum, Copper, Iron, and many others

The sun is large...

If the sun were hollow, a million Earth's would fit inside
And yet, it is only a middle size star

The sun is far away...
About 93,000,000 miles away
And that's why it looks so small

But even when it's out of sight
The sun shines night and day

We need its heat, we need its light
The sun light that we seek
The sun light comes from our own sun's
Atomic energy

Scientists have found that the sun is a huge atom smashing machine
The heat and light of the sun are caused by nuclear reactions between
Hydrogen, Nitrogen, Carbon, and Helium

The sun is a mass of incandescent gas
A gigantic nuclear furnace
Where Hydrogen is built into Helium
At a temperature of millions of degrees

Luisa: Bom... Agora me ensinem os caminhos pra deixar cada um em casa.
Presunto: Você só tem uma obrigação comigo... Pára no posto que eu tô sem cigarros.
Luisa: Hoje tu tá merecendo!
Presunto: Anh... Err... É que...
Luisa: Não! Hoje tu até tá merecendo que eu pare no posto.
Virus: É! Ele encaçapou duas bolas de uma vez!
Luisa: Encaçapou duas bolas, pagou $1,50 da sinuca, me pagou refrigerante...
Averon: E ainda deu as moedas pro flanelinha! Ele tá todo assim, esbanjando dinheiro hoje.
Virus: É! Que que houve que tás todo cheio da grana hoje?
Presunto: Cheio coisa nenhuma! Fiquei sem um puto pra amanhã.
Luisa: Amanhã todo mundo paga pro Presunto.
Presunto: Nem! Amanhã vou ficar em casa, estudando.
Virus: Estudando pra quê!?
Presunto: Vestibular, daqui a uma ou duas semanas... Não estudei porra nenhuma, ainda.

A piada deve ter sido boa. Foi engraçadinha, pelo menos... É certo que todo mundo sabe que eu vou acabar não estudando merda nenhuma, pra variar... ^_^

Descobrir a participação do pai do Averon na minha vida torna-se uma coisa quase bizarra. Em primeiro lugar, a poucos dias, descobri que o saudoso Markun lê o meu blogue. Logo o meu? Coincidência quase absurda. Principalmente porque, dentre os muitos pais ilustres dos meus amigos, ele faz parte dos que ainda não me foram apresentados. A segunda parte da bizarrice tem a ver com um apartamento da Trindade.
Passávamos hoje pela Trindade, eu, Averon, Virus, e Luiza (no volante). Eis que eu aponto: "eu morava ali"; e o Averon completa: "por pouco não era a casa da minha avó". E eis (de novo eis) que o diálogo me surpreendeu mais do que se podia esperar:
- Ali onde?
- No outro bloco.
- Espera! No mesmo edifício?
- Não, no de trás.
- Tá! Mas era o mesmo condomínio?
- Sim. Só que no bloco de trás.
- Bloco B?
- Sim.
- Eu morava no bloco B. Qual o andar?
- Segundo.
- Putz! Lado de lá ou de cá?
- De cá.
- Que apartamento?
- Duzentos e quatro.
- P*** q** o p****! Era o meu apê!
- Nossa!
- Teu pai que comprou, né?
- É.
- E deu pra tua avó?
- Sim.
Nossa mãe do céu. Minha mãe tinha me dito: "é um cara de São Paulo, que quer comprar um apartamento naquele prédio, pra mãe dele. Aliás, é aquele cara daquele programa da TV Cultura. Sabe?". Na hora eu estava meio desatento, fingi que sabia... Não acredito que até hoje não tinha ligado os pontos. Todas as vezes que falei com o Averon pelo telefone, estando ele no apartamento da avó... No fim das contas ele estava no apartamento onde eu cresci! Onde formei o meu caráter, onde passei os mais belos anos da minha vida (aqueles em que tive mais contato com o meu pai). O apartamento dos meus mais íntimos pensamentos, com o qual eu vivo sonhando, perdido nas lembranças. O apartamento o qual eu era contrário à venda - mas não revelei isso a ninguém - pelo sonho de morar um dia lá. O apartamento que move os meus desejos de montar um super-ultra-mega-f*d*nico pra encher o r*bo de dinheiro e poder comprá-lo novamente.
Nossa mãe do céu!!! Florianópolis, definitivamente, é um c*. E dos mais apertados.

Onde está Wally?

Tardes de tédio resultam sempre em idéias bestas demais. a de hoje foi digitar meu nome (Felipe Meyer, para quem não sabe) no Google. encontrei as coisas mais óbvias, claro: meu blogue, os testes que criei no selectsmart, minhas páginas de scans, a página do Guia Completo do Homem, etc... Acabei descobrindo, também, que jogo na seleção brasileira de rugby. Sim! Existe um Felipe Meyer, do Desterro, que joga como half na seleção. É o meu nome, é o time em que treinei, só não é a minha posição (sou/era 1ª linha/pilar). Este Felipe Meyer, aliás, é técnico do Desterro Feminino Rugby Club, ou seja: vive cercado de mulheres. Sou também um médico oftamologista e mediador matriculado do Centro de Arbitraje y Mediación de Paraguay. Além, é claro, de ser diretor de vendas da South California Air Cargo Inc.
Também parece que fui um dos colaboradores do projeto de Ergonomia Florestal, da Universidade de Concepción, dentre outros clones perdidos pelo mundo.
Pior foi descobrir participações minhas mesmo, euzinho, o original, em coisas que eu nem imaginava que existiam mais, como comentários em uma página de RPG que não é atualizada desde 97; uma versão de humor negro para uma música dos Mamonas Assassinas, numa página de piadas, também de 97; tira-dúvidas de uma página sobre tolkien, datada de outubro de 2000; e o mais bizarro de tudo: uma das minhas primeiras páginas pessoais, ainda sem o W no fim do nick e etc. O tipo de coisa que faz você passar a maior vergonha, mas eu tinha de postar isso aqui.
Acho que o próximo passo vai ser digitar "presuntow" e ver o que aparece.

Dez anos da Morte do Super-Homem. Terceira edição de Cavaleiro das Trevas 2. A série Birds of Prey é cancelada.
Eu devo ser um porre mesmo. Li toneladas de artigos, resenhas, análises psicológicas e demais encheções de linguiça sobre os dois primeiros. Quando fechei a última janela, pensei: "meu Deus! Como eu aguentei ler essa merda toda?"
Chato! Muito chato. Ultimamente venho me sentindo um Jay Sherman desempregado. Passo pelos canais de tevê a cabo repetindo comigo mesmo: "chato. Chato! Chaaaato! Muito chato! Besta! Já vi, não quero ver de novo. Esse é mais chato ainda." Nada mais parece prestar.
Quanto ao terceiro item da lista lá de cima... Birds of Prey era legal, aliás, ainda é, visto que os treze episódios produzidos ainda não passaram por completo no Brasil. É legal, e só. Não é "o bicho", nem "bom pra caralho". É legal. Aliás, legalzinho. Legalzinho como ler "o que aconteceria se o Capitão América fosse presidente dos Estados Unidos", uma história bizarra mas legal, publicada numa edição comemorativa do personagem em questão, junto com a chata adaptação em quadrinhos do chato e não-legal filme do mesmo.
A chatice de A morte do Super-Homem, DK2 e Birds of Prey (que não é lá muito chato, tem seus méritos) é devidamente honrada pela chatice dos mesmos chatos de sempre que desperdiçam linhas e linhas chatas analisando as coisas chatas citadas.
E a chatice desses últimos é revigorada pela chatice deste que vos fala, que senta à frente do computador - para chatear ocasionais visitantes - e vomita palavras chatas sobre esses chatos de galocha.

Bom... Já que a única testemunha direta do caso fui eu, acho que um esclarecimento da minha parte é devido. Saiu uma matéria hoje no Diário Catarinense, na verdade uma pequena nota, no fim da página, sobre o ocorrido, que pode ser lida aqui. Os textos diferem, da versão impressa para a versão on-line, principalmente na questão dos nomes. No jornal, encerram a reportagem com a frase "O DC omitiu os nomes dos envolvidos, pois não houve flagrante". Porém, como pode ser facilmente percebido na versão on-line, os nomes - tanto do Skayller, da Dadi, quanto da mãe dela - foram todos citados. Ainda foi adicionada uma denúncia, de que o Skayller teria roubado o celular e o dinheiro da Dadi, coisa que é totalmente mentirosa, já que o celular em questão, que a Dadi usou o tempo todo, era do próprio Skayller, e todo o dinheiro usado no acampamento - para passagens de ônibus, cigarros, comida e demais - havia sido emprestado por ele. O desinteresse pela verdade fica óbvio, já que ninguém do jornal tomou a iniciativa de me ligar perguntado uma versão imparcial da história, já que ambas as partes, acusado e acusadora, me indicaram como testemunha em suas respectivas denúncias.
Quanto ao ocorrido: sim, o Skayller cometeu uma agressão. Errou, e sabe disso. Eu estava lá, e quase perdi o controle também. Pra quem tiver paciência de suportar a minha narrativa cansativa, a descrição completa do que vi/ouvi segue abaixo.

Bebemos madrugada adentro. Foram quase duas garrafas de vodka. Quase, porque o Skayller guardou um pouco da última garrafa para beber depois. Estávamos eu e ele em sua barraca, e a Dadi do lado de fora, conversando com o resto do pessoal. Ele abriu a barraca e chamou a Dadi uma vez. Ela disse que já ia. Ela entrou na barraca, pegou o resto de vodka, e saiu novamente. Depois de algum tempo, o Skayller a chamou de novo. Ela não foi. Passou mais um bom tempo e ele saiu da barraca, dizendo que ia procurá-la.
Alguns minutos depois ele voltou e me mandou para a minha barraca, com expressão séria. Fui, e encontrei a Dadi dormindo lá. Acordei-a, conversei algumas coisas, e acabei dormindo também, abraçado com ela. Acordei com o Skayller na porta da barraca. "Dadi. Acorda e vamos pra nossa barraca. Agora."
Segundo a Dadi, ela entrou na barraca e ele estava arrumando algumas coisas. Ele me confirmou isso depois. Disse que estava se preparando para ir embora. Segundo ela, ela se virou para o lado e dormiu. Nesse momento, ouvi ele dizer que queria conversar.
Eu estava cansado, e virei para o lado, tentando dormir. Mas não consegui, pois percebi que os dois estavam discutindo. Não escutei muito do início da conversa, mas pude entender que o problema era ela ter ficado fora da barraca conversando com o Robô, e depois ter dormido comigo, ao invés de fazer companhia ao namorado.
"Briga de namorados. Eles que são brancos que se entendam", foi o que pensei. E novamente tentei dormir. Não consegui, claro. Ouvi a Dadi dizer "o que menos me custa é pegar minhas coisas e ir embora". "Tá esperando o quê?", o Skayller disse em resposta. O que se seguiu foi meio confuso. Ouvi movimentos bruscos, um "sai daqui" do Skayller, depois um tombo perto da minha barraca. "Não tenta me bater". Ele repetiu isso três vezes e eu ouvi uma engasgada, como se a Dadi tentasse dizer alguma coisa e não conseguisse. Mais movimentos bruscos, um baque distante. Foi quando ouvi a Dadi me chamar, e o Skayller dizer "não faz escândalo". Saí da barraca apressado e vi o Skayller de pé, encostado na parede da igreja, com uma das mãos na boca da dadi, sentada no chão e empurrando-o para trás.
A Dadi não explicou muito bem o que houve. Só gritava que ele havia tentado matá-la. O Skayller me disse, depois, que ela tentou agredi-lo por causa dos cigarros, e ele a empurrou para fora da barraca. Foi quando ela tentou chutá-lo, e os dois caíram na frente da minha barraca. A própria Dadi confirmou que ele sentou sobre as pernas dela, para ela parar de chutar. Então ele segurou-a pelo pescoço e disse para não tentar bater nele. "Enquanto me sufocava, ele disse que me mataria" é o que diz na matéria do jornal. Bom. Nesse momento eu já havia desistido de tentar dormir, e eles estavam na frente da minha barraca. Juro que não ouvi ele dizer nada disso.
Quando saí da barraca, e separei os dois, ela disse "esse filho da puta tentou me matar" e saiu em disparada pela trilha. Tentei pará-la, pedi várias vezes que ela me escutasse, conversasse comigo. Disse que ela não podia subir a trilha de noite. "Eu vou embora assim! Sem nada! Vou pra casa!" foi o que ela disse. Tentei segurá-la algumas vezes e quase levei uns tapas por isso. Então desisti e parei, pois sabia que ela voltaria. Em menos de dez segundos ela veio correndo em minha direção, dizendo que estava escuro demais, não via nada, e não tinha como ir embora.
Como ela tinha medo de voltar ao acampamento, passei na barraca do _Infectus_ e pedi a faca dele. Sabia que o Skayller não faria nada, mas queria fazê-la sentir-se mais segura. Com a faca na cintura, sentei com ela e comecei a tentar conversar, enquanto o Skayller arrumava a mochila e desmontava a barraca. Ela chorava muito e xingava o Skayller. Chegou a correr para cima dele, mas a impedi. O Skayller só dizia "tira ela de perto de mim", e continuava a enrolar a barraca. Em certo momento, ele resolveu responder às ameaças dela (sobre o que a mãe dela faria com ele), e chamou a mãe dela de drogada, Narcótica Anônima. Ela então pegou a faca que estava comigo e avançou para cima dele. Não fez nada, porque não teve coragem, e porque tirei a faca da mão dela a tempo. Depois começou a gritar, acordando todos da casa ao lado. "Socorro! Socorro! Querem me matar!", ela gritava. Nessa hora, o Skayller estava a cinco metros de distância dela, quieto, de costas, terminando de guardar a barraca. Ela pegou meu celular e disse que iria ligar para a mãe. Para a mãe dele também, inclusive. Eu disse que não. Pedi que tivesse um mínimo de respeito pela mãe dela e ao menos esperasse o Skayller ir embora, e até amanhecer.
Conversei um pouco com o Skayller, disse que ele vacilou, passou da linha. "Haviam mil maneiras de você resolver a situação, mas você perdeu a razão, partindo pra violência". Ele se justificou várias vezes. Disse que ela havia tentado bater nele. "Mesmo assim, não justifica", eu disse. Ele pôs a mochila nas costas e foi embora.
Nesse momento muita gente já estava acordada e à volta dela. Eu ofereci minha barraca para ela dormir, ela recusou, dizendo que ia ligar para a mãe e ir embora assim que amanhecesse. Eu pedi desculpas e então me retirei para a minha barraca. Acordei cerca de uma hora depois, com a mãe dela, nervosa, ao telefone. Arrumei minhas coisas, a contragosto, e me preparei para subir a trilha com ela. Nessa hora tive chance de observar o pescoço dela. Haviam algumas marcas pequenas, de dedos, na parte detrás do pescoço. Tanto o _Infectus_ quanto o Parazitta, antes, tinham me falado das marcas terríveis que haviam visto no pescoço dela. Naquele momento, com a luz do dia já surgindo, não me pareceram tão terríveis assim.
Um barco veio buscá-la na praia, e um carro a estaria esperando na estrada para levá-la para casa depois. A mãe dela mandou-os. Fui com ela, conversei bastante, dei todo o meu apoio. Quando cheguei em casa, liguei para ela, deixando nome completo, telefone e endereço, se acaso fosse preciso uma testemunha. Só fui falar com o Skayller na segunda-feira. Ele queria devolver algumas coisas dela que estavam com ele, e pegar o computador dele, que estava emprestado para a mãe dela, mas queria evitar o confronto. Liguei para ela, me oferecendo para a troca, mas fui recebido por grosseria. Ela e a mãe diziam que só entragariam o computador se ele fosse pessoalmente, e deram um prazo de duas horas para que ele fosse até lá, caso contrário, o computador voltaria em pedaços.
Fomos até lá, eu, ele e o padrasto dele. Ouvimos demais. A Dadi, sentada em um sofá, fumava um cigarro enquanto a mãe dela gritava e esperneava. Dizia que a vida do Skayller valia menos que um tênis Nike, que era o que lhe custaria para mandar alguém do morro da mariquinha apagá-lo. Repetia várias vezes "tu sabe daonde eu vim" e fazia ameaças do tipo "um dia tu podes acordar com a boca cheia de formiga". Chamava-o de maloqueiro, vagabundo, psicopata e sem-pai. Em certo momento, chegou a ameaçá-lo com o cabo de uma enxada. Skayller, graças a muitas indicações minhas e do Chaves, o padrasto dele, ficou quieto. Era melhor assim, dissemos. Ele deveria escutar, aguentar as consequências dos seus atos, e não se manifestar, para não piorar as coisas. Deise, a mãe da Dadi, disse que mandara imprimir cinco mil folhetos com o nome do Skayller, endereço, telefone, nome dos pais, e "o que esse filho da puta fez", para distribuir pela UFSC. "Eu ia te matar! Mas pensei melhor, porque eu tô em recuperação, e resolvi fazer pior. Vou te deixar vivo, mas sem poder trabalhar, estudar, ou namorar. Florianópolis ficou pequena demais para você e a minha filha! Tu nunca mais vais conseguir um emprego nessa cidade, pelo menos não de jornal. Porque toda vez que sair emprego em jornal, eu vou catar o telefone, e dizer quem tu é!".
Então chutou o computador para perto dele, dizendo "pega essa merda e cai fora". Ele pediu pela fonte dele. Ela disse que a fonte ficava como pagamento pelo barco e o carro que ela precisou mandar para buscar a filha dela.
Saímos de lá e ele parou na primeira delegacia. Deu queixa da ameaça de morte, e do furto da fonte e de dois cheques assinados. Dois cheques de quatrocentos reais que ele havia emprestado para a Deise, e que obviamente, essa dívida não seria paga.
Segundo a Dadi, ela não fez a denúncia pois o IML estava fechado. Assim, faria a denúncia na segunda, para já poder fazer o exame de corpo delito. Até o momento que saímos de lá (15:00hs), ela não o havia feito. As marcas do pescoço, inclusive, haviam sumido.
Falou-se de um soco que ele teria lhe dado durante a briga. Eu não vi. eu não ouvi. Eu não vi marcas. Em certo momento ela disse "ele me acertou. Aqui." e apontou para a testa. Não havia nada.
Ontem, em um bar com alguns amigos, a fofoca que rolou foi essa: Skayller e sua tentativa de assassinato. Ouvir as diferentes versões da história que surgiram chegou a ser engraçado. A maioria delas era absurda. O Skayller cometeu uma agressão? Sim. E deve responder por seus atos, da maneira como prevê a lei. Ele cometeu uma tentativa de assassinato? Não. E definitivamente não há como provar que ela existiu. Mas difamação é algo tão grave quanto. Se uma pessoa erra, e erra feio, um belo susto é merecido. Dependendo da gravidade, é preciso que fiquem marcas, para que tal coisa não se repita. Mas punam e marquem uma pessoa pelos erros cometidos por ela. A mentira é algo tão inaceitável, moralmente, quanto a violência. Não existem lados certos nem errados nessa história. Só existe a verdade. E ela aos poucos surge, para o bem de ambos os envolvidos.



Pessoas egocêntricas como eu fazem blogues para ficarem rindo à toa...

Estatísticas mostram que 60% dos casos de violência contra a mulher envolvem agressões domésticas praticadas pelo parceiro em mulheres na faixa de 20 a 29 anos.

Fonte: SUS-RJ

"No extremo Sul da Ilha de Santa Catarina fica um lugar cheio de lendas, histórias, mas principalmente, de uma bela e indomável natureza. O canal da Barra Sul, ponto em que a Ilha está muito próxima ao continente, abriga em uma de suas margens a Praia de Naufragados. A origem do nome causa controvérsias, mas a versão mais aceita, de longe, conta que um grupo de 250 imigrantes açorianos foi embarcado em 1753, com destino ao Rio Grande do Sul, mas as naus foram a pique próximas da ponta de Naufragados, no Canal da Barra Sul. Dos 77 sobreviventes, alguns seguiram viagem até o fim, outros ficaram por ali para povoar a praia.

Mas não foram os primeiros a afundar por ali. Conta-se que o navio São Miguel, comandado por Don Rodrigo de Acuña, saiu de La Coruña, na Espanha, no dia 25 de julho de 1525, com destino ao Rio da Prata, mas não passou do canal da Barra Sul. Como resultado, antes de chamar-se Naufragados, a praia era conhecida como Ponta de Don Rodrigo. Dez anos antes, quem encalhou no mesmo lugar foi a nau comandada por Juan Dias Solis, o descobridor do rio, que passou a referir-se ao extremo Sul da Ilha como Baía dos Perdidos. Um dos 11 sobreviventes foi Pedro Aleixo Garcia, primeiro europeu a desbravar o caminho do Peabiru, que levava até o Império Inca.

De qualquer forma, todos esses acidentes podem ter sido fundamentais para a decisão de instalar no costão direito da praia um farol, que acabou sendo inaugurado no dia 14 de maio de 1883. Ainda restam ruinas da torre branca e circular, de alvenaria, construída num maciço de 30 metros, o que elevava o conjunto a 42,6 metros acima do mar. Pouco depois, o farol recebeu o apoio de uma bateria de três canhões, que continuam lá, mas só foram utilizados para treinos e testes, principalmente durante a Segunda Guerra Mundial, quando voltou-se a temer que a Ilha pudesse ser invadida. Além de jangadas de folhas de bananeira, atiradas no mar para esse fim, foi utilizada como alvo, num rasgo de genialidade, a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba, erguida em 1740 pelo Brigadeiro José da Silva Paes, hoje quase destruída.

O que restou da fortaleza está na Ilha de Araçatuba, localizada bem diante da ponta. Ali também desenrolou-se outro episódio importante. Em 1839, os soldados amotinaram-se e juntaram-se a rebeldes farroupilhas. Capturaram o comandante da fortificação, Alferes Pedro Fernandes e levaram-no para Laguna, onde foi executado. Dias depois, foram todos aprisionados na Praia da Pinheira, em Palhoça, logo à frente de Naufragados."


Fonte: Jornal Diário Catarinense, em 26/02/2002

O SMOKEz parece bem feliz por ter se livrado da Newsite. Agora ele é um ADSLético. Mas a indignação ficou, na página NewSuX. Eu bem poderia fazer uma página anti-matrix, mas, bem... Eles tem sido bem queridos comigo, já que eu não pago desde março ou abril, e continuo nerdiando sem problemas ^_^ (mas não espalhem, hein).

Só mais umas 29 visitas, e este blogue alcança os 5mil. Alguém teria a bondade de dar um screen shot, se for o felizardo? ^_^

Faltaram alguns arquivos, pra variar. Mas eu arrumo tudo depois. Espero que não aconteça como da última vez que mudei o layout, quando eu disse a mesma coisa, mas... Bom, o layout já foi-se, e eu não arrumei por caria nenhuma. O que falta, depende da minha paciência. O que já tem, fica como está. Espero que o novo visual agrade, e que todo mundo entenda pra que servem os ( i )'s. ^_^

Já dizia Marcondes Falcão Maia:
"Vai ser gostosa assim na minha cama, porra!"

Essa sugestão é boa: a página Onan traz uma pequena introdução aos quadrinhos "catecismo", muito bem escrita, por sinal, e segue com uma ótima coleção de histórias de Carlos Zéfiro. "Homenagem à época em que a punheta tinha enredo", diz a página. Muito bom. Troféu joinha.

Desde que comecei a desenhar com as ferramentas do Photo Impact, cada dia experimento algo novo. Comecei com silhuetas, cores chapadas em cima de fotos. Depois fui brincando com traços, brinquei um pouco com o puro preto e branco, fiz uns testes em desenhos estilo manga... E hoje resolvi testar algo bem diferente. Ao invés de me guiar por fotos e desenhos de outros (que resultam num trabalho muito mais preciso), resolvi partir de um desenho meu. Fiz um rascunho de cinco minutos numa folha, escaneei, e passei as seis ou sete horas seguintes refazendo todo o traço por vetores, e pintando. O resultado final saiu bem inferior ao que eu esperava, mas ainda assim me agradou bastante. Abaixo seguem imagens de todo o processo.

Rascunho
Screen Shot 01 - traço todo refeito, e começando a pintar
Preenchimento
Sombreamento
Sombreamento e pintura
Kabuki - resultado final (grande!!!)

Como resolver problemas ao ligar o computador

Jogue os braços pro alto.
Grite.
Desligue o computador.
Ligue de novo.





Find the faces



Não há dúvidas de que Jim Starlin é um grande escritor. Isso é bastante claro, principalmente para quem leu obras como "A Saga de Thanos", "A Morte do Capitão Marvel" e "Dreadstar". Mas ele tem um grande problema, que é o de ser meio besta na hora de lidar com seu complexo de grandeza. Não há roteirista que aborde melhor o personagem Thanos, que por si só já concentra todos os esforços de Starlin nesse tipo de história. Thanos é um semi-Deus apaixonado pela Morte. Criado na década de setenta, seu objetivo sempre foi a busca pelo poder supremo, para destruir metade da população do universo, como um presente para sua "amada".
Retornando ao problema de Starlin: na Saga de Thanos, ele dividiu o trabalho com diversos escritores, e mesmo das histórias que escreveu, a maioria se centrava mais em personagens como o Capitão Marvel e Adam Warlock. Histórias individuais, pequenos crossovers, novas origens, cada uma fornecia um pequeno detalhe que compunha a saga do personagem, que ultrapassou as mil páginas. Já na década de noventa, quando o personagem ressucitou, a fórmula foi um pouco diferente. Surgiram três mini-séries, "Desafio Infinito", "Odisséia Infinita", e "Cruzada Infinita", que acabavam por deixar Thanos um pouco de lado e mostrar as facetas de outro personagem ressucitado, Adam Warlock. Assim como na saga original, nestas foram utilizados os principais personagens da Marvel da época. E este é o maior defeito das histórias. Starlin trabalhou praticamente sozinho no roteiro, não sabendo trabalhar com tantos personagens ao mesmo tempo. E Ron Lin, mesmo sendo um artista notável, não demonstrou habilidade para desenhar a complexidade de tantos heróis. O resultado final foi um bando de fantasmas, personagens sem identidade e de poucas palavras.
Mesmo assim, Starlin está retomando a fórmula numa série chamada "The End", uma espécie de realidade alternativa, igual à cronologia atual, mas que mostra o fim do Universo Marvel. novamente a série aborda o personagem Thanos, todos os grandes heróis da editora, além de um novo personagem, Akhenaten (com visual egípcio e nome que lembram muito um personagem de Starlin da série "Dreadstar").
IMHO, acho que vai ser uma merda.




Passagem de ônibus: R$ 6,60 (ida e volta)
Festa: R$ 10,00
Cigarros: R$ 2,00
Cerveja no boteco da esquina: R$ 1,20

queimar a sua melhor calça com o cigarro;
meter o pé na jaca;
sair de lá sem comer ninguém;
levar cantada de um homem;
machucar a mão socando a parede;
perder a calma com quem você adora;
fazer as pazes com quem você odeia e queria bater;
ser mal interpretado quando precisa de um colinho;
carregar um amigo às dez da matina para o hospital;
dormir no pronto-socorro;
aguentar um amigo bêbado e de braço quebrado;

NÃO TEM PREÇO!

Acho que agora já estou legal pra falar alguma coisa sobre o fim de semana. Sexta-feira não deixou muitos comentários a serem feitos. Bebi demais, e fiz o tipo de coisa que faz-me sentir vergonha de mim mesmo. Terminei a noite no banheiro, chamando o hugo. Quanto a sábado... Ah! Sábado há muito a falar. Foi um acontecimento dos mais surreais dos últimos tempos. De tarde, trabalhei como fiscal no simuladão do Energia. Um bico para ganhar uns trocados, o suficiente para beber no fim de semana. Tudo bem que depois descobri que só recebo pelo serviço na terça-feira... Mas pra tudo dá-se um jeito.
De noite, Pi Emborca 3. Som legal, gente legal e bebida liberada. Discuti e me estressei com várias pessoas que adoro. Fiz as pazes com quem eu odiava. Pra variar, não comi ninguém. Fiquei mal, muito mal. Mental, fisica e espiritualmente. Quando precisei de uma amiga, fui absurdamente mal interpretado.
Dei uma de mãe e arrastei um moleque de braço quebrado pro hospital. Nove horas da manhã e o maluco andando pelo centro, todo cheio de escoriações e hematomas, tomando cerveja e falando bobagem. Me senti na obrigação de levá-lo pra minha casa até ele ficar melhor.
E foi isso. Resumindo. Bastante. Se eu for contar a história toda, vou xingar muita gente, e gastar meu português à toa.






Hide (ex-guitarrista do X-Japan, falecido), no traço do mestre Akira Toriyama

Comentando os últimos desenhos.
Um é uma versão careca do Kieffer Sutherland (pura viagem da minha cabeça).
Outro é o (duh) Space Ghost.
Esse último é em cima de uma foto que a Tati me enviou, onde ela personifica a Morte, personagem xodó dela.
Todos os três são frutos de uma tarde entediante em frente ao computador. Preciso urgentemente achar algo para fazer, assim quem consigo balancear a quantidade de desenhos com alguns textos. Afinal... Se eu não faço nada, fico sem ter o que contar... Se bem que... Desde quando alguém está interessado em saber o que eu andei fazendo...?







Li, em algum dia próximo, em algum lugar (um blogue, provavelmente - é quase só o que leio, hoje em dia), uma frase sobre o céu ser azul por refletir o mar, que por sua vez é azul por refletir o céu. Eu sei que estudei isso em algum momento do primeiro grau, mas foi enterrado no fundo do sótão, junto com os esqueletos dos macaquinhos e todas as coisas estúpidas que eu deveria aproveitar para o resto da vida mas fiz questão de ignorar, em prol da minha sanidade (acho que não funcionou).
De qualquer forma, veio-me à mente uma questão: se a frase é verdadeira (o que duvido; oitenta é nove vírgula cinco do conteúdo de blogues é pura bobagem - o resto é mentira ou verdades chatas), o mesmo vale para rios? Em São Paulo, por exemplo: o céu é marrom por refletir o rio Tietê, ou o Tietê é azul por refletir o céu? Se bem que em São Paulo o céu é cinza...

Momentos que me fazem sentir bem por ser um nerd acumulador de mais informação quadrinística do que uma pessoa normal poderia se interessar:

PrEsUnToW> já viu as fotos do noturno?
John_Constantine> vi sim. Mexeram um pouco na história dele. Pelo que eu entendi, ele vai ser meio gipsy
PrEsUnToW> "gipsy"?
John_Constantine> é... cigano
PrEsUnToW> errr... ele SEMPRE FOI cigano!
John_Constantine> ah é?

* * *

PrEsUnToW> aliás... rolou um estresse tempos atrás. A criadora do Tim Hunter processou a R.K. Houling (ou sei lá como escreve o nome dessa mulher) por plágio
John_Constantine> we
John_Constantine> er
John_Constantine> zuntow
PrEsUnToW> hmm
John_Constantine> "criadora" no caso é o Neil Gaiman viu? =P
PrEsUnToW> nopes
Faraiwe> aplica-se. é um veado.,
John_Constantine> e ele não processou ela não
Faraiwe> Aplica-se MAIS ainda
John_Constantine> ele até deu uma entrevista falando que não considera plágio, e que o proprio Tim ja é chupado de outras fontes
Faraiwe> é. o Tim não tem tattoo de raio na testa
Faraiwe> $#$#^@&%
PrEsUnToW> o Neil Gaiman escreveu Livros da Magia com a autorização de uma escritora britânica, que criou o Tim Hunter em 1983, pra uma série de livros infantis ;) E ela processou a mulher do Harry Potter sim. E o noturno sempre foi cigano ;)
* John_Constantine se pergunta onde o noturno entrou no assunto

Talvez esse tipo de pensamentos me afetem mais do que eu admitiria em uma situação normal. Sim, admito aqui: esta não é uma situação normal. Não aconteceu nada, nada de novo pelo menos. Simplesmente me pus a pensar, e pensei demais. Pensei no rumo que dei à minha vida, as chances que tive, principalmente as chances que disperdicei. As capacidades que tenho. Tenho certeza de que tenho muitas. E sobre o meu medo de seguir em frente. De ser um cidadão, um "homem feito", pai de família, normal; conceitos antiquados que poucos dos que eu conheço admitem prezar mas muitos deles ambicionam.
Tenho medo, muito medo mesmo. De ter um emprego, um diploma, uma namorada, uma casa, um carro. De ser independente, não dever a ninguém. De, ao menos materialmente, não precisar de ninguém. Entendam... Se para cada coisa ruim que surge em nossas vidas, surge uma coisa boa para nos apegarmos, o processo inverso é tão válido quanto: ao obtermos coisas boas, conquistas a se orgulhar, tão rápido quanto essas coisas boas surgem, outras coisas maravilhosas nos são tiradas para serem compensadas por coisas ruins. E as coisas que você mais ama, são aquelas que você mais odiaria perder. E que sentido sádico é esse da natureza, que lhe tira exatamente ESSAS coisas boas? Antes da tempestade, vem a calmaria. E se as coisas parecem boas demais para ser verdade, é porque em breve algo igualmente ruim vai acontecer, para que enfim, seja verdade. Nem tão bom, nem tão ruim. Zerado.

Existe uma coisa que eu aprendi com o Lalo certa vez... A princípio era um conceito de RPG, depois se tornou um conceito de vida. O de personagens zerados. Se você estipular valores para determinadas características (como no RPG), obterá valores positivos e negativos. Na maioria dos RPGs, adquirindo características ruins (negativas) você ganha pontos que pode usar para adquirir características boas (positivas). O conceito de "zerado" é um pouco diferente. É uma balança, um equilíbrio. Para cada característica positiva que um personagem tiver, ele deve, por obrigação, ter uma característica negativa e equivalente.
Onde isso se encaixa como conceito de vida? Nós somos estes personagens zerados. Se você é muito inteligente, provavelmente não é muito forte, se é muito forte, provavelmente não é muito bonito, se é muito bonito, provavelmente não é muito feliz, e se é muito feliz, provavelmente não é muito inteligente. Estereótipos ultrapassados, apenas para usar como exemplos. Mas existe um ponto imutável: não existem vidas totalmente maravilhosas, nem totalmente miseráveis. Quando você era criança, chorando por um brinquedo, e sua mãe falou das milhões de pessoas com dificuldade para comer e dormir sob um teto, mas que ainda assim eram felizes pelo (pouco) que tinham - você achou que ela estava mentindo só para você ficar quieto? Talvez ela estivesse, ou simplesmente não sabia o quão certa poderia estar.
Deixando a bobajada religiosa de lado - Deus, Nexus, Alá, Energia, sejá lá como vocês chamarem a estranha entidade/força que mantém as coisas do universo unidas/separadas - e sendo totalmente realistas por alguns momentos... Por mais que chova uma semana inteira, vocês nunca abriram um sorriso ao ver depois surgir um dia de sol? Por mais problemas que vocês possam ter, nenhum de vocês jamais sentou na cama, feliz por saber que tem do que se orgulhar? Caos. Ordem. Se algum dia alguém disse "eu te odeio", com certeza deve ter aprendido antes a dizer "eu te amo".

Quando um jovem artista florianopolitano é abduzido por estranhos seres e levado ao surreal planeta Marte, ele sofre uma magnífica transformação, passando a agir, daquele dia em diante, como o Galo Galáxico, o super-herói que se ferra na língua portuguesa e afoga as mágoas indo de havaianas ao boteco da esquina.







Fazia tempo que eu não postava um testezinho por aqui...

freaky kisser


You Are A Freaky Kisser!


From tounge and lip piercings to not so nice biting, you're a basket full of kissing surprises. In fact, your kissing syle is so... scary that you've been known to send a few dates packing.
No need to worry, somewhere in the world there is a kisser freaker than you!


How Do *You* Kiss?
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Vamos ver se agora ele pára de reclamar...



alves> [LiS] zunto bixa
alves> [LiS] não fez meu fansign
alves> [LiS] :P
PrEsUnToW> tu não merece :P
PrEsUnToW> tu deve se sentir rejeitado mesmo... até pro averon eu fiz uHAuahUAHu
alves> [LiS] po, nem um elefante rosa com cueca do piu-piu dançando na boca da garrafa com 5L de vinho?
alves> [LiS] huahuahuahuahuahuahua




PrEsUnToW> não. nem isso.

Agorofilia

Essa não está no dicionário. Ou será que está? Não sei, não é o tipo de livro que tenho em casa. Se quero saber o que significa determinada palavra, procuro na internet. Foi na internet, aliás, que descobri esta nova palavra: agorofilia. "Excitação sexual em lugares abertos ou em fazer sexo em público". Sim. Este sou eu. Um agorófilo. Tentei encontrar outros agorófilos na internet, mas os resultados deixaram a desejar. Uma busca por "exibicionistas" resultou em centenas ou milhares de páginas pornôs, com suas propagandas e métodos duvidosos para se conseguir as senhas de páginas internacionais. O tipo de página que eu visito num dia normal. Mas não hoje. Hoje, descobri que sou um agorófilo. Marta me perguntou o que eu estava vendo.
- Páginas sobre agorofilia.
- Ago... o quê!?
- Agorofilia... "Excitação sexual em lugares abertos ou em fazer sexo em público". Este sou eu. Um agorófilo.
- Desde quando?
- Desde sempre, oras...
- Não comigo, pelo menos!
- Claro que não! Aqui fala "excitação". Até onde eu sei, eu me excito de um modo, e você de outro. Cada qual com sua excitação. O "ato", já é outro porém.
- Sei não, hein... Acho que isso aí só vale pra quem realmente faz sexo em público.
- Claro que não, Marta! Tá aqui: palavra por palavra.
- Se você diz... Imagino que você fique de pau duro quando vai trabalhar.
- Eu não! Porque?
- Ora... Quando você desce do carro, não está, por alguns minutos, em um lugar aberto? Isso deveria te deixar excitado.
- Não é bem assim que funciona, Marta...
- Ah! Então você recém-descobriu que é um agorófilo, e em meia hora já é um especialista?
- Não, Marta... Claro que não. Mas pensa só...
- Hmmm...
- Imagina a gente transando no meio de uma festa. As pessoas passando, falando de futebol, se jogando em cima dos canapés porque não despensam uma boca-livre... E a gente no meio do sofá, transando selvagemente como se ninguém mais existisse.
- Nem quero imaginar! Pra depois fulaninha me apontar na rua e dizer "olha aquela ali! É a vagabunda que fodeu no sofá, com todo mundo olhando"? Não comigo, benzinho.
- Ai, Marta... Você não entende, mesmo!
- Tá! Então não entendo! você resolve aparecer com essas idéias de trepar com um monte de gente olhando, e eu é que não entendo. Eu não entendo mesmo! Não entendo você.
- Calma, Marta! Não começa...
- Não comecei nada, ué!
- Tá bom! Tá bom! Então esquece essa história toda de agorofilia!
- Que história? Nem sei do que você tá falando.
- Ai, meu saco...
- Tá doendo, é? Bate uma punheta que passa!
- Credo, Marta! Não dá pra tentar uns assuntos diferentes com você, não? Você sempre fica assim, toda ofendida! Só queria sair um pouco da rotina, brincar um pouco, sei lá... Que merda!
- Ai, paixão... Desculpa... É que esse lance de sexo em público é meio pesado, não acha?
- Tá bom! Corta! Joga fora. Que tal esse aqui, então...? Albutefilia!
- Não tem umas coisinhas com uns nomes fáceis, não?
- Acho que não... Essa galera gosta de complicar tudo.
- Que seja... Como é mesmo o nome do treco?
- Albu... Albutefilia. Isso. "Excitação obtida através da água".
- Como assim?
- Água, ué. Esqueceu o que é isso?
- Claro que não, né! É que... Água... Não entendi bem. É como bater umazinha embaixo do chuveiro, por exemplo?
- É! Isso mesmo!
- Ah! Então essa pode até ser... Você sempre demora demais no banho, de qualquer jeito... Isso explica...
- Marta!
- Que foi!?

Deus! Aquela buceta vai me deixar excitado a semana toda. Não importa quantas vezes eu lave as mãos, continuo a sentir nelas aquele cheiro maravilhoso. Era carnuda. Gorda, eu poderia dizer. Uma buceta gordinha. Saltava para fora, como um apêndice, algo com vida própria, independente do resto do corpo. Impunha, ali, sua importância.
Era macia ao toque, como uma esponja úmida envolta pela mais macia das calcinhas. Puxei a calcinha para o lado e senti os pêlos. Curtos, raspados dos lados. Ela deu uma suspirada funda, que eu sabia bem que significava um "não". Um "não" que por sua vez significava um "sim", mas a situação não me permitia levar em consideração a segunda interpretação.
No banco da frente, Manuela entoava com seu amigo - cujo nome não faço questão de lembrar - uma chata conversa, da qual minha participação era limitada a "arrãs" e "claros". Não sabia sobre o que conversavam. Não me importava. No banco de trás estávamos mais ocupados tentando disfarçar a masturbação mútua. Em certo momento, Manuela acendeu a luz para procurar algo no porta-luvas. As mãos, antes bem alojadas entre as pernas, pularam para a coxa e a masturbação se transformou num delicado carinho. Típido de dois velhos amigos sentados no banco de trás de um carro. Rimos juntos, eu e ela, e deitei no seu colo. A luz se apagou e ela reposicionou sua mão, o que me fez levantar e fazer o mesmo. Manuela me perguntou algo que não entendi. Prestando atenção quando ela repetiu a pergunta, percebi que ela perguntava o caminho para a minha casa. Me recompus. As mãos voltaram para as coxas. Indiquei o caminho.
O carro parou. Me despedi de Manuela e do amigo. Me despedi dela. Um beijo no rosto, um abraço. Me aproximei do ouvido e disse, baixinho:
- Hoje vou dormir com um ótimo cheiro nas mãos.

Remexendo em alguns antigos documentos, minha mãe encontrou algumas cartas que meu pai havia escrito para ela. No meio dos papéis amarelados, havia um bilhete dobrado, que dizia o seguinte:

"Amigo Felipe,
Não pude despedir-me de ti, por isso fica aqui o meu abraço, pelo dia das crianças.
Pai"

Isto foi em 1994, na última viagem que ele fez para a Oktoberfest (ele ia todo ano, a trabalho). Cinco meses antes de morrer. Nessas horas a saudade aperta como nunca, e eu me dou conta de que - passem sete, oito, trinta anos - a dor não passa.







Que tipo de idiota queima o mesmo macarrão duas vezes?

Eu. Sábado é sempre a mesma rotina. Acordo perto do meio-dia, e vou pro computador. O resto da casa, incluindo meu cunhado, que já é quase mais da família do que eu (já berra e bate porta aqui dentro e tudo o mais, atos que quase lhe renderam um soco nas fuças, de minha parte) se arruma e vai almoçar na casa da minha avó, a mesma avó com quem eu faço questão de não trocar mais uma palavra que seja, de tão irritado que estou das insinuações cretinas dela sobre a saúde da minha mãe (querendo sempre dizer que eu e minha irmã somos os responsáveis por todos os problemas, quando é sabido que foi ela quem teve toxoplasmose durante a gravidez). E eu fico aqui, no computador.
Coloco algo no fogo, e fico cuidando, afinal, o quarto do computador é do lado da cozinha. O grande problema, é que hoje, especificamente, o computador resolveu dar (mais um) problema. Não bastasse ele não estar reconhecendo o CD e o CD-R a uma semana , agora ele resolveu reconhcer o CD-R... no lugar do HD. Muito legal!. Abri a máquina, mexi nos jumpers, cabos, bla bla bla, tava tudo certinho. Brinquei uma meia hora com a bios e nada. Resolvi mandar às favas, botei o macarrão no fogo, e fui ver tevê.
Bom... A tevê fica longe da cozinha... E eu tenho o péssimo hábito de esquecer da vida quando estou vendo algum filme que me parece interessante. Muito tempo depois, minha irmã gritou que a porcaria do macarrão estava queimando. Corri, apaguei o fogo, dei uma mexida. Tudo bem. Só secou a água e grudou um pouco no fundo. Ainda não estava bem cozido, então coloquei mais água e voltei a ver tevê. Muito tempo depois, comecei a ouvir estalos. Era o fundo da panela torrando. Joguei os restos carbonados do que era o meu almoço no lixo, peguei outra panela, coloquei mais água, coloquei mais macarrão, e fui ver tevê. Dessa vez lembrei de levantar da cama de vez em quando para verificar.
Certa hora minha mãe chegou em casa e sua primeira frase foi: "tem alguma torneira aberta?". Não era torneira. Era o barulho do meu macarrão queimando de novo. Consegui salvar metade, joguei em outra panela com um pouco de manteiga, e cobri com queijo ralado, o suficiente para o gosto do queijo esconder o gosto do macarrão.
Peguei um iogurte (sobremesa. Já peguei antecipado, para não ter de voltar à cozinha), garfo, faca e colher (para o iogurte, claro), e fui ver tevê. Depois de ver uns dois ou três filmes pela metade, voltei para o computador e, MILAGRE, ele achou o HD.

Pobre do caco... Foi o único que não ganhou desenho. Retificando o meu erro, então:



Continuando com os fansigns...



Hoje é o dia dos desenhos e fansigns!



Devido à atual situação financeira (bolsos às traças), a solução de hoje é ficar em casa bebendo vodka e brincando no computador. Enquanto fazia alguns novos desenhos, lembrei de algo que não se vê nesse blogue a muito tempo: FANSIGNS! Por isso fiz um fansign em homenagem à Julia, que eu não vejo faz tempo, mas que ainda é muito querida.







Apesar de parecer meio parado, já que não atualizo o Guia Completo do Homem a um bom tempo, e o tal manga apocaliptico parece que não sai nunca... Minhas ambições quadrinhísticas vão de vento me popa. Atualmente, tenho trabalhado em quatro roteiros, ainda à procura de desenhistas (venho tentando subornar o Walério para desenhar dois deles, mas tá começando o verão e fica mais difícil, porque o movimento do estúdio triplica e, como diz ele, "não tenho tempo nem pra cagar, quanto mais pra desenhar"). São eles:

Ano Domini: Um garoto vai ao velório do pai de um amigo, e acaba sendo pego num fogo-cruzado entre Deus e Diabo. Deus é um moleque de quinze anos, malcriado e mulherengo, com duas pistolas automáticas e muita malícia. Apesar da idéia ter surgido como mini-série, acabei dando uma enxugada pra caber em vinte e quatro páginas. É o roteiro mais avançado que tenho. Está quase pronto.

World of Children: Título temporário. Num futuro distante, uma epidemia atinge a população mundial e em questão de uns cinco anos, dizima toda a população adulta da Terra. Por algum motivo, as crianças parecem nascer imunes à doença. Os povos antigos, nos primórdios da civilização, se surpreendiam com o fogo e as forças da natureza, e chamavam isso de Deus. As crianças deste novo mundo crescem sem ninguém para controlá-las, sem leis, sem Deuses, e com o poder de destruir um prédio em segundos, ao apertar dois ou três botões.

O Mão de Ferro: Esse roteiro começou com uma brincadeira, onde eu adaptava os principais personagens da Marvel para um cenário brasileiro. O Mão de ferro, ou "o homem da mão de ferro", é Antônio, filho de um industrial rico, que se fere durante uma manifestação na década de sessenta. A medicina brasileira, bastante atrasada na época, prevê poucas chances de sobrevivência, mas Antônio constrói um dispositivo que mantém seu coração funcionando. Nutrindo um forte desejo de vingança contra os "terroristas" que desafiam o governo militar após o AI-5, Antônio desenvolve uma armadura para ajudar o exército a conter multidões e prender os revoltosos.

Marechal Brasil: Outra idéia que surgiu da safra Marvel Brasil. Quando escrevi a primeira versão, parecia a idéia mais estúpida que eu já tive. Depois de mexer algumas coisas, pareceu a melhor de todas. Novamente, um personagem surgido na ditadura, o Marechal Brasil era o supersoldado brasileiro. Criado com a ajuda de outras nações, como os Estados Unidos, o Marechal Brasil era utilizado em demonstrações militares públicas, ensaiadas, para exibir a glória do exército brasileiro à população. Montado num cavalo branco e de espada em punho, o Marechal Brasil derrubava sozinho cinquenta homens e salvava o dia. Anos após o fim da ditadura, ele agora é um militar aposentado e antiquado, tendo de conviver com um filho adolescente indisciplinado e sarcástico. Apesar da introdução, o resto da história toma um ar mais humorístico, centrado na relação pai e filho. É pra conquistar o respeito do filho, que o Marechal Brasil retoma o cavalo e a espada para sair pelas ruas salvando velhinhas e prendendo ladrões de banco.




O tempo vai passando e eu vou ficando com mais raiva dos e-mails que meu tio me manda... Quero ir morar em NY!!

Vocês já viram o Jack O' Lantern na entrada do Blogger? Mal-feito, porém divertido.
Mudando o assunto, ou melhor, desviando do assunto sem importância que recém-começava. Eu andei pensando bastante sobre mulheres. Sim, mulheres. Por mais que você tente dizer que não se importa, que são todas iguais, que só servem pra uma coisa (e não é cozinhar nem lavar cuecas, porque isso muito homem faz melhor), acaba tendo de admitir que dá mais importância do que gostaria a certas (ou uma certa específica) mulheres.
Ex-namoradas/ex-paixões/ex-amantes/ex-casos/etc são coisas que te deixam bolado muito facilmente. Certo, certo. ME deixam bolado. Semana passada recebi uma ligação de alguém que eu precisava muito ouvir a voz... Só pra essa semana descobrir que ela está de namorado novo. Achei uma foto de uma certa ex-namorada de "cabelos castanho-claros ondulados naturalmente avermelhados", e resolvi salvar no pc, sei lá porque. Encontrei antigos casos na rua... Parece que de uma hora pra outra todas as mulheres por quem eu já me apaixonei resolveram ressurgir na minha vida e jogar na minha cara como estão melhores sem mim.
Mas antes de completar os pensamentos depressivos e ficar chorando em casa "porque eu sou um merda e fim de papo", acabo caindo em mim e, PORRA, pra quê se preocupar? Existem tantas mulheres no mundo, dentre elas tantas mulheres maravilhosas, que é um absurdo alguém ainda ter a crença da "pessoa ideal". Como diabos eu vou encontrar a mulher da minha vida entre 170 milhões de brasileiros? E que diremos entre sei lá quantos bilhões de terrestres/terráqueos/humanos/seja lá como os etêzinhos nos chamem? A mulher perfeita está ali, na próxima esquina. Mas se você chegar atrasado, na outra esquina tem outra mulher perfeita. Nas últimas duas semanas conheci pelo menos seis mulheres perfeitas. Desde a motoqueira que fala pelos cotovelos, a jogadora de futebol viciada em Anne Rice, a atriz que odeia os pais e gosta de dançar, etecetera. Nenhuma delas me deu bola. No entanto o ponto não é esse. O ponto é: se existem mulheres assim no mundo, existem tantas outras, das quais, uma, ao menos, vai olhar pra mim de modo mais carinhoso. Ou vinte e cinco delas! Que se foda!
Até lá a gente continua festejando, bebendo, fumando, e rindo muito.

Você chega em casa e encontra uma fôrma de bolo com apenas dois pedaços (de bolo, claro) sobrando, escondidos num cantinho (a não ser que seja fôrma redondeda, ou seja, sem cantos, como no presente caso).
O ranzinza normalmente diria (ou pensaria): "bando de filho da puta... Fizeram bolo e nem lembraram de mim. Se eu chegasse um pouco mais tarde, nem ia saber que o bolo existiu."
O alegre, na mesma situação, cogitaria: "que ótimo! Fizeram bolo e guardaram dois pedaços pra mim. Como eles são legais..."
Já uma pessoa de bem com a vida, sem eira nem beira, sem elogios por fazer mas também sem críticas fortes, simplesmente exclamaria: "Oba! Bolo!"; e comeria de uma vez. E foda-se se o bolo era ou não era para ele.
Pois é... O bolo tava ótimo!

A cerca de um mês atrás, chegou pelo correio o folder da UDESC. Entrei na página, me inscrevi, imprimi todas as informações, o boleto bancário, a ficha do candidato, etecetera. Minha mãe disse: "temos até o dia trinta e um. Não se preocupe".
Os dias foram se passando e eu sempre que podia, dava uma relembrada. "Temos até o dia trinha e um. Não se preocupe, eu não esqueci". Em certo ponto eu só perguntava "que dia é hoje" e ela respondia "não esqueci do seu vestibular. Temos até o dia trinta e um".
Até que chegou o dia trinta e um, e quem adivinhar se eu tinha ou não os sessenta e cinco reais para a inscrição, ganha um doce. Pois é; cobrem de mim aqueles que responderam "não" (cobrem, mas não tenham esperanças, pois eu sou caloteiro).
Mas eis que a sorte nos sorri, e minha mãe, numa última tentativa desesperada, liga para uma de suas irmãs para pedir o dinheiro emprestado. A resposta que vem é melhor que a esperada: minha prima confundiu-se, pagou a inscrição e só depois descobriu que não havia vestibular para artes cênicas este semestre. Dei um pulo na casa delas, aqui do lado, peguei o manual do candidato e a ficha de inscrição (ainda não-preenchida) e fiquei me divertindo assinalando bolinhas. De repente surge um outro problema: o prazo de entrega da ficha de inscrição também é até o dia trinta e um, e eu não tenho uma foto datada, nem, por sinal, dinheiro para tirá-la.
Desespero! Desespero! Desespero!
Mas... Uma idéia maléfica passa por minha mente. Ao contrário da UFSC, o vestibular da UDESC só pede uma foto. E uma foto eu até tenho... colada na via do candidato para o vestibular da UFSC. Um estilete e muita cautela resolveram o problema. Agora tenho até janeiro para tirar outra foto e colar na via do candidato que sobrou.
E duas horas para chegar ao banco e entregar a ficha de inscrição. Portanto... Vou me arrumar e correr pro centro. Depois, acabo ficando por lá mesmo, até a hora da aula, e saio antes da terceira aula, para ver a estréia da peça da minha irmã. Há ainda o problema da garrafa de Smirnoff que devo para a minha irmã. Ela insiste para que eu pegue o dinheiro da garrafa com o Skayller e a Gisele, mas eu não tive coragem de dizer que nenhum dos dois me deve nada. Ou seja: a dívida é minha e só minha, e o prazo final para pagá-la encerra-se hoje. Nem vou ficar para dar os parabéns. Depois que a peça terminar, eu pico a mula e invento uma desculpa posterior.
Eu não disse que sou caloteiro? ^_^

- I've never said how much I loved him...
- We never do... But they allways know.
- I think my son hates me... When I die... I'll know that I was wrong?
- Probably... not! That annoing kid hates everybody...

Ontem foi um dia para se fugir de tudo

Menos da política. Definitivamente, não havia meio de ignorar o que acontecia em nosso país. Eu, por exemplo, até tentei. No primeiro turno, passei o dia em casa, à frente do computador. Acompanhava as notícias minuto a minuto, cada nova urna quebrada, cada novo eleitor preso por estar bêbado ou fazer boca de urna. Acompanhei a apuração pela tevê e internet, alternei entre os canais Band News e CNN que praticamente só falavam das nossas eleições... Já no segundo turno, fugi de tudo isso.
Já tinha praticamente minha opinião formada. Votaria no Lula, sem dúvida, isso não se discutia. Nenhum dos candidatos a governador me agradava desde o primeiro turno, e essa impressão não mudou no segundo. Pretendia anular este voto, mas sabia que acabaria não o fazendo. Diferente do primeiro turno, acompanhei pouco as notícias destas últimas três semanas, ignorei o horário político, não li/assisti/ouvi as declarações dos candidatos. Os planos se resumiam a: acordar de manhã, votar, e fugir para a praia (afinal, eu jamais vi uma eleição em dia feio).
Mas como disse, é impossível fugir. Na frente da urna, me surgiram todos os discursos que minha mãe sempre fez sobre a importância do voto, de como a minha abstenção desfavorecia à democracia pela qual tanto lutaram os brasileiros no passado. Acho todo esse papo um monte de asneiras fantasiosas, que elevam demais a pouca glória do sistema em que vivemos, mas acabei me deixando afetar, e votei. Jamais acreditei que algum dia eu fosse votar no Amin. Mas votei. Amin é um filhote da ditadura que eu nunca suportei e todo mundo sabe que não presta. Luiz Henrique é outro filhote da ditadura, que não fede nem cheira, mas é burro feito uma jaca e não deve prestar também. Por via das dúvidas, foi o Amin mesmo, pra não ter de pensar muito. Me arrependi quinze minutos depois de deixar a zona eleitoral.
Na praia o papo era sexo, antigos namoros, música, e outros assuntos cotidianos sem muita importância. Tudo puro lazer. Mas é impossível fugir. A Gisele ligou, e logo quisemos saber como andava a pesquisa boca de urna. Lula tinha sessenta e três porcento e Luiz Henrique e Amin estavam praticamente empatados. "Vai ser voto a voto", disse o Windblow.
Voltando para casa, deixa Windblow aqui, deixa Patsy lá, a cidade estava um caos. Lula já era considerado eleito, e Luiz Henrique tinha a liderança por dezessete mil votos. Não parecia possível estacionar o carro em qualquer lugar. No Koxixo's, carros de som e um grande palco se preparavam para uma vitória do Amin, enquanto a polícia militar bloqueava a entrada dos carros. Disputando lugar com os carros caros e de grandes caixas de som, tocando techno, funk e alguns estilos de música que eu prefiro não saber sequer o nome; haviam as pessoas reunidas em volta do rádio do carro, acompanhando a apuração dos votos e torcendo por uma vitória petista.
Em casa, minha mãe brigava com todos. Chamava os eleitores de idiotas, ignorantes, e acusava-os de destruirem o Brasil. Lula já era presidente, mesmo antes do fim da apuração, e Luiz Henrique continuava na liderança, como eu havia previsto para o Windblowdurante a tarde. Apesar das exaltações, dos humores comprometidos, foi uma discussão engraçada. Minha mãe havia votado no Lula mas reclamava de sua vitória. Eu havia votado no Amin, mas torcia pela vitória de Luiz Henrique. Neoliberalismo, manutenções do capitalismo, dívida externa, pagar ou não pagar, empregos, teorias paranóicos de conspiração... Insisti ao meu cunhado que não acreditava que o Lula permanecesse mais de um ano no poder, e que não teria dado meu voto ao "Lulinha paz e amor" se ele defendesse durante a campanha as idéias revolucionárias-trotskistas que o PT defende nas suas bases. Revolução se faz com tiro na testa, não com eleição, eu disse.
Lula ganou. Daqui a pouco vai ter neguinho correndo pelado na rua, eu disse. E não tenho dúvidas de que em algum lugar isso aconteceu. Parecia final de copa do mundo. Os carros buzinavam, as pessoas pintavam a cara, corrinam pelas ruas enroladas em bandeiras do Brasil e do PT, e os carros de som do Amin desapareceram. Em questão de minutos, depois de termos voltado ao Koxixo's, os caminhões, o palco, os policiais; tudo sumiu. Restaram as pessoas a comemorar. O tráfego se normalizou, o movimento diminuiu e se dividiu. Bares, restaurantes, lanchonetes, estavam todos lotados. Passando em frente deles, me vinha à mente a idéia, de que em nenhum deles, nenhum mesmo, devia haver alguém falando sobre futebol ou sobre a novela das oito. Não existia outro assunto a se discutir, que não fosse a nossa última eleição e, principalmente, a vitória de Lula.
Acompanho as eleições desde oitenta e nove, quando ainda tinha oito anos, e fiz questão de participar das últimas três, me arriscando a parecer um grande idealista que dá mais importância do que deve a este "processo democrático". Bom, eu dou! Em noventa e oito disse: "Voto porque posso e quero. Sei que na próxima eleição votarei porque devo", porém votei querendo. E definitivamente, jamais vi uma eleição como essa. Ontem, se fez história.
Independente se o rumo da história daqui pra frente for favorável ou não.

eu avisei...

Parafraseando o Wind:

AGORA É LULA,
PORRA!

Vocês acreditam em sonhos? Nem eu. Mas por via das dúvidas, é sempre melhor não arriscar. A alguns meses atrás, eu tive um sonho estranho. Estávamos eu, Skayller e mais três pessoas num carro. Ele dirigia, mas não era o carro dele (não me refiro só ao fato de não ser o escort, carro dele na época. Eu sabia que el não era o proprietário do carro do sonho, por alguma razão). Ao lado dele, havia uma loira, e atrás íamos eu, um rapaz e uma garota. Não soube lembrar, depois de acordar, se eu conhecia as duas figuras. Ao lado do carro, um outro carro desconhecido, pilotado por um também desconhecido motorista. O fulano colocou a cabeça para fora da janela e disse: "Carro rebaixado, hein?". Estava chovendo. O carro derrapou. Batemos. Não sei quanto aos outros, mas eu... Eu morri. E acordei.
Alguns sonhos deixam lembranças. Você não leva a sério mas lembra. Muitos deles tornam-se idéias para contos, no meu caso. Como o sonho que eu tive com um tigre branco chinês cujo nome significava "não diga para onde você vai". Se você dissesse, o tal tigre branco chinês místico aparecia lá antes de você e causava a maior zona. Uma história interessante. Ficou guardada. Algum dia, bem trabalhada, virará um conto. Sonhos que envolvem a minha morte já são comuns a muito tempo, como o sonho em que contratam o Ariel (antigo segurança do Subway) para me matar. Nem imagino a sensação de um tiro na cabeça, mas se for algo parecido com o sonho... dói! E muito.
De qualquer modo, ignorei o sonho. Ficou na lembrança, mas ficou de lado. Até hoje.
Estávamos eu e Skayller num carro que não era dele. Um corsa roxo. ele dirigindo, e a proprietária do carro no banco do carona. Atrás, eu e a Virgem Maria. O Ed passa do lado, emparelha os carros e abre a janela. Põe a cabeça pra fora e diz: "Esse carro é rebaixado".
Nessa hora eu gelei! Fiquei estático, imobilizado. Mesmo durante as manobras suicidas do ed e do Skayller ao volante, eu normalmente permaneço relaxado, despreocupado. Mas naquele momento eu estava congelado, de medo, de terror.
Aquela velha língua maldita... Ou pensamento: "pelo menos não tá chovendo". Meio minuto depois, desaba a chuva. Tudo bem que faltava o tal rapaz para nos fazer companhia no banco de trás, mas por via das dúvidas, na sinuca, chamei o Ed e o Skayller num canto, falei do sonho, e pedi pra não "brincarem" na hora de ir embora. Brincar, no caso, significa fingir que são pilotos de fórmula um no meio da beiramar.
Bom... Eles brincaram Não muito, já que o Skayller não queria se arriscar com carro dos outros, mas deram uma leve esticadinha. Não surgiu o terceiro caroneiro do banco de trás. Não batemos. Eu não morri.
Mas que eu tava cagado, isso eu tava...

Às vezes o blogger dá alguns bugs que não têm como resolver. O jeito é sentar e esperar. Mas e aquele post que você escreveu com tanta dedicação (tá bom... nem tanta) e bate uma preguiça imensa de escrever de novo? Cole num arquivo txt e deixe pra postar depois. O problema é se você esquece de postar...
Aí seguem alguns posts que estavam arquivados em txt:

2 de maio

Dois velhos funcionários, daquela empresa que tinha sua sede no alto daquela rua, aproveitavam um momento de lazer. Antes do horário de iniciar o trabalho, conversavam sobre os assuntos habituais: as esposas, os times do coração, os filhos insuportáveis, o trabalho cansativo. A certa altura da importante conversa, um terceiro e não menos desocupado funcionário surgiu com a pergunta: "Souberam do 'boy'?", e após uma rápida (e obviamente exagerada, como sempre são as histórias contadas antes do horário de iniciar o trabalho) descrição dos fatos, o terceiro saiu da sala, pensando em tomar um bom café forte para começar o dia (e em encontrar algum outro funcionário para compartilhar a história), deixando os dois funcionários a pensar sobre o assunto.
- O 'boy'... Quem diria? Era tão novo...
- Pois é, o 'boy'... Ele tinha quantos anos? Dezessete? Talvez dezoito...
- Ou quinze, ou vinte e um...
- É 'barra'... Como era mesmo o nome dele? João, ou José...
- Ou Rodrigo, ou Thiago...
- E a mãe dele, o que deve ter pensado... Tão simpática a Dona Augusta... Ou Dona Júlia...
- Ou Maria da Conceição...
Após breves cinco minutos, que poém pareceram uma eternidade, os dois funcionário (cada qual na casa dos seus quarenta anos, ostentando uma avantajada barriga de cerveja e uma habilidade sem igual de arrumar desculpas plausíveis para fugir do trabalho) perceberam a dura realidade: não sabiam nada sobre o 'boy'. Lembravam, sim, de tê-lo visto várias vezes pela empresa, com seu boné virado para trás, e suas calças rasgadas, que eram sempre as mesmas, mas por alguma razão em algumas lembranças surgia perfeitamente bem conservada. Lembravam perfeitamente de seus cabelos, que podiam ser louros, morenos, ruivos, curtos ou compridos, lisos ou cacheados, mas ainda assim, eram vívidos em suas lembranças. Lembravam do sotaque carregado do rapaz, que podia ser gaúcho, paulista ou nordestino. A secretária, ouvindo a conversa dos dois, lembrou também que podia ser um sotaque interiorano, mas eles não deram atenção.
Uma rápida visita ao departamento social deixou os dois funcionários ainda mais confusos. Descobriram que o "boy" poderia ser também um assistente, ou um programador, ou mesmo um 'designer'.
Lembraram que o 'boy' (ou assistente, ou programador, ou 'designer') havia sido contratado pelo chefe de seção, mas este não soube dizer se o 'boy' (ou assistente, ou programador, ou 'designer') trabalhava em meio período, integral, ou mesmo como free-lancer.
Na contabilidade, onde a investigação dos dois funcionários já havia sido percebida (como sempre são percebidas e aumentadas as histórias contadas durante o horário de trabalho) surgiam cada vez novos boatos sobre o 'boy' (ou assistente, ou etecetera). A mocinha das cópias, do terceiro andar, lembrou de ter levado uma cantada do 'boy' em certa ocasião, mas não soube dizer se reagiu bem ou mal, ou se lhe deu um tapa na cara ou se havia aceitado o convite para sair. Poderia mesmo ter ido com o 'boy' a um motel, mas não sabia dizer ao certo.
A certo momento, um dos funcionários teve a brilhante idéia de ligar para o banco, onde o 'boy' (caso fosse realmente um 'boy') com certeza deveria ser reconhecido, principalmente pelo gerente que sempre dava atendimento preferencial aos assuntos da empresa. O gerente alegrou-se em ouvir do 'boy', a quem não via a vários dias, e o descreveu como um rapaz muito simpático mas não muito amigável, de boas piadas mas com pouco senso de humor, nem alto nem magro, nem baixo nem gordo.
Já era quase noite e os dois funcionários ainda reviravam papéis e arquivos de computador, faziam telefonemas e arrancavam os cabelos um do outro, cada um com suas camisas suadas já deslocadas para fora das calças, e dezenas de copinhos de café amontoados em suas mesas. Às duas da manhã, a esposa de um dos funcionários ligou preocupada. Às três, a esposa do outro também ligou. Às quatro e vinte e três, as duas apareceram juntas no escritório. A segunda carregava o caçula no braço, e este chorava sem parar.
Os dois tentaram explicar sobre o 'boy', que também poderia ser um assistente, ou um programador ou um 'designer', que não era alto nem magro, nem baixo nem gordo, que podia ter quinze ou vinte anos, com os cabelos compridos ou talvez curtos, de calças rasgadas ou em perfeito estado, e que podia ou não ter 'traçado' a mocinha das cópias do terceiro andar. O primeiro funcionário foi arrastado pela esposa pelas orelhas, como se fosse um garoto que tivesse ficado brincando até tarde sem avisar os pais. O segundo não esperou tal reação da esposa, e prontamente a seguiu, de cabeça abaixada. No dia seguinte não foram trabalhar.
Alguns dias se passaram, e outros dois funcionários conversavam sobre os assuntos habituais: as esposas, os times do coração, os filhos insuportáveis, o trabalho cansativo. A certa altura da importante conversa, um terceiro e não menos desocupado funcionário surgiu com a pergunta: "Souberam daqueles dois caras do segundo andar?".

9 de maio

Os últimos tempos têm sido realmente nostálgicos. Outro dia cruzei com minha professora de cataquese na rua. Nem lembro mais o nome dela, mas reconheci-a na mesma hora, e ela me reconheceu também. Um abraço forte, um beijo, um "quanto tempo! como vai você?" e um sorriso de lembrar dos bons tempos da minha pré-adolescência, que me acompanhou o caminho todo até o shopping.
hoje assisti a um trecho de casa dos Artistas com a minha mãe. Fui sugado pra dentro do quarto, ao passar pelo corredor e ouvir "Your the first, the last, my everything", do Barry White. Minha mãe, não estivesse já acostumada com as minhas estranhices, teria ficado ainda mais chocado do que realmente ficou, ao me ver adentrar o quarto dançando e cantando a música. Isso me trouxe saudade os meus CD's que foram roubados (por aqueles dois malditos falsos amigos)... b.B. King, Dizzie Gillespie, Menphi's Slim, Steve Ray Vaughan, Ray Charles, Frank sinatra... Aliás, semana que vem, quando eu for a São Paulo, sou obrigado a insistir com o pessoal do #trails (gente que eu não vejo há anos) pra irmos em algum videokê. Adoro a interpretação emocionada que o Windblow faz de "I did it my way".
Pra finalizar o tema nostálgico, passei a última hora conversando com minha irmã sobre "gatinhos" e "gatinhas", rindo das últimas experiências amorosas dela, rindo das minhas, e trocando conselhos (mesmo sabendo que os dela sempre são mais válidos que os meus. Eu definitivamente sou santo casamenteiro das lésbicas e dos adolescentes).

25 de outubro (hoje! Esse quase ficou esquecido também. era pra ter postado à uma da tarde)

Minha irmã e meu cunhado só brigam. É algo além do entendimento de uma pessoa normal. Pessoas não são normais, dizem, relacionamentos menos ainda. Que seja. Outro dia fui pegar uns centavos na mesinha da minha mãe, e vi minha irmã dormindo com ela. Achei estranho: jurava que tinha visto meu cunhado chegar em casa com ela. Me joguei na cama e fui ver um filme aleatório na HBO. De repente a porta do quarto se abre e surge meu cunhado.

- Brigaram de novo, é?
- Não foi bem assim...
- Ah, fala a real, David... Que que cê aprontou dessa vez?
- Nada...
- Tá bom, eu acredito... (risos)
- O dvd dos 12 macacos tá aí?
- Ali em cima da mesa.
- Ah... Valeu.
- Tá sem sono?
- Nenhum.
- Eu também. Quer companhia?
- Tu já viu o filme?
- Já. Mas é um bom filme. Não me importaria de ver de novo.
- Então pega o travesseiro e vem.
- Daqui a pouco. Tem um cigarro?
- Tenho. Peraí... Toma.
- Valeu. Já volto.

Terminei jogado no quarto da minha irmã, vendo filme com o meu cunhado. Acabei dormindo na metade. Acordei com minha irmã me cutucando pra eu ir pro meu quarto. Pra variar, eles acabaram brigando. Ela, totalmente paranóico, assumiu que ele me convidou pra ver o filme por pura criancisse, pra provocar... Tentei avisar que eu me ofereci pra fazer companhia pro cara. Não adiantou. Não troco mais do que duas ou três palavras com o cara desde então. A lavada deve ter sido feia dessa vez. Ele quase não sai mais do quarto.
Hoje eles brigaram de novo, pra variar. Achei que fosse por bobagem. Discussão sem nada a sério. Passei pelo quarto dela e brinquei: "Parem de brigar, vocês dois, que saco!". Não foi o melhor momento pra fazer a brincadeira. Agora ela não olha tanto pra cara do meu cunhado quanto pra minha... É... Em briga de marido e mulher não se mete a colher. Quando a briga é de irmão pra irmão, só entre se for com facão.


 

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