(por Felipe Meyer e Rafael Savastano)

- Sair de casa com guarda-chuva e tentar voar.
- Marcar um encontro 'urgente e inadiável' com alguém na beira-mar e esperar a ligação da pessoa pra contar o que ela passou.
- Atravessar a ponte de moto e sem capacete.
- Se arrepender de ter recusado aquele convite pra sair dizendo "só quando as vacas voarem".
- Comprar uma vaca, levá-la pra Moçambique e ligar a filmadora.
- Fazer várias hélices de latinha de cerveja cortada, grudar em bolas de fisioterapia, tacar num balde, e dirigir enlouquecidamente durante o fucracão dizendo "É nossa última Dorothy!! Tem que funcionar!!"
- Enfiar a família no carro e dizer: "se a viagem ficar muito chata, contem as pessoas voando".
- Subir no telhado, colocar a mão na cintura e gritar "Para o alto e avante!"
- Amarrar uma corda na cintura do seu amigo mais magrelo e dar na mão dele uma máquina fotográfica, e sair empinando o cara que nem pipa enquanto ele fotografa janelas dos apartamentos alheios.
- Invadir o Shopping Beira-Mar gritando "É O FIM!! É O FIM!!!", pegar um carrinho do Imperatriz, tacar todas as provisões que encontrar nele, sair sem pagar com carrinho e tudo, atirar o carrinho dentro do carro e sair cantando pneu.
- Fazer bolão de quanto tempo leva até a ilha ficar às escuras de novo.
- Mandar seu irmão mais novo atravessar a rua e voltar com uma vela acesa e não deixar ele entrar de volta se ela apagar.
- Invadir o cine Beiramar gritando "DEUS VEIO NOS CASTIGAR POR ESTE FILME HEREGE!"
- Amarrar uma ponta de lençol em cada membro, calçar patins, e sair zunindo por aí gritando "woohoooooooo".
- Ligar praquela gostosa ingênua e supersticiosa dizendo que leu em algum lugar que o furacão vai derrubar até os prédios mas que estão escondendo isso pra não causar pânico, e que se ela quiser, você tem um abrigo subterrâneo com provisões para você e mais um...
- Convencer um bêbado que se ele saltar do topo do prédio os ventos fazem ele ricochetear de volta
- Peidar na janela quando o furacão estiver passando exatamente em cima do seu prédio, filmar, e mandar pro Guinness pra entrar como o "peido mais rápido do mundo".
- Aparecer na praia, de calção, barraca e protetor solar, e responder pra quem perguntar "Ah, eu não acredito em previsão do tempo!"
- Ler no Cacau Menezes no dia seguinte "Primeiro furacão brasileiro é barriga verde!!!"
- Ler no Cacau Menezes na semana seguinte "Que coisa idiota, ter orgulho de um furacão como se fosse um símbolo de vitória catarinense. Povinho bundão"
- Aparecer na coletiva de imprensa do governador, e enquanto ele estiver acalmando os ânimos, gritar "Por que a sua família está indo embora de helicóptero?"
- ...e depois de um momento de reflexão, sorrir, e dizer "Pensando bem, é melhor irem mesmo! o senhor também!! Voem para o leste que é mais seguro!!!"
- Entrar no Angeloni e gritar: "Ei! Estão saqueando o Imperatriz e o Hippo!"
- Comprar um catavento para se sentir parte do acontecimento.
- Convencer o máximo de pessoas possível de que quanto mais alto, mais seguro.
- Escrever cartas anônimas, genéricas e reveladoras, deixar pela rua, e esperar o vento disseminar a discórdia.
- Subir até a caixa d'água do edifício pra poder "ver o furacão chegando".
- Sair pela rua a conversar com seu amigo imaginário, olhar para o lado e gritar: "JORGE!? JORGEEE!???"
- Aprender a fazer o moonwalk do Michael Jackson sem esforço.
- Ligar os ventiladores e apontar pras janelas para "contrabalancear".
- Abraçar um poste e gritar: "Selar compartimento! Selar compartimento!"
- Promover um campeonato de 'Extreme Windsurf'.
- Abraçar um poste e explicar às pessoas que passam que você é fã de "O Vingador do Futuro".
- Abraçar o poste e gritar: "Segure a minha mão!! Segure a minha mão!"
- Abraçar um poste e gritar: "Não estamos mais no Kansaaaaaa..*"
- Sair de bicicleta, alçar vôo, e gritar para todas as janelas que passar "Eu vou pegar você, e seu cachorrinho também!!"
- Fazer aposta com os barracos saltando do morro.
- Sair de bicicleta enrolado num lençol com um bicho de pelúcia na cestinha e pedalar até cansar.
- Montar uma rede de um prédio a outro e ficar recolhendo os espólios.
- Atender à passeata "Abrace o furacão. Viva a mãe-natureza".
- Descer a Rio Branco gritando "A torre 1 caiu! A torre 1 caiu!"
- Virar para uma pessoa desesperada na rua, no meio da zona, e dizer "acho que vem chuva, hein...'
- Ir ao Beiramar Shopping e causar pânico dizendo que os pisos superiores estão em chamas.
- Esperar o furacão passar, descobrir que você foi parar em Lages e dizer "Não prestei atenção... Tava ocupado com o jogo da cobrinha".
- Estudar física jogando bolas de boliche pela janela.
- Atirar a coleção de revistas Capricho da sua irmã pela janela, e gritar "Voem!! Voem, minhas belezinhas aladas!!"
- Jogar a sua sogra pela janela e quando sua mulher vir perguntar, dar de ombros e dizer "O vento levou..."
- Atirar os CD's da Britney da sua irmã mais nova pela janela e dizer "Fly! Fly to heaven!"
- Ficar ligando para as pessoas no pior momento da tempestade e dizer: "Podem sair... já passou".
- Gravar uma fita só dizendo "SOCORRO!! SOCOOOOORRO!! ESTOU SENDO LEVAAAADO!!!", e largá-la tocando num gravador portátil no meio do furacão.
- Vestir uma fantasia de diabo e parar no meio da rua gargalhando histericamente.
- Pegar um lençol vermelho três vezes o seu tamanho e ir pra rua ficar parado e se achando o Spawn.
- Filmar uma propaganda de laquê com o slogan: "Nem furacão desarruma".
- Colocar uma placa na frente de casa: "Vôo Livre sem equipamentos. Apenas hoje."
- Olhar para o filho mais novo e dizer: "Você vai ser o primeiro a ir pra panela".
- Sair na rua dizendo "Ah, todo mundo sabe que não existe furacão no Brasil. isso é primeiro de Abril".

Aquisições

Desde que peguei esta mania de me identificar como "editor", assumi um olhar muito mais crítico em relação, principalmente, às publicações nacionais. Infelizmente a situação financeira não está nas melhores condições, e uma série de gastos diversos (como transporte, estudos, e meus vícios não muito saudáveis) muitas vezes me impedem de acompanhar os novos títulos a não ser por notícias que me vêm via internet, e comentários de amigos artistas.
Apesar da cruel ironia, uma coincidência me fez repensar esta "sorte", ao encontrar diversas edições da Ópera Graphica encalhadas em uma revistaria de florianópolis. O lado bom disso tudo, é que pude adquirir edições que a muito tempo queria, como "Lobisomem" de Gedeone Malagola e Nico Rosso, por meros um e cinquenta "pila". O lado ruim, aliás, péssimo, é que isto demonstra a pouca receptividade do leitor florianopolitano aos títulos nacionais. E também desanima a este pretenso editor que, claro, sonha em um dia ter suas próprias revistas distribuídas na cidade-natal.
Este desânimo não me impediu, porém, de devorar as revistas com o mesmo sorriso no rosto de quando as comprei. Fiquei bastante feliz ao me dar conta que as duas histórias publicadas no album "Lobisomem" eram inéditas para mim, não tendo sido publicadas em nenhuma das revistas que tenho. Há também um grande texto biográfico sobre a pessoa de Gedeone e do surgimento do Conde Von Boros, o personagem principal; texto este que infelizmente é prejudicado (assim como outros textos da edição) pela falta de uma revisão mais cautelosa. Erros de português e de digitação pipocam aos olhos do leitor. Faltou também falar um pouco mais de Nico Rosso, cuja importância é tão relembrada pelos editores, que estes até se esqueceram de dar maiores detalhes de sua vida. A edição seria ainda melhor, em minha opinião, se a matéria que a encerra fosse acompanhada de desenhos do próprio Gedeone (já que o título traz seu nome em grandes letras) ou mesmo de Sérgio Lima (que trabalhou com o personagem antes de Nico Rosso) ao invés de simplesmente repetir cenas da segunda história da revista (ocasionalmente retocadas com efeitos negativos, para melhor se adequarem ao fundo completamente negro da matéria).
A falta de esmero acaba prejudicando grandes projetos, como é facilmente percebido em "A Última Missão", aventura em que Watson Portela reune os heróis criados por Eugenio Colonesse (também adquirida pela bagatela de um e cinquenta). A história segue num ritmo rápido, tão rápido que não permite ao leitor compreender quase nada sobre os personagens. Um texto ao fim da edição nos explica que o projeto surgiu numa conversa de boteca, em que Watson e Franco de Rosa desejavam fazer uma homenagem a Colonesse. E só. Diferente de outros títulos tão bons da editora, não há matérias biográficas, não há maiores explicações sobre os personagens, nada. Quem não viveu a época tão venerada pelos dois, e gostaria de curtir uma boa história de super-heróis produzida no Brasil, fica completamente perdido ao ver os personagens simplesmente surgindo e logo soltando bordoadas a torto e a direito, sem direito a quase nenhum (bom) diálogo. Mesmo os leitores mais antigos provavelmente devem ficar decepcionados pela fraqueza e ingenuidade do roteiro, sem falar do traço desleixado de Watson, que está longe da sua melhor fase. O único atrativo da revista acabam sendo as curvas de Angélica, a filha de Satã, que voa e se contorce para exibir ao leitor o corpo quase completamente nu.
Watson Portela, aliás, a meu ver não publica nada realmente bom desde as "Paralelas" originais. Algum tempo atrás, adquiri (na mesma situação de encalhe, mas antes que o preço fosse tão ridiculamente reduzido) o album "Paralelas II", que prometia ser uma "reunião dos melhores trabalhos de Watson Portela". Peca principalmente por não ter investido em trabalho novo. Peca, em outros graus de importância, por nem de longe se tratar dos melhores trabalhos de Watson, apesar de trazer uma ou outra história de grande qualidade.
Este é um outro grave problema que eu observo nas publicações da Ópera. Quando você lê uma resenha ou a quarta capa de uma revista que fala sobre uma "seleção dos melhores trabalhos", entenda como "coisas que tínhamos à mão e não sabíamos bem o que fazer com elas". "Calafrio - 20 anos depois" é uma edição que vale os vinte e tantos reais (com vinte porcento de desconto, novamente, no encalhe) gastos em sua compra, mais pela extensa descrição da históra da D-Arte, que pelas histórias em si. A arte, claro, está fenomenal: tem Colonesse, tem Mozart Couto, tem Colin, Zallas, só os melhores. Mas os textos introdutórios de cada aventura, que ressaltam a importância da mesma na história da HQ brasileira, acabam só servindo para decepcionar o leitor ao fim da leitura. São histórias boas, divertidas, um exemplo a ser seguido na produção nacional. Mas perdem para muito material que já foi publicado não só na Calafrio como em diversas publicações de terror do extinto mercado nacional.
De todas, creio que a única que me agradou por completo, em roteiro, arte e informações adicionais, além de várias características técnicas (como diagramação, letreiramento, revisão, etc), foi "Mirza - A Mulher Vampiro". Talvez eu tenha sido ofuscado pelas formas "rotundas" da bela vampiro, ou talvez a revista seja mesmo um exemplo de dedicação e apreço pelo quadrinho nacional.
Sem esquecer, é claro, de "30 anos de Velta", com a preocupação de Emir Ribeiro em situar novos leitores, e a divertidíssima "mijada ácida" de Doroti.

Facul começou. Depois de tantos anos de vagabundagem, finalmente sou um universitário. Dividir meu espaço com povo besta e arrogante, e se divertir ocasionalmente ao encontrar gente conhecida nos corredores.
Achei um professor meio veado. Célia fez um discurso gigante, até admitir que o fulano aparentemente é bi. Qual o problema de admitir logo de cara que ele é veado?
- Mas ele sempre gostou mais de mulher...
Nem por isso deixa de ser veado. Mas o cara é legal, como parece ser comum entre professores veados. Povo parece que fica mais gente boa ao "entrar em contato com seu lado feminino".
Tenho de parar de falar "povo". Tô parecendo o Averon.
Ah... E desde quando isso aqui virou blogue de verdade? Tô até falando bobagem da minha vida... Putz!

É. Tô viciadinho em PristonTale. Deixa. Perdi a obsessão do povo por UO, depois sei lá o que Quest, depois DAoC, e tantos outros... Deixa eu me divertir um pouco dessa vez. :)
Vez por outra até rolam uns roleplays insanos, tipo:

(invoca Hobgoblin)
Zunto: Go, Freddie!
(Hobgoblin morre)
Zunto: Noooo!!!!
Zunto: Freddieeeee!!!
Zunto: Those bastards killed Freddie!
Fulano: Who's Freddie?
Zunto: My beloved Hobgoblin!
Fulano: Cool!
(fulano invoca hobgoblin)
Fulano: Mine's Teddy!
(Zunto invoca Hopy)
Zunto: It's time for Barney!
Zunto: Oh no! Psyduck!


 

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