Quer que eu desenhe?


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Excelsior!

Para o alto e avante!

Assisti há cerca de uma semana ao filme Obrigado por fumar. Deixando um pouco de lado o fato de ser um ótimo filme, em oposição a tantos filmes meias-bocas que tenho visto ultimamente; cheguei à conclusão que se trata de um (muito bem-feito) filme de super-herói!
Finalmente fiquei louco? Talvez. Mas vamos aos fatos:

1. O protagonista chama-se Nick Naylor (nome aliterado, típico de heróis como Bruce Banner e Peter Parker) e acaba tendo um tórrido relacionamento com uma jornalista chamada Heather Holloway (vejam a aliteração de novo).
2. Nick tem um poder que o torna único. Brincando com as próprias palavras do personagem, Super-Homem pode voar, o Homem-Aranha escala paredes... Nick tem o dom da fala.
3. grande parte dos antagonistas de Nick atendem por codinomes, como BR, Capitão e Marlboro Man.
4. Um super-herói não é muita coisa sem seu uniforme, e Nick sabe bem disso. Antes de suas reuniões e encontros ele sempre se certifica de que está bem trajado e tem o nó da gravata bem-feito (pra quem alugar o DvD, é só dar uma olhada nos storyboards e se certificar da importância que os roteiristas davam àquela ajeitada da gravata antes de Nick encontrar com o Marlboro Man).
5. Nick faz parte de um grupo de pessoas extraordinárias que possuem habilidades como as dele. Ao invés de uma Liga da Justiça, ele tem os Mercadores da Morte, colegas e confidentes que dependem dele. Se nick revelar a identidade dos mesmos (como acaba fazendo) colocorá os amigos em grande risco.
6. Continuando a falar de identidades, Nick possui uma identidade secreta. O mundo o conhece somente como o testa-de-ferro da Academia de Estudos do Tabaco, mas Nick é muito mais do que isso. Longe dos olhos comuns, Nick utiliza seus super-poderes sob diversos nomes, tais como o Sultão da Manipulação ou Yuppie Mephistópheles.
7. Levando em consideração o tema do filme, Nick poderia ser visto mais como um super-vilão que como um super-herói. No entanto, Nick age sob um código de conduta específico (chamado por ele de "flexibilidade moral") e na maior parte do tempo não mente, simplesmente usa do bom senso. Apesar do que ele próprio possa negar, Nick é uma pessoa moralista, que valoriza antes de tudo o conhecimento claro dos fatos e a liberdade de escolha. Algo como o "Truth, Justice and the American Way", do Super-Homem.
8. Nick tem também suas super-fraquezas. A primeira delas é uma carência afetiva mortal, que quase o leva ao fundo do poço após fazer diversas confidências à repórter Heather. Como todo bom super-herói, ele consegue dar a volta por cima e transformar a aparente derrota em uma vitória muito mais dramática. Há também que se levar em consideração a própria nicotina, que pode ser considerada fonte de seus poderes (mesmo que a um mínimo nível), mas pode matá-lo se for ingerida uma única vez (traça-se aqui um paralelo com a relação do Super-Homem - novamente ele, o grande arquétipo do super-herói - com a kryptonita, último resquício físico de seu planeta natal).

A Origem de Savage Dragon

Do Press Release:

"Na história, uma nave extraterrestre chega à órbita de nosso planeta trazendo os últimos sobreviventes de uma raça em extinção. Vagando há várias gerações pelo espaço, esses seres de pele verde e com barbatanas na cabeça, procuram um novo planeta onde possam habitar. E a Terra, graças a seus recursos naturais abundantes, parece ser o lar perfeito, se não fosse pelos bilhões de seres humanos que já habitam o lugar. Mas o violento e egoísta imperador Kurr, visto como um verdadeiro messias por seu povo, apresenta uma solução simples para o problema: eliminar toda a raça humana! A partir daí, tem início um conto de suspense que mudaria para sempre o destino da Terra. Conseguirá o imperador levar adiante seu plano funesto? Poderão dois cientistas abnegados impedir que a humanidade seja dizimada? E porque o imperador Kurr tem uma semelhança tão grande com um certo policial que surgiria em Chicago pouco depois? Repleto de violência, sexo, traições e mortes, Savage Dragon Especial: A Origem Finalmente Revelada! traz todos os segredos que os leitores gostariam de saber há anos, como o motivo pelo qual o personagem não tinha idéia de onde veio, mas conhecia personagens de seriados de TV; e porque tem o poder de regenerar partes destruídas de seu corpo. Como complemento, a edição traz uma matéria que relembra toda a trajetória do Dragon e, ainda, um posfácio de Erik Larsen explicando os motivos que o levaram a revelar, após tantos anos, a origem do personagem. Este é o primeiro lançamento da HQM Editora que chegará também às bancas de jornal, após ter alcançado sucesso com edições em formato livro para livrarias e lojas especializadas. E ninguém melhor para tomar de assalto as bancas do que um personagem amado pelos leitores brasileiros, que ficaram órfãos de suas divertidas aventuras após o cancelamento de sua revista mensal há quase 10 anos".

Todo mundo louco

Os irmãos Patrick S. e Susan K., de 30 e 22 anos respectivamente, tentam na justiça alemã declarar inconstitucional o artigo 173 do código penal daquele país - que estabelece pena de até três anos para quem cometer incesto. O casal possui quatro filhos e tenta legalizar sua união estável, bem como livrar Patrick da cadeia (ele ainda deverá cumprir um ano de sua sentença de dois anos e meio).

Terra


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O italiano Gaetano Sivieri escondeu num freezer o corpo do próprio pai por dois anos, e continuou a receber a aposentadoria do velhinho por ele. O picolé geriátrico foi encontrado por Marco, filho de Gaetano, que nem sabia que o avô estava morto. Sivieri será julgado por fraude e ocultação de cadáver. Desde 2005, ele embolsou quase 80 mil euros (cerca de 217 mil reais).

G1

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O norte-americano James Pacenza, de 58 anos, está processando sua ex-empregadora IBM em 5 milhões de dólares. Pacenza foi demitido três anos antes por entrar em salas adultas de bate-papo durante o horário de serviço. Ele alega ter ficado viciado em pornografia após ver seu amigo ser morto no Vietnã, motivo pelo qual deveria estar protegido pelo Ato Americano de Deficiências.

CBS

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Outro alemão (sempre os alemães), Gunther Hagler, de 45 anos, ligou apavorado para a polícia após voltar de uma viagem e encontrar seu apartamento totalmente reformado. Não só as paredes foram repintadas como também as janelas foram totalmente limpas e toda a mobília trocada. Até a comida que estava na geladeira foi substituída por comida nova. O caso foi solucionado quando a polícia descobriu que o proprietário do prédio havia solicitado uma "transformação" completa para o apartamento ao lado, mas se confundiu na hora de entregar as chaves ao decorador.

Ananova

Be Pollock!


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Corre, Ordinária!

Patrícia Carla é uma garota saudável e que adora correr. Pelo menos é o que diz seu criador, o quadrinista André Leal - criador da veterinária e estrela da internet Fernanda Breta -, que colocou a coitadinha a correr pelos blogues e fotologues sem parar. A primeira parada (ou talvez fosse melhor dizer "passada") foi o flogue do cartunista Bira, que logo em seguida convidou o colega Thiago Tintapreta a entrar na brincadeira. Cada novo desenhista visitado pela mocinha se encarrega de compartilhar sua visão da personagem e a encaminha para o próximo participante.
Todo o trajeto percorrido por Patrícia Carla até agora pode ser visto no site do Leal.

Proposta versus Conteúdo

Há duas ou três semanas adquiri o livro Almanaque dos Quadrinhos, publicado pela Editora Ediouro e que dá continuidade a uma linha que começou com o ótimo Almanaque dos Anos 80 (que tenho também). Atraído pelo projeto gráfico primoroso e pela proposta da linha editorial (que eu definiria como um apanhado de factóides e curiosidades organizado de forma extremamente competente) pedi à moça da banca de jornais que me passasse uma cópia antes mesmo que ela terminasse de me dizer o preço. Foi um ótimo investimento, sem dúvida, mesmo levando em conta as impressões que tive após iniciar a leitura.
Bem diferente do que eu havia pensado, o referido almanaque se trata de uma obra muito mais ampla, quase acadêmica. Como eu iria dizer mais tarde ao Heitor Pitombo, que teve o prazer de trabalhar no livro e realizou a fantástica pesquisa iconográfica do mesmo, isso acabou me deixando extremamente frustrado. Por ironia, o livro acabará me sendo muito útil, já que é totalmente pertinente à pesquisa que vendo fazendo para minha monografia: o volume de informações é gigantesco e os dados completíssimos.
O problema que vejo está nessa contradição entre proposta e conteúdo. Se por um lado as cores berrantes da capa (não julgue um livro pela capa?), o ótimo acabamento e a tradição editorial me prometiam uma leitura divertida e ágil, por outro bastaram algumas páginas para me revelar um futuro de noites longas de leitura chata e intermináveis anotações.
Segundo o próprio Pitombo, não houve pressão por parte da Editora para que se seguisse a mesma linha dos almanaques anteriores. Grande falha, na minha opinião. É um livro destinado a um público completamente diferente, muito mais segmentado. Acaba-se comprando gato por lebre, numa péssima analogia, admito. Era um livro que tinha tudo pra ser original, atrativo a todos, gostoso de ler e de indicar aos amigos. Acabou sendo mais uma enciclopédia técnica e chata (mesmo que muito completa) para profissionais da área e apreciadores do gênero.

Mais um do Miller

Frank Miller parece ter se transformado na nova grande descoberta de Hollywood (apesar da resistência inicial, quando Robert Rodriguez abandonou a Directors Guild of America após a mesma ter tentado impedir a creditação de Miller como co-diretor de Sin City). Além de 300, adaptação da graphic novel que aqui foi publicada como Os 300 de Esparta; e da continuação de Sin City, que será inspirada no álbum A Dama Fatal (A Dame to Kill For); outro trabalho clássico de Miller está na mira do cinema.
Trata-se de Ronin, publicado entre 1983 e 1984 pela DC, e que conta a trajetória de um jovem samurai em busca de vingança contra o demônio que matou seu antigo mestre. O guerreiro obtém sucesso, mas é amaldiçoado pelo demônio, ficando ligado a ele para sempre. Numa Nova Iorque futurista, os dois inimigos voltam a vida graças aos sonhos de um garoto paranormal. A adaptação está nas mãos do produtor Gianni Nunnari, o mesmo de 300.
De certa forma, não será a primeira vez que Ronin ganha vida. Em 2001 o animador Gendy Tartakovsky baseou-se na obra de Miller para criar o personagem-título de Samurai Jack, para o canal a cabo Cartoon Network.

Um pinto, uma polêmica

Super-Heróis também têm pênis. Foi o que descobriram os leitores do novo título Spider-Man: Reign, da Marvel. Suspeitas houveram sempre, com tantos deles casando e alguns até (imaginem!) produzindo seus bacuris por aí. Mas agora há provas.
Escreve Sérgio Codespoti, do site UniversoHQ:

"Quando o primeiro número foi lançado, em dezembro de 2006, provocou uma polêmica em função de um quadro que mostrava Peter Parker nu, sentado em sua cama, com o pênis exposto."

Ora. O velhinho tem um pinto, e daí? Não que ele consiga fazer algo de muito útil com o referido pedaço de carne (vá saber a potência do Viagra no futuro?). Seria menor a polêmica se o tal bilau estivesse levantado? Ao menos faria mais sentido, após um sonho molhado com a esposa falecida?
Faz sentido uma comoção por parte de pais, professores, lojistas e outros chatos. O referido título não trazia quaisquer indicações de conteúdo adulto ou possivelmente ofensivo. Não (torno a repetir) que um coroa de pinto mole me pareça muito erótico, mas vamos seguir as convenções. Surpreende-me, na verdade, leitores e estudiosos já adultos e (suponho) cientes de que são seres sexuais, indignando-se com esse e outros "abusos" cometidos pela revista, como confirma Codespoti:

"A nova polêmica gira em torno de uma revelação da terceira parte da história, na qual se revela que Mary Jane morreu de câncer envenenada pela radiação dos fluídos corporais de Peter Parker. Ou seja, foi o esperma do Homem-Aranha que matou a personagem."

Isso não deveria ser polêmico. Ridículo, isso sim. Diz Graeme McMillan, do blog The Savage Critic(s):

"And now it's time for this week's 'I seriously can't believe that Marvel did that' moment. I'm very surprised that I've not seen more online outrage about the reveal, this issue, of what killed Mary Jane: Spider-Man's cum. And for all of you who think I'm joking, here's the dialogue from the book itself: 'Oh God, I'm sorry! The doctors didn't understand how it happened! How you had been poisoned by radioactivity! How your body slowly became riddled with cancer! I did. I was... I am filled with radioactive blood. And not just blood. Every fluid. Touching me... loving me... Loving me killed you!'"

E agora é hora do momento 'Não posso realmente acreditar que a Marvel fez isso' dessa semana. Estou bastante surpreso de não ter visto maior indignação online sobre a revelação, nessa edição, do que matou Mary Jane: a porra do Homem-Aranha. E para todos aqueles que pensam que estou brincando, eis o diálogo da própria revista: 'Oh, Deus, sinto muito! Os médicos não entendiam como aconteceu! Como você havia sido envenenada por radiação! Como o seu corpo lentamente foi tomado pelo câncer! Fui eu. Eu estava... Eu estou cheio de sangue radioativo. E não só sangue. Qualquer fluído. Me tocar... Me amar... Me amar matou você!'

Só mais uma explicação estúpida de um gibi sem conteúdo e sem nenhuma originalidade, como diz o leitor Jeremy Holstein em um comentário que resume muito do que eu sinto em relação a Reign:

"This is a literal remake of the Dark Knight Returns with Spiderman in the lead-role instead of Batman.
"Everything about the story, including television reports from anchors named 'Miller' and 'Var', (ha-ha, get it?) screams out Dark Knight. The script includes scenes of an aged Peter Parker watching the "punks" of today beat up people and wondering why he doesn't get involved. Sound familiar?
"The book's well illustrated and fairly well plotted and scripted, but I just couldn't get beyond the ghost of Frank Miller looming over every page. Why bother making a carbon copy of the Dark Knight with a recast leading man? It's like remaking Casablanca with Cary Grant instead of Humphrey Bogart."

Esta é uma 'refilmagem' literal de Cavaleiro das Trevas tendo o Homem-Aranha no papel principal ao invés de Batman. Tudo sobre a história, incluindo reportagens televisivas de âncoras chamados 'Miller' e 'Var' (ha-ha, sacou?) parecem com Cavaleiro das Trevas. O roteiro inclui cenas de um Peter Parker idoso assistindo os 'marginais' de hoje em dia espancando as pessoas e imaginando por que ele não se involve. Parece familiar? A revista é bem desenhada e medianamente bem escrita, mas eu não consigo suportar o fantasma de Frank Miller pairando sobre cada página. Por que se importar em fazer uma fotocópia de Cavaleiro das Trevas com um novo personagem principal? É como refilmar Casablanca com Cary Grant no lugar de Humphrey Bogart.


 

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