Esse foi um fanzine que publiquei em idos de 2005 com o apoio de Erick Lustosa e Emir Ribeiro, numa panelinha que chamávamos de "CooHQ" (ou, Cooperativa Brasileira de Histórias em Quadrinhos). A idéia do MM era trabalhar em conjunto com o Martelo, do Erick. Enquanto Martelo trazia clássicos do terror nacional, Meninas trazia somente personagens femininas do mesmo gênero.
O zine teve duas edições, distribuídas praticamente só entre amigos e conhecidos das HQs. A terceira edição começou a ser produzida mas ficou suspensa, principalmente por falta de tempo. Quam sabe um dia...
Eu e Cadu Simões, segundo a interpretação semi-bêbada e à luz negra do Gil Tokio. Pra quem tiver dúvidas, o sujeito com mais cara de "manda a xaidêra" sou eu.
Por enquanto as únicas provas de que aquela noite existiu são os guardanapos desenhados pelo Gil (que incluem a donzela retratada abaixo, minha adorável esposa). Lembro-me vagamente de flashes, e rezo pra que as fotos que resultaram deles não venham a público tão cedo.
Assistindo, ontem, ao Jornal Hoje, me surpreendi em como o jornalismo pode ser tendencioso. É uma verdade já constatada há tempos, claro. Mas cada caso novo me deixa abismado. Como podem não ver isso os recém-saídos da UFSC, cheios de idéias e ainda vivendo na ilusão de mudar o mundo pela divulgação imparcial dos fatos? Eu é que sou o "vendido", o "falso", o "anti-ético", simplesmente por ter escolhido um ramo da comunicação mais voltado para o mercado.
Parafraseando um professor de jornalismo que em certa palestra se deu conta do desgosto que tinha pelos futuros colegas de trabalho, o que falta ao publicitário e sobra ao jornalista é a hipocrisia.
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Foi divulgado o resultado do Enad (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). Segundo a "matéria" do JH, o troféu joinha vai para as universidades públicas. Palmas para nossos governantes, que às vésperas de uma nova eleição conseguiram mostrar em rede nacional que um sistema de educação totalmente sucateado e atrasado ainda consegue dar caldo. Coincidentemente a região Sul, lá de onde venho, teve a maior porcentagem (27,9%) de cursos universitários com conceitos 4 e 5 (os melhores), e a menor de cursos com conceito 1 e 2 (os piores). Ou seja, catarinas, paranaenses e gaúchos são fodas quando se fala em educação. O curioso é que, pelo menos em Santa Catarina, não há tantas faculdades públicas assim. Temos a UFSC e a UDESC. Qual mais? Esqueci de alguém? Já faculdades particulares temos, pelo que me lembro, mais de vinte só na Grande Florianópolis, e esse número cresce a cada ano. Mas deixemos de achismos e vamos aos fatos:
Segundo a wikipedia há 12 universidades públicas no Paraná (UFPR, UTFPR, UEL, UEM, UEPG, UNICENTRO, UNIOESTE, UENP, FAP, FECEA, FECILCAM e EMBAP). Já particulares são 21 instiuições, mais uma internacional.
No Rio Grande do Sul a diferença é ainda maior. São 8 públicas (UFRGS, FURG, UFPel, UFSM, UNIPAMPA, UFCSPA, EAFA e UERGS) e 29 particulares.
Em Santa Catarina, são 4 públicas (eu havia esquecido de contar a USJ, da Prefeitura de São José e o CEFETSC, antiga Escola Técnica) e 20 públicas. Faltam na lista as faculdades Decisão, Dom Bosco, IES e UNICA. Novamente, se esqueci alguma, me avisem. Das 20 listadas, 7 estão registradas como "Fundações públicas sem fins lucrativos". Quem conhece a mensalidade de uma UNISUL ou FURB não vai discordar de eu incluí-las na contagem das particulares.
Ou seja, das 98 instituições de ensino superior existentes na Região Sul, 74 são particulares, ou 72% do número total.
Como bem mostrou a reportagem do JH, por mais precisos que sejam os dados eles são interpretados da forma que melhor convém, preferencialmente citando só os números que interessam.
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Qual a sua interpretação?