Alegria de Pobre

Meu nome foi citado no Universo HQ, o principal veículo nacional de divulgação dos quadrinhos.
Num país onde fazer quadrinhos não é arte muito menos profissão, esse é bem o tipo de coisa que dá uma sensação gostosa, que poucos compreendem.

Procura por emprego está desesperadora. Outro dia cheguei a cogitar responder um anúncio que procurava ex-viciados pra trabalhar em fazenda de reabilitação. Eu ia ter de inventar graaaandes histórias pra convencer sobre meu "traumatizante passado com as drogas".
Fico imaginando como não deve ser difícil pro Marco, que está na mesma situação (desempregado, fazendo faculdade e vivendo da ajuda da mãe), com o diferencial de que tem uma década ou duas de vida a mais que eu.
Sinto-me cada vez mais tentado a mudar minhas convicções, morder a língua e começar a falar mal do Lula junto com o resto do país. Talvez isso ajude a manter a mente ocupada...

Já era hora de mudar um pouco as coisas por aqui. O layout antigo surgiu por pura preguiça. Este, não é exatamente um layout, já que tudo se resume à imagem acima... Mas pelo tempo que me tomou, vai ter de servir.
É engraçado como de vez em quando me surgem idéias boas, assim, do nada.
Não posso fazer muito propaganda, pois a Célia já está me incomodando pra refazer o blogue dela (naquela limpa que a kit.net fez quando passou a ser paga, foram-se embora os arquivos do layout dela, que estavam na minha página).
No mais, tudo em cima, beleza, jóinha. Segundo semestre logo está aí, e papai vai ter uma surpresa quando vir o preço da mensalidade, por culpa das optativas.
A busca pelo emprego sagrado continua, entre selvas de currículos e rugidos de concorrentes a uma mesma vaga.
Escrevi um roteiro novo, com tudo aquilo que eu não queria colocar em uma história do Sephirot. Mas botei, e o povo parece que aprovou. Falta arrumar desenhista. O segundo roteiro já está de processo criativo encaminhado, e deve começar a mostrar o lado místico do personagem.
Iogurte é vício declarado, mesmo com a lentidão e a frequência absurda com que me bloqueiam.
Sono não chega, criatividade não vai embora...
'Bora fazer mais vetoriais, então...

Este que vos fala, num primeiro teste no Expressions 3, nova ferramenta vetorial da Microsoft.

Velta Manga Parte V: Velta




Eu sei que eu deveria ter feito os cabelos de Velta mais compridos... Mas fiquei com preguiça.

Bom... Velta é a contraparte de Kátia. Isso todos já sabem. Pelo que eu disse antes, dá pra notar que vejo as duas com personalidades bem distintas. Mesmo dividindo a mesma mente, ao se transformar em Velta, Kátia dispararia uma espécie de gatilho. Toda a sua introspecção e timidez desapareciam no processo e dariam lugar ao exibicionismo e a um comportamento muito mais enérgico.
Resumindo, Velta falaria alto, riria das piadas mais bobas (principalmente das suas próprias) e faria tudo o que tinha vontade de fazer, mas na forma de Kátia não podia. Seria uma pessoa muito menos contida, por assim dizer.
Uma adolescente num corpo de mulher podendo fazer tudo o que deseja? Isso abre muito espaço pra comédia, sem dúvida.

Velta Manga Parte IV

Resumão II: Emir Ribeiro











Velta Manga, Parte III

Resumão I: Katsura













Velta Manga, Parte II

Referências e Comparações

Quando penso em uma versão “mangalizada” de Velta, não posso deixar de traçar um paralelo entre dois personagens e dois artistas. Velta, de Emir Ribeiro e Momonari Junta, de Masakazu Katsura. Irão dizer que estou louco, mas é algo com o que já me acostumei.
Katsura é dono de um estilo único, e uma mente obviamente pervertida. Fazendo mangas para o público juvenil, suas mulheres são idealizadas: lindas, inocentes, e extremamente sensuais em sua ingenuidade. Alguns chegam a caracterizar seus trabalhos como “super-soft-hentai”, ou seja, algo como “erótico super leve”. O que significa isso? Significa que Katsura tem uma insistência por poses e situações erotizantes. Mulheres de toalha, nudez sugerida, roupas extremamente justas que valorizam os “atributos” de suas personagens, e posições bastante indecorosas. Ainda assim, suas personagens (principalmente femininas) carregam características bastante nipônicas (como os olhos e formato do rosto, além de baixa estatura) ao contrário de muitos outros mangas onde há um desfile de louras esculturais e galãs multicoloridos. Assim como Emir Ribeiro, ele sabe valorizar o biótipo comum em seu país, e representa em suas histórias o ideal de beleza daquela cultura. Um exemplo disto é Iori, da série I’s (que infelizmente não saiu por aqui). Outra familiaridade entre os dois artistas é sua adoração por bundas (que aliás, é uma das características marcantes de Velta).
E já que estamos falando novamente de Velta, aqui entra a comparação da loura bunduda com Momonari Junta, o Mega Playboy de D.N.A.². Nesta ótima série de Katsura, é contada a história de um adolescente que tem um problema grave: ele vomita sempre que fica excitado; o que destrói suas possibilidades com as mulheres. Ainda assim, ele está predestinado a se tornar o maior playboy do mundo, engravidando cem mulheres que trarão ao mundo cem playboys idênticos ao pai, e esta será uma das principais causas da superpopulação no futuro. Uma agente deste futuro, Karin, é enviada à época de Junta para bloquear seu DNA de playboy, e assim salvar o futuro. Tudo acaba dando errado, porém, e Junta se torna o Mega Playboy antes do tempo, e com super-poderes. Começa a saga de um adolescente introvertido que se transforma ocasionalmente num super-galã que faz todas as mulheres se apaixonarem por ele. Está dando pra captar as semelhanças com Velta?

Personagens

Kátia: Eu vejo muito de Iori (de I’s) e outras garotas de mangas para adolescentes em Kátia. Imagino-a nos seus 14 ou 15 anos, mochila nas costas, freqüentando um colégio conservador e enfrentando os problemas típicos dessa idade. Ela seria uma menina muito bonita, mas um tanto quanto fechada, introvertida.

Sr. Farias: Um homem duro e disciplinador, único responsável pela criação de suas filhas. Eu o faria à imagem e semelhança de Emir, o grande “pai” de Velta (ou seja, rechonchudinho e bigodudo). Seria um homem um pouco antiquado, mas bastante batalhador e honesto. Suas atitudes repreensivas em relação às filhas seriam responsáveis por Kátia se “libertar” somente na identidade de Velta.

As irmãs Farias, e Kelson: Várias e várias irmãs. Não é necessário citar os nomes, já que elas representariam algo como as meias-irmãs de Cinderela. Estariam lá para tornar a vida de Kátia um verdadeiro inferno, e tornar mais evidente a crise de identidade que resultaria na personalidade de Velta. Originalmente, Emir criou apenas três irmãos: Kátia, Karina, e Kelson. Tudo o que eu fiz aqui foi dividir a personalidade de Karina em várias irmãs sem nome, e afastar um pouco Kelson da trama (já que ele é o mais velho e já não mora com o pai). Ele estaria presente, ocasionalmente, como um exemplo para Kátia. Uma característica bastante presente nos mangas é a adoração pelos irmãos mais velhos e desta forma, Kelson seria um modelo para ser seguido. Aos olhos de Kátia, ele seria maduro, inteligente, bonito e tudo o que ela procura num homem. Isso explica em parte a paixão instantânea de Kátia por Gilberto (que poderia muito bem ser amigo de Kelson, para aumentar a interatividade entre os vários personagens).

Gilberto: Um ex-policial que ficaria na cola de Velta, quando esta surgisse. Alto, louro e de olhos azuis, Kátia se apaixonaria por ele no primeiro momento, mas só conseguiria demonstrar esse sentimento quando estivesse na forma de Velta.

Zé Roberto: O “valentão da escola”. Como é minha idéia focar muito mais na intimidade de Kátia que em sua atuação como Velta, fico pensando em vários personagens para completar seu círculo de conhecidos. Zé Roberto, no caso, seria um garoto desprezível e cheio de maneirismos americanizados, que atormentaria Kátia e suas amigas.

Erick: O melhor amigo de Kátia, e seu único confidente. Erick seria secretamente apaixonado por Kátia, mas por ser tão tímido quanto ela, jamais encontraria a chance de se declarar, e por isso acabaria perdendo-a para Gilberto.

Snirko: Um alienígena asqueroso e de baixa estatura, fugitivo de seu planeta e inimigo de uma raça de mulheres altas e louras. Ele é o responsável pelos poderes de Velta, e funcionaria a princípio como uma espécie de mentor, até que Kátia descobrisse suas reais intenções.

Doroti: A pior inimiga de Velta não poderia ficar de fora desta versão manga. Os aspectos mais “esdrúxulos” de sua origem ficariam umpouco de fora, meramente subentendidos, e sua personalidade seria focada na curiosidade e no desejo de experimentar.

Homem de Preto: Um personagem que aprendi a gostar muito, e não poderia deixar de fora também. Aqui, eu o mudaria radicalmente, dando a ele um aspecto ainda mais sombrio, demoníaco. Não se saberia sua identidade jamais (como nas histórias originais do Emir) e, mais ainda, não se saberia suas intenções. Justiça seria a desculpa para a violência extrema deste personagem.

Continua no próximo post... ^_^

Velta Manga

Recentemente o Emir me disse que finalmente Velta Manga iria sair. Eu já havia visto uns dois desenhos feitos pelo HDR algum tempo atrás, e nada mais justo que colocar esse trabalho nas mãos do cara. Mas...
O meu grande problema é ser muito inxerido. E ter várias e várias idéias sobre tudo. E mesmo sabendo que o Emir tem grande confiança no HDR, não posso deixar de ficar aqui no meu canto imaginando como eu faria o título.
Isso, pra quem quiser ler, nada mais é do que um exercício imaginativo. Não pretendo lançar essas idéias para o Emir, até porque a história já está sendo produzida. Mas... Sabem como é... Eu tinha de escrever isso :)

Pra começar, o que mais me preocupa é o título "manga". Normalmente as pessoas associam o estilo a olhos grandes e queixos estilizados. Conheço alguns bons artistas (como o Marco Santiago) que desprezam o mangá, exatamente por essa banalização do traço. Eu, pelo contrário, adoro o mangá. Não pelos motivos habituais, o fanatismo de pessoas que criam fã-clubes e etecetera; mas sim por toda a carga cultural. O manga, por incrível que pareça, é um dos gêneros quadrinhísticos mais influenciado pelo quadrinho norte-americano. As primeiras histórias cômicas surgiram bastante calcadas nos cartuns estadunienses, e anos mais tarde a estética dos super-heróis invadiu as mentes de centenas de manga-kas (se não acreditam, vejam Dragon Ball, que nada mais é do que uma maneira mais divertida e violenta de recontar a história do super-homem). Ainda assim, o manga consegue ser único, legítimo. Eu comecei a perceber essa legitimidade uns três ou quatro anos atrás, quando descobri os mangás escaneados. Traduzidos do japonês para o inglês, muitos deles (quase todos, de fato) vinham com pequenos comentários dos tradutores, explicando hábitos e palavras japonesas. Coisas que, para a sociedade ocidental, simplesmente não possuiam tradução. Um manga original (ou seja, feito no japão mesmo) traz não somente personagens estilizados e de olhos grandes. Traz através de seus desenhos toda uma identidade japonesa: seus personagens agem de uma forma que não compreendemos bem, seus valores, seus sentimentos, são coisas que parecem bastante distantes. A própria narrativa, ágil e dinâmica, traduz a necessidade do japonês de ter entretenimento rápido e ainda assim de qualidade. As cores em que as revistas são impressas são devidamente planejadas para instigar nos leitores emoções condizentes com a história, e estas cores têm ligação direta com sua história, e com o ambiente em que vivem. É uma manifestação cultural que quadrinista nenhum, de outra parte do mundo, consegue reproduzir. E é por isso que eu adoro o manga.
Porque vejo nele o ponto que o quadrinho brasileiro pode atingir. A possibilidade de, apesar das mil influências externas e a americanização dos estilos, ainda assim criar uma identidade facilmente reconhecível, e quiça imutável. Independente de desenhos ou métodos narrativos. Algo em que você possa colocar os olhos e imediatamente dizer: isso foi feito por um brasileiro; e é muito bom. Porque ali dentro, daquela revista, daquela história, estaria a nossa cultura, os nossos costumes, os nossos anseios.

O que isso tem a ver com Velta Manga?


Tudo! Velta é um dos maiores exemplos para o quadrinho nacional. Alguns a adoram, outros a odeiam, mas ninguém consegue ficar imparcial. Boas ou ruins, suas histórias a trinta anos tem um brasileirismo contagiante, um respeito pelas pessoas daqui, e uma absorção inteligente das influências estrangeiras.
Criar uma versão "mangalizada" de Velta seria pegar emprestados o desenho e a narrativa japoneses, e dar, para a nossa cultura, a mesma importância que eles dão para a deles.
Traduzindo, Velta seria mais que uma loura gigante e com olhos exagerados. Mais do que isso, seria uma brasileira. As histórias, rápidas o suficiente para se ler no ponto de ônibus (como de fato os japoneses lêem os mangas, à espera no metrô) combinariam detalhes de sua vida íntima com combates contra bandidos e monstros.
Eu focaria muito mais na vida de Kátia, do que de Velta. Desenvolveria a relação dela com o pai, e com as irmãs (que, aliás, apareciam a todo momento). A mostraria indo à escola, se relacionando com amigos muito próximos, e talvez até lhe arrumasse um namorado (não me esquecendo de Gilberto, claro, que surgiria depois).

A minha "visão" de Velta, propriamente dita, virá no próximo post, que é o de número 1000. :)

Roubado do Averon, que roubou do Wind, que roubou do JC:

"Pegue o livro mais próximo de você.
- Abra o livro na página 23.
- Ache a quinta frase.
- Poste o texto em seu blog junto com estas instruçoes."

Zunto:

"Ela pensa que pode vendê-lo."

(acreditem: vocês não vão querer saber que livro eu peguei)

A propósito... Os porquinhos aí de cima são vetoriais plagiados feitos em cima do trabalho de um cara chamado Gary Ham (ou Gary "Presunto"). Troquei alguns e-mails com o dito cujo uns tempos atrás, e ele é muito simpático. No site dele, Superham, há várias amostras de material (não só envolvendo porcos).
Já os uniformes retratados nas imagens são inspirados em super-heróis clássicos da HQ nacional: Mylar, Capitão 7 e Raio Negro. Quem estiver por aqui pra matar o tempo, sem nada melhor a fazer, pode ficar clicando o "refresh" pra ver as imagens diferentes :P

Pois é... O computador está em mais uma de suas crises de TPM (insisto na minha teoria de que a maioria das peças veio da Argentina, onde computador é tratado no feminino), e o kit.net finalmente deletou geral. Tudo bem, eles já tinham avisado que iam fazer isso desde o ano passado, mas como diz a minha mãe, acabei "empurrando com a barriga".
Template tosco e altamente temporário, até eu ter paciência de fazer algo com mais calma (e até o computador decidir colaborar).

Enquanto um povo estressado resmungava reclamações a respeito da piadinha do tal editor do diário catarinense; Célia, eu e outros tantos aspirantes a publicitários ríamos com duas aspirantes a jornalistas divertidíssimas na viagem de volta. Terminamos a noite com algumas cervejas na mente, três novos amigos (as jornalistas e o namorado de uma delas) e novas provas de que esta cidade é do tamanho de uma noz partida.
Quem é Deus, afinal? O publicitário ou o jornalista? Nenhum dos dois. É o garçom.

(por Felipe Meyer e Rafael Savastano)

- Sair de casa com guarda-chuva e tentar voar.
- Marcar um encontro 'urgente e inadiável' com alguém na beira-mar e esperar a ligação da pessoa pra contar o que ela passou.
- Atravessar a ponte de moto e sem capacete.
- Se arrepender de ter recusado aquele convite pra sair dizendo "só quando as vacas voarem".
- Comprar uma vaca, levá-la pra Moçambique e ligar a filmadora.
- Fazer várias hélices de latinha de cerveja cortada, grudar em bolas de fisioterapia, tacar num balde, e dirigir enlouquecidamente durante o fucracão dizendo "É nossa última Dorothy!! Tem que funcionar!!"
- Enfiar a família no carro e dizer: "se a viagem ficar muito chata, contem as pessoas voando".
- Subir no telhado, colocar a mão na cintura e gritar "Para o alto e avante!"
- Amarrar uma corda na cintura do seu amigo mais magrelo e dar na mão dele uma máquina fotográfica, e sair empinando o cara que nem pipa enquanto ele fotografa janelas dos apartamentos alheios.
- Invadir o Shopping Beira-Mar gritando "É O FIM!! É O FIM!!!", pegar um carrinho do Imperatriz, tacar todas as provisões que encontrar nele, sair sem pagar com carrinho e tudo, atirar o carrinho dentro do carro e sair cantando pneu.
- Fazer bolão de quanto tempo leva até a ilha ficar às escuras de novo.
- Mandar seu irmão mais novo atravessar a rua e voltar com uma vela acesa e não deixar ele entrar de volta se ela apagar.
- Invadir o cine Beiramar gritando "DEUS VEIO NOS CASTIGAR POR ESTE FILME HEREGE!"
- Amarrar uma ponta de lençol em cada membro, calçar patins, e sair zunindo por aí gritando "woohoooooooo".
- Ligar praquela gostosa ingênua e supersticiosa dizendo que leu em algum lugar que o furacão vai derrubar até os prédios mas que estão escondendo isso pra não causar pânico, e que se ela quiser, você tem um abrigo subterrâneo com provisões para você e mais um...
- Convencer um bêbado que se ele saltar do topo do prédio os ventos fazem ele ricochetear de volta
- Peidar na janela quando o furacão estiver passando exatamente em cima do seu prédio, filmar, e mandar pro Guinness pra entrar como o "peido mais rápido do mundo".
- Aparecer na praia, de calção, barraca e protetor solar, e responder pra quem perguntar "Ah, eu não acredito em previsão do tempo!"
- Ler no Cacau Menezes no dia seguinte "Primeiro furacão brasileiro é barriga verde!!!"
- Ler no Cacau Menezes na semana seguinte "Que coisa idiota, ter orgulho de um furacão como se fosse um símbolo de vitória catarinense. Povinho bundão"
- Aparecer na coletiva de imprensa do governador, e enquanto ele estiver acalmando os ânimos, gritar "Por que a sua família está indo embora de helicóptero?"
- ...e depois de um momento de reflexão, sorrir, e dizer "Pensando bem, é melhor irem mesmo! o senhor também!! Voem para o leste que é mais seguro!!!"
- Entrar no Angeloni e gritar: "Ei! Estão saqueando o Imperatriz e o Hippo!"
- Comprar um catavento para se sentir parte do acontecimento.
- Convencer o máximo de pessoas possível de que quanto mais alto, mais seguro.
- Escrever cartas anônimas, genéricas e reveladoras, deixar pela rua, e esperar o vento disseminar a discórdia.
- Subir até a caixa d'água do edifício pra poder "ver o furacão chegando".
- Sair pela rua a conversar com seu amigo imaginário, olhar para o lado e gritar: "JORGE!? JORGEEE!???"
- Aprender a fazer o moonwalk do Michael Jackson sem esforço.
- Ligar os ventiladores e apontar pras janelas para "contrabalancear".
- Abraçar um poste e gritar: "Selar compartimento! Selar compartimento!"
- Promover um campeonato de 'Extreme Windsurf'.
- Abraçar um poste e explicar às pessoas que passam que você é fã de "O Vingador do Futuro".
- Abraçar o poste e gritar: "Segure a minha mão!! Segure a minha mão!"
- Abraçar um poste e gritar: "Não estamos mais no Kansaaaaaa..*"
- Sair de bicicleta, alçar vôo, e gritar para todas as janelas que passar "Eu vou pegar você, e seu cachorrinho também!!"
- Fazer aposta com os barracos saltando do morro.
- Sair de bicicleta enrolado num lençol com um bicho de pelúcia na cestinha e pedalar até cansar.
- Montar uma rede de um prédio a outro e ficar recolhendo os espólios.
- Atender à passeata "Abrace o furacão. Viva a mãe-natureza".
- Descer a Rio Branco gritando "A torre 1 caiu! A torre 1 caiu!"
- Virar para uma pessoa desesperada na rua, no meio da zona, e dizer "acho que vem chuva, hein...'
- Ir ao Beiramar Shopping e causar pânico dizendo que os pisos superiores estão em chamas.
- Esperar o furacão passar, descobrir que você foi parar em Lages e dizer "Não prestei atenção... Tava ocupado com o jogo da cobrinha".
- Estudar física jogando bolas de boliche pela janela.
- Atirar a coleção de revistas Capricho da sua irmã pela janela, e gritar "Voem!! Voem, minhas belezinhas aladas!!"
- Jogar a sua sogra pela janela e quando sua mulher vir perguntar, dar de ombros e dizer "O vento levou..."
- Atirar os CD's da Britney da sua irmã mais nova pela janela e dizer "Fly! Fly to heaven!"
- Ficar ligando para as pessoas no pior momento da tempestade e dizer: "Podem sair... já passou".
- Gravar uma fita só dizendo "SOCORRO!! SOCOOOOORRO!! ESTOU SENDO LEVAAAADO!!!", e largá-la tocando num gravador portátil no meio do furacão.
- Vestir uma fantasia de diabo e parar no meio da rua gargalhando histericamente.
- Pegar um lençol vermelho três vezes o seu tamanho e ir pra rua ficar parado e se achando o Spawn.
- Filmar uma propaganda de laquê com o slogan: "Nem furacão desarruma".
- Colocar uma placa na frente de casa: "Vôo Livre sem equipamentos. Apenas hoje."
- Olhar para o filho mais novo e dizer: "Você vai ser o primeiro a ir pra panela".
- Sair na rua dizendo "Ah, todo mundo sabe que não existe furacão no Brasil. isso é primeiro de Abril".

Aquisições

Desde que peguei esta mania de me identificar como "editor", assumi um olhar muito mais crítico em relação, principalmente, às publicações nacionais. Infelizmente a situação financeira não está nas melhores condições, e uma série de gastos diversos (como transporte, estudos, e meus vícios não muito saudáveis) muitas vezes me impedem de acompanhar os novos títulos a não ser por notícias que me vêm via internet, e comentários de amigos artistas.
Apesar da cruel ironia, uma coincidência me fez repensar esta "sorte", ao encontrar diversas edições da Ópera Graphica encalhadas em uma revistaria de florianópolis. O lado bom disso tudo, é que pude adquirir edições que a muito tempo queria, como "Lobisomem" de Gedeone Malagola e Nico Rosso, por meros um e cinquenta "pila". O lado ruim, aliás, péssimo, é que isto demonstra a pouca receptividade do leitor florianopolitano aos títulos nacionais. E também desanima a este pretenso editor que, claro, sonha em um dia ter suas próprias revistas distribuídas na cidade-natal.
Este desânimo não me impediu, porém, de devorar as revistas com o mesmo sorriso no rosto de quando as comprei. Fiquei bastante feliz ao me dar conta que as duas histórias publicadas no album "Lobisomem" eram inéditas para mim, não tendo sido publicadas em nenhuma das revistas que tenho. Há também um grande texto biográfico sobre a pessoa de Gedeone e do surgimento do Conde Von Boros, o personagem principal; texto este que infelizmente é prejudicado (assim como outros textos da edição) pela falta de uma revisão mais cautelosa. Erros de português e de digitação pipocam aos olhos do leitor. Faltou também falar um pouco mais de Nico Rosso, cuja importância é tão relembrada pelos editores, que estes até se esqueceram de dar maiores detalhes de sua vida. A edição seria ainda melhor, em minha opinião, se a matéria que a encerra fosse acompanhada de desenhos do próprio Gedeone (já que o título traz seu nome em grandes letras) ou mesmo de Sérgio Lima (que trabalhou com o personagem antes de Nico Rosso) ao invés de simplesmente repetir cenas da segunda história da revista (ocasionalmente retocadas com efeitos negativos, para melhor se adequarem ao fundo completamente negro da matéria).
A falta de esmero acaba prejudicando grandes projetos, como é facilmente percebido em "A Última Missão", aventura em que Watson Portela reune os heróis criados por Eugenio Colonesse (também adquirida pela bagatela de um e cinquenta). A história segue num ritmo rápido, tão rápido que não permite ao leitor compreender quase nada sobre os personagens. Um texto ao fim da edição nos explica que o projeto surgiu numa conversa de boteca, em que Watson e Franco de Rosa desejavam fazer uma homenagem a Colonesse. E só. Diferente de outros títulos tão bons da editora, não há matérias biográficas, não há maiores explicações sobre os personagens, nada. Quem não viveu a época tão venerada pelos dois, e gostaria de curtir uma boa história de super-heróis produzida no Brasil, fica completamente perdido ao ver os personagens simplesmente surgindo e logo soltando bordoadas a torto e a direito, sem direito a quase nenhum (bom) diálogo. Mesmo os leitores mais antigos provavelmente devem ficar decepcionados pela fraqueza e ingenuidade do roteiro, sem falar do traço desleixado de Watson, que está longe da sua melhor fase. O único atrativo da revista acabam sendo as curvas de Angélica, a filha de Satã, que voa e se contorce para exibir ao leitor o corpo quase completamente nu.
Watson Portela, aliás, a meu ver não publica nada realmente bom desde as "Paralelas" originais. Algum tempo atrás, adquiri (na mesma situação de encalhe, mas antes que o preço fosse tão ridiculamente reduzido) o album "Paralelas II", que prometia ser uma "reunião dos melhores trabalhos de Watson Portela". Peca principalmente por não ter investido em trabalho novo. Peca, em outros graus de importância, por nem de longe se tratar dos melhores trabalhos de Watson, apesar de trazer uma ou outra história de grande qualidade.
Este é um outro grave problema que eu observo nas publicações da Ópera. Quando você lê uma resenha ou a quarta capa de uma revista que fala sobre uma "seleção dos melhores trabalhos", entenda como "coisas que tínhamos à mão e não sabíamos bem o que fazer com elas". "Calafrio - 20 anos depois" é uma edição que vale os vinte e tantos reais (com vinte porcento de desconto, novamente, no encalhe) gastos em sua compra, mais pela extensa descrição da históra da D-Arte, que pelas histórias em si. A arte, claro, está fenomenal: tem Colonesse, tem Mozart Couto, tem Colin, Zallas, só os melhores. Mas os textos introdutórios de cada aventura, que ressaltam a importância da mesma na história da HQ brasileira, acabam só servindo para decepcionar o leitor ao fim da leitura. São histórias boas, divertidas, um exemplo a ser seguido na produção nacional. Mas perdem para muito material que já foi publicado não só na Calafrio como em diversas publicações de terror do extinto mercado nacional.
De todas, creio que a única que me agradou por completo, em roteiro, arte e informações adicionais, além de várias características técnicas (como diagramação, letreiramento, revisão, etc), foi "Mirza - A Mulher Vampiro". Talvez eu tenha sido ofuscado pelas formas "rotundas" da bela vampiro, ou talvez a revista seja mesmo um exemplo de dedicação e apreço pelo quadrinho nacional.
Sem esquecer, é claro, de "30 anos de Velta", com a preocupação de Emir Ribeiro em situar novos leitores, e a divertidíssima "mijada ácida" de Doroti.

Facul começou. Depois de tantos anos de vagabundagem, finalmente sou um universitário. Dividir meu espaço com povo besta e arrogante, e se divertir ocasionalmente ao encontrar gente conhecida nos corredores.
Achei um professor meio veado. Célia fez um discurso gigante, até admitir que o fulano aparentemente é bi. Qual o problema de admitir logo de cara que ele é veado?
- Mas ele sempre gostou mais de mulher...
Nem por isso deixa de ser veado. Mas o cara é legal, como parece ser comum entre professores veados. Povo parece que fica mais gente boa ao "entrar em contato com seu lado feminino".
Tenho de parar de falar "povo". Tô parecendo o Averon.
Ah... E desde quando isso aqui virou blogue de verdade? Tô até falando bobagem da minha vida... Putz!

É. Tô viciadinho em PristonTale. Deixa. Perdi a obsessão do povo por UO, depois sei lá o que Quest, depois DAoC, e tantos outros... Deixa eu me divertir um pouco dessa vez. :)
Vez por outra até rolam uns roleplays insanos, tipo:

(invoca Hobgoblin)
Zunto: Go, Freddie!
(Hobgoblin morre)
Zunto: Noooo!!!!
Zunto: Freddieeeee!!!
Zunto: Those bastards killed Freddie!
Fulano: Who's Freddie?
Zunto: My beloved Hobgoblin!
Fulano: Cool!
(fulano invoca hobgoblin)
Fulano: Mine's Teddy!
(Zunto invoca Hopy)
Zunto: It's time for Barney!
Zunto: Oh no! Psyduck!

1 - Pra começar, um detalhe bastante simples, mas que muitos esquecem. Dinheiro, por essas bandas, só é verde se for nota de um real. Portanto, ao fazer transações entre policiais corruptos e traficantes, por exemplo, faça o favor de pintar o dinheiro de azul ou, no mínimo, amarelo. Esse lance de fazer tudo em dólar é clichê demais.
2 - Se você conhece bastante sobre quadrinhos, deve saber que o uniforme do Super-Homem foi criado em homenagem aos lutadores de circo (se não sabia, matei a sua curiosidade). A estrutura dos quadrinhos que conhecemos hoje vem de uma série de outras influências, como os "pulps" e as "óperas espaciais". Portanto, é compreensível que os heróis gringos tenham super-poderes que só a ciência explica (de uma forma nem sempre convincente), uniformes colantes e coloridos, e combatam o crime somente pelo orgulho em se fazer justiça. No Brasil, podemos lembrar de influências similares. Ao invés dos lutadores de circo, temos o telecatch. Ao invés das óperas espaciais, temos os quadrinhos de terror e o "terrir". E ao invés dos "pulps", temos as fotonovelas e os catecismos. Portanto, antes de criar um personagem super-musculoso com a cueca por cima das calças e que solta raios dos olhos, eu sugeriria uma roupa chamativa e mal acomodada no corpo, com as costuras aparecendo; quem sabe mordido por um vampiro ou possuído por um demônio.
3 - Muitos acreditam que os heróis nacionais, em sua totalidade, são cópias deslavadas dos gringos. Estes, não sabem do que falam. Muito antes de Jessica Jones, da série Alias (do selo Marvel MAX) insistir em dizer que não é uma super-heroína e sair por aí querendo fazer dinheiro como detetive particular, Emir Ribeiro já eliminava os uniformes de sua personagem Velta e cobrava altíssimos preços por seus serviços. Os gringos nos copiaram? É claro que não. Mas este pequeno exemplo mostra que, a maior notoriedade de um, acaba ofuscando a maior criatividade de outro. Casos como esse não são isolados. Vampirella surgiu poucos anos após seu criador ter conhecido Eugenio Colonesse, que já trabalhava com a vampira Mirza. O mesmo Colonesse contava ótimas histórias do Morto do Pântano antes que o Monstro do Pântano desse as caras nas revistas. Gedeone Malagola criou seu personagem Raio Negro calcado no Lanterna Verde, mas criou um conceito de patrulha estelar com muita antecedência aos autores do "copiado". Em 1958 surgia no Brasil o Vigilante Fantasma, um motoqueiro que combatia criminosos tendo como arma uma corrente. Já em 1968, quem dava as caras era o Patrulheiro Fantasma, o espírito de um patrulheiro rodoviário que fazia justiça pelas estradas brasileiras em sua moto sobrenatural. somente em meados de 1973 os gringos iriam surgir com o seu Motoqueiro Fantasma.
Por isso, antes de buscar referências em Spawn, Homem-Aranha e X-Men, lembre que em várias ocasiões, "nossos quadrinistas são mais criativos que os outros".
4 - Na década de 60, Stan Lee criou os X-Men como uma forma sutil de falar sobre racismo. Até hoje a rivalidade entre Magneto e Xavier é comparada às diferenças de discurso de Martin Luther King e Malcon X. No Brasil, temos Zumbi, Chico Rei, além da velha frase que diz que aqui as pessoas fingem que não existe preconceito.
5 - Mais além, temos um período negro de nossa história que não equivale a nada na história americana. Chama-se ditadura. "Subversivos", de André Diniz, para mim é tudo o que uma história de "X-Men" seria se fosse criada no Brasil.
6 - "Quadrinho nacional tem peito e bunda demais". E daí? Não é nada diferente do que vemos em nossas televisões todos os dias, nos Big Brothers da vida. Existe uma grande diferença, porém, entre a pura exploração da sexualidade para balancear a falta de conteúdo de uma história em quadrinhos; e uma história bem escrita e empolgante, que utiliza o sexo como recurso secundário para ilustrar realismo e coerência (afinal, não vá me dizer que Super-Homem e Homem-Aranha, heróis casados a anos, não trepam).
7 - Em um país onde o mercado quadrinístico é quase inexistente, fazer sagas intermináveis chega a ser estupidez. No máximo, fará com que o leitor pegue o bonde andando em uma revista que provavelmente não terá continuação, e que fará com que o personagem seja rapidamente esquecido. Se você criou um cenário bem detalhado, personagens ricos em suas descrições, com tramas complexas e bem elaboradas, pelo menos certifique-se de que cada história tenha início meio e fim. Isso garantirá que o leitor se divirta com a revista nas mãos, mesmo que desconheça o universo do personagem. A edição "30 anos de Velta", de Emir Ribeiro, é um bom exemplo disso. É a continuação de uma saga criada por Emir anos antes, e a primeira história da revista já é, por si só, a segunda parte de uma aventura publicada cinco anos antes. No entanto, ele nos presenteia com "flashbacks" e diálogos, além de textos explicativos entre as histórias curtas, que colocam mesmo aqueles que nunca ouviram falar de Velta; completamente sintonizados com as criações do autor.
8 - Lá fora, histórias em quadrinhos são automaticamente ligadas a super-heróis. Aqui, quadrinhos de super-heróis fabricados em território nacional, dificilmente são levados a sério. Reflita estas posturas através de suas histórias. Ao invés de escrever sobre heróis pomposos adorados pelo público, por exemplo, escreva sobre um mundo onde os super-heróis não existem, ou se existem, ninguém sabe de (ou acredita em) sua existência. Neste caso, de quê serviriam identidades secretas, uniformes e máscaras?
9 - Aliás, para que escrever sobre super-heróis? Este é apenas um gênero dos quadrinhos, e não sua grande identidade. Nada impede que você escreva sobre homens voadores e alienígenas justiceiros, e ainda assim mantenha uma identidade brasileira em suas histórias. Mas nada impede também que você ultrapasse essas definições e escreva sobre policiais, cangaceiros, revolucionários, estudantes, etecetera.
10 - Na hora da escolha dos nomes, Paulo, Pedro e Bruno são melhores que Michael, Bruce e Jack. Ao invés de Nova York, ambiente sua história em São Paulo (que você pode visitar após uma viagem de ônibus ou simplesmente buscar referências de prédios e cenários pela internet) ou em sua própria cidade natal. O que faz de Los Angeles tão melhor que São Francisco do Sul para que um ser super-poderosos surja em uma e não na outra?
11 - Origens bem detalhadas são apreciadas pelos leitores. Dizer que "o personagem é assim, porque nasceu assim" demonstra uma grande falta de criatividade e preguiça em se pensar em coisa melhor, numa época em que os quadrinistas se acostumaram demais a dizer que todos são "mutantes". Ser picado por uma barata trangênica também não é um exemplo de grande originalidade. Lembre que os leitores são menos ingênuos hoje que a quarenta anos atrás, e pequenos acidentes não convencem mais para explicar grandes poderes. Por exemplo, um personagem como o Hulk, se criado no Brasil, poderia ser um funcionário ocioso de uma usina nuclear que, afetado por um vazamento de radiatividade, tornaria-se um monstro cancerígeno ambulante, cuja explicação da grande força (não tão grande quanto a do Hulk gringo) seria o descontrole emocional intenso, e da resistência sobre-humana seria a diminuição da sensibilidade à dor, causada pelo acidente.
12 - Por fim, lembre-se que a HQ nacional tem uma longa estrada e muita coisa boa foi escrita e desenhada através dos anos. Watchmen e Cavaleiro das Trevas são ótimas referências, sem dúvida; mas mestres como Lourenço Mutarelli, Flavio Collin e mesmo "iniciantes" como Gabriel Bá e Fábio Moon certamente são escolhas melhores no quesito "brasilidade".

Mindfuckeando...

Entro no #trails, depois de séculos sem sequer abrir o IRC, e logo de cara me deparo com um fulaninho fazendo perguntas estranhas ao JC sobre totens de golfinho e etecetera. De repente, JC cai, fico na dúvida se caiu de verdade ou fugiu do mané. Quando o mesmo mané resolve vir conversar comigo, a resposta se torna óbvia...

Malditos_VeNuSiAnOs> PrEsUnToW
Malditos_VeNuSiAnOs> ae cara
Malditos_VeNuSiAnOs> vc joga RPG?
PrEsUnToW> Rpag?
PrEsUnToW> q q eh isso?
Malditos_VeNuSiAnOs> dexa pra la
PrEsUnToW> Rapazes procuram garotas?
PrEsUnToW> Se for, jogo sim :P
Malditos_VeNuSiAnOs> vlws mesmo assim
Malditos_VeNuSiAnOs> aUHAuhaUHAuh
Malditos_VeNuSiAnOs> Role Playing Game
Malditos_VeNuSiAnOs> ^^
PrEsUnToW> reeducação postural global?
PrEsUnToW> anh...
PX> rola para gays
PrEsUnToW> tipo videogame?
Malditos_VeNuSiAnOs> eh, soh q sme vidiogame
Malditos_VeNuSiAnOs> ^^
Malditos_VeNuSiAnOs> *sem
PrEsUnToW> final fantasy e etc
PrEsUnToW> acho maneiro
PrEsUnToW> como SEM videogame?
PrEsUnToW> no pc?
PX> lol
Malditos_VeNuSiAnOs> naum
Malditos_VeNuSiAnOs> papel
Malditos_VeNuSiAnOs> e dados
PrEsUnToW> ????
Malditos_VeNuSiAnOs> mais ou menos assim
Malditos_VeNuSiAnOs> o mestre do jogo
PrEsUnToW> isso ae tá me parecendo mais é banco imobiliário, mano
Malditos_VeNuSiAnOs> haha
Malditos_VeNuSiAnOs> sem comparações
Malditos_VeNuSiAnOs> tipow asism
PrEsUnToW> hmm
Malditos_VeNuSiAnOs> eh tipow um narrador
Malditos_VeNuSiAnOs> q conta a histproia
Malditos_VeNuSiAnOs> os jogaodres
Malditos_VeNuSiAnOs> representam personagens
Malditos_VeNuSiAnOs> na historia
Malditos_VeNuSiAnOs> exemplo
Malditos_VeNuSiAnOs> aventura policial
Malditos_VeNuSiAnOs> eu sou o mestre
Malditos_VeNuSiAnOs> vc um jogador policia
Malditos_VeNuSiAnOs> vc um jogador policial
Malditos_VeNuSiAnOs> eu digo q un ladrão vaio na sua direção
PrEsUnToW> ah... não é aquela seita dos caras que mataram a minina lá?
Malditos_VeNuSiAnOs> vc fala oq ker fazer
Malditos_VeNuSiAnOs> atirar onde
Malditos_VeNuSiAnOs> ou correr
Malditos_VeNuSiAnOs> aUHUHAUHAuhaUHAuha
Malditos_VeNuSiAnOs> cara, akilo era um monte de psicopata q usaram o nome do rpg pra matar
PrEsUnToW> o tal jogo que faz as pessoas adorarem o diabo?
PrEsUnToW> to fora disso, meu
Malditos_VeNuSiAnOs> nen
PrEsUnToW> deus é pai
Malditos_VeNuSiAnOs> nun eh isso nom
Malditos_VeNuSiAnOs> claor q eh
Malditos_VeNuSiAnOs> sou católico mano
Malditos_VeNuSiAnOs> soh idiota, cai nessas
Malditos_VeNuSiAnOs> rpg nesse ponto
Malditos_VeNuSiAnOs> eh como filmes saka?
Malditos_VeNuSiAnOs> soh os com tendencias psicopatas saem matando
Malditos_VeNuSiAnOs> o msm psicopata q mata por rpg, mata por filmes
PrEsUnToW> o pastor lá da minha area falou pra não se meter com esses tecos não, que é coisa do demo
Malditos_VeNuSiAnOs> mas de todo caso vlw's pela compreenção
Malditos_VeNuSiAnOs> PrEsUnToW
Malditos_VeNuSiAnOs> issu eh parte ignorância d ekem nun conhece o assunto
Malditos_VeNuSiAnOs> RPG tem suas msgs subliminar como todo e qqer programa de TV digamos asism
Malditos_VeNuSiAnOs> eh un jogo qqer como todo outro
Malditos_VeNuSiAnOs> tem os do "mal" ou cosia assim
PrEsUnToW> tu tá chamando o pastor de mentiroso? Pos! Semana passada vi ele tirar umas coisas ruins da cunhada do meu pai... coisa louca
Malditos_VeNuSiAnOs> mas tme os normais
Malditos_VeNuSiAnOs> PrEsUnToW
Malditos_VeNuSiAnOs> nun to chamando ele de mentiroso, to dizendo q ele nun tah familiarizado com o assunto
Malditos_VeNuSiAnOs> rapaz, sou crismado
Malditos_VeNuSiAnOs> rezo todas as noites
Malditos_VeNuSiAnOs> nen mentir sou capaz
Malditos_VeNuSiAnOs> nun péco
Malditos_VeNuSiAnOs> as evzes erro
Malditos_VeNuSiAnOs> como todo ser humano q se preze
Malditos_VeNuSiAnOs> mas jogo rpg
Malditos_VeNuSiAnOs> riu mt
PrEsUnToW> mas fica jogando essas coisas estranhas... tu vai pro inferno, rapaz!
Malditos_VeNuSiAnOs> ^^
Malditos_VeNuSiAnOs> nen cara
Malditos_VeNuSiAnOs> eh dificil explikar pela net
Malditos_VeNuSiAnOs> então eskece
PrEsUnToW> não adianta ficar rezando todo dia se não fizer as cousa direitinho, como deus manda
PrEsUnToW> e deus não gosta que jogue essas coisas aí do demônio
Malditos_VeNuSiAnOs> nun eh coisa do demônio rapax
Malditos_VeNuSiAnOs> existem milhares de jogos diferentes
PrEsUnToW> o pastor falo q é
Malditos_VeNuSiAnOs> como q no jogo
Malditos_VeNuSiAnOs> vc eh um policial
Malditos_VeNuSiAnOs> e vc temq proteger a cidade
PrEsUnToW> mas se não tem videogame, não tem nada, só papel, como q tu se transforma nas coisas? Isso é coisa de magia negra. Valha-me deus
Malditos_VeNuSiAnOs> meu
Malditos_VeNuSiAnOs> eh imaginação
Malditos_VeNuSiAnOs> msm q ler un livro
PrEsUnToW> coisa de gente dograda, q fica tendo alusião
Malditos_VeNuSiAnOs> eu imagino q sou um policial
Malditos_VeNuSiAnOs> q maneh ilusão rapax
Malditos_VeNuSiAnOs> vc axa q ler livros eh coisa de drogado e do demônio
Malditos_VeNuSiAnOs> azar o seu
PrEsUnToW> pah... saca só mano... eu podia ficar aqui tentando entender esses treco demoníaco q tu tah falando, mas tô atrasado pra igreja
Malditos_VeNuSiAnOs> vai nessa
PrEsUnToW> depois nós se fala ae pelas quebrada
Malditos_VeNuSiAnOs> igreja salva tb
Malditos_VeNuSiAnOs> x}~
Malditos_VeNuSiAnOs> alias
PrEsUnToW> [PX] quem é o newba? :P
Malditos_VeNuSiAnOs> nun eh a igreja q salva, eh a fé e os ensinamenos de Deus
Malditos_VeNuSiAnOs> e nun eh coisa do demônio
Malditos_VeNuSiAnOs> mas vejo cmo kiser
Malditos_VeNuSiAnOs> lovre arbítrio
Malditos_VeNuSiAnOs> ^^
Malditos_VeNuSiAnOs> ops
Malditos_VeNuSiAnOs> *livre arbítrio
PX> PrEsUnToW:
PX> nem imagino
PX> mas eu to rindo horrores
PX> pois eu falei a mesma coisa sobre o pastor
PX> antes
Malditos_VeNuSiAnOs> eu notei XP
Malditos_VeNuSiAnOs> PX
Malditos_VeNuSiAnOs> eh uma opção sua
Malditos_VeNuSiAnOs> mas acho ignorância, pq eh un jogo como todo e qualquer
PrEsUnToW> alguém salva o log aí pra eu rir depois, q agora tô indo pagar umas contas pra patroa, e sei lá o q pode acontecer com esse pc maluco nesse meio tempo :P
[20:04] * PrEsUnToW está away razão: RPG é coisa do demo, ae! UAHuahUAHuahUHA

Pouco tempo depois, PX me manda o log do canal até o momento em que eu entrei, por e-mail. Vê se a vida não é mesmo uma eterna repetição? :)

Números

Cinco histórias, cinco desenhistas, um roteirista empolgado.
Cento e trinta páginas, quatro reportagens, duas biografias.
Dois filhos, um antigo inimigo, um novo vilão motivado.
Quatro heróis.

aguardem...

Leituras...

Ando um tanto quanto obcecado pelo selo Marvel MAX, talvez pelo fato de ir em busca de influências recentes para o trabalho que estamos querendo fazer na cooperativa. Já havia lido Alias, boa parte da série, e agora estou em busca de Cage, de tanto ouvir os elogios do Erick. Os próximos da lista, no entanto, serão Rawhide Kid, na tal versão que dizem que o personagem "sai do armário"; e The Hood. Por enquanto estou no segundo número de The Eternal, que pode ser re-entitulado de "os bastidores da criação da humanidade". Durante anos a Marvel insistiu num ponto específico sobre a criação do homo sapiens, em que os deuses alienígenas chamados Celestiais haviam vindo à Terra, avaliado o potencial dos seres que aqui viviam, e então feito-os pular um passo na escala evolutiva. Na mini-série Terra X (antes ainda de Universo X e Paraíso X, duas viagens completamente desnecessárias) foram ainda mais longe, transformando o planeta num hospedeiro para um Celestial em formação, e os humanos (assim como mutantes e demais super-heróis) em anticorpos que protegeriam esse "Deus bebê". Em The Eternal, essa surrealidade continua. Na série, o escritor Chuck Austen e o desenhista Kev Warren contam a história dos Eternos (conhecidos entre os leitores da Marvel principalmente por causa da personagem Sersi, integrante dos Vingadores), uma raça imortal que, escravizada pelos Celestiais, tem a missão de extrair os recursos naturais de diversos planetas galáxia afora, evoluindo seus nativos para transformar os mesmos em mão de obra obediente. Ao chegarem na Terra, Ikaeden e Kurassus, os dois mais altos em comando, surpreendem-se ao evoluir uma fêmea nativa, e perceber o quanto ela se parecia com as mulheres de seu povo (exterminadas pelos Celestiais para que não se procriassem). Kurassus, um personagem frio, cruel, mesquinho, e com desejos sexuais bastante esdrúxulos; é o primeiro a tomar uma das fêmeas para si, mas logo todos os Eternos entregam-se ao prazer e à luxúria junto de suas companheiras primitivas. Isso faz com que seus comandantes fiquem cada vez mais preocupados com a possível ira dos Celestiais, à medida que vão surgindo mais e mais humanas (chamadas por eles de deviantes) grávidas. A lei é bastante clara, e uma gravidez é imediatamente extirpada (aparentemente, junto com a genitora), e os problemas começam a se tornar realmente claros quando Ikaeden permite que sua companheira viva, após ela ter quebrado a lei dos Eternos e administrado nela própria um processo que lhe permitiria pensar e falar como os Eternos, assim como confessar seu amor por Ikaeden, e finalmente se entregar a ele. Os artifícios são os habituais da série MAX: sexo, nudez, violência, muitas tripas. Austen, no entanto, consegue limitar o uso destes recursos e contar uma história com vários elementos bíblicos, que trata, até onde eu posso supor, dos últimos momentos de queda de um povo antigo. A arte de Warren é belíssima, muito bem finalizada pelo nanquim de Simon Coleby e as cores de Dan Brown. As cenas de nudez são até bastante comportadas, sem parecerem desnecessárias, e as cenas de sexo realmente convencem. A violência está lá, logo nas primeiras páginas, mas aos poucos vai sendo aliviada, dando maior espaço à interação entre os personagens e o esclarecimento da origem dos Eternos. Troféu jóinha pras referências ao antigo egito e interpretação das constelações pelos "deviantes".

Fury

Mais uma do Ennis. Esse é um cara que tem muitos defensores, e eu não compreendo bem o porquê. O protagonista é quase sempre um psicopata sarcástico e todos à sua volta completos perdedores, e há sempre pelo menos um antagonista gigantesco e deformado. Entre Fury e a fase do Justiceiro escrita por Ennis, eu não percebi muita diferença. As duas abusam do sangue e matança como artifícios para esconder a fraca narrativa, e as duas utilizam-se de estereótipos cansativos para falarem de guerra (sinceramente, me parece que Ennis tem uma certa obsessão por repúblicas tropicais e ditatoriais de terceiro mundo). O "velho sádico" (numa óbvia alusão ao "velho safado" Charles Bukowski) mostra-se cada vez mais, aos meus olhos, um escritor pouco criativo e que insiste em bater sempre na mesma tecla, e exemplo do péssimo Thor: Vikings que mais parece um remake não-censurado de Mortal Kombat do que realmente uma história em quadrinhos. Qual a diferença entre quadrinho adulto e ingênuo, alguém perguntou uma vez sobre as novas linhas de publicação da Marvel. Eu vou mais além e pergunto: qual o motivo de inserir elementos "adultos" como sexo, violência, palavreado forte, e etecera; numa história tão infame que somente crianças se interessariam por lê-la? E os traços de Darrick Robertson também não ajudam a acrescentar nada de novo ao título, ou qualquer coisa que se tenha visto nas bancas nos últimos tempos.

U.S. War Machine



Voltando a falar de Chuck Austen, entãoo, um autor bastante controverso mas que está aos poucos entrando na minha preferência. Após uma busca rápida no site Omelete, atrás de outras notícias sobre o cara, só encontrei duas menções à série U.S. War Machine, uma de Fabricio Grellet, anunciando o lançamento do título em 2001, e outra de Rodrigo Monteiro, anunciando a sua continuação, War Machine 2.0. Em ambos os casos, a impressão que passa é que os autores das resenhas sequer leram quaisquer das revistas, não se importaram em buscar quem leu, e insistiram em falar mal do mesmo jeito. Não que qualquer uma das duas séries seja uma obra prima digna de prêmios internacionais, mas os comentários dos "cozinheiros" foram ácidos demais em textos que deixaram óbvia a ignorância dos dois quanto às séries. War Machine é focada em Jim Rodhes, antigo guarda-costas de Tony Stark (o Homem de Ferro). Correndo fora da cronologia oficial do universo marvel, a história começa com Tony Stark rompendo todos os seus contratos com o governo, e informando à imprensa que nunca mais desenvolverá armas para ninguém (devido à violência causada num incidente na Latveria, terra do Doutor Destino), e manterá sua tecnologia para uso pessoal e exclusivo. Logo em seguida, a mesma armadura que ele havia prometido que jamais seria vista (a chamada Máquina de Guerra) se envolve num incidente terrorista transmitido ao vivo em rede nacional, que culmina com a morte de sete pessoas (quatro inocentes, dois terroristas e uma refém). Rhodey, que vestia a armadura, é demitido mas arruma logo um novo emprego: como chefe do departamento de Operações Especiais da organização de espionagem S.H.I.E.L.D., que está produzindo uma nova versão da armadura, com tecnologia roubada de Tony Stark. A série é obviamente caucada no mangá, tanto nos traços limpos e simples em preto e branco, atolados de retículas e cenas detalhadas com vários elementos complexos (como a múltipla colisão de carros mostrada na primeira edição); quanto no dinamismo da narrativa, açãoo rápida e até na temática. Infelizmente, no decorrer da série, Austen vai aos poucos substituindo este estilo "mangalóide" por uma arte 3D apressada, que piora a cada edição, até chegar ao abuso da sua continuação, a mini-série War Machine 2.0, totalmente ilustrada por imagens tridimensionais de Christian Moore.
Austen cria algumas confusões ao longo de sua narrativa, e quase gagueija em sua insistência de falar (e mal, o que lhe rendeu alguns puxões de orelha na mídia especializada) sobre racismo e preconceito. Cria-se uma espécie de "rivalidade saudável" entre Rhodes, um negro tentando se ajustar, e Parnell, um idealista pentelho que acusa o amigo de "trair a própria raça" o tempo todo. Tirando-se estes detalhes, é possível rir bastante e aproveitar os conceitos criados, como Darkhawk, um ciborgue preso numa fantasia virtual que é uma cópia deslavada de um Eva (de Evangellion, pra quem não conhece) e é protagonistas de algumas das piadas mais bem sacadas.
Agora, quanto a U.S. War Machine 2.0, eu não recomendo de maneira alguma. Não só pela nauseante arte 3D, mas pela inutilidade da história. Tony stark vê a unidade especial da S.H.I.E.L.D. estampada nos jornais e decide tomar sua tecnologia de volta, à força. Em meio a tudo isso, os War Machines e o Capitão América (na verdade Bucky, sob a máscara) deixam escapar pelos dedos terroristas de posse de bombas nucleares. Tony surge no pior momento, quando os "heróis" estão saindo para impedir um holocausto, e da segunda para a terceira edição, sem explicação alguma, os dois grupos se aliam. Um desperdício de páginas que termina numa lição de moral e um sentimentalismo bestas.



Ligo para minha sogra, atende minha cunhada, com aquele grande carinho e educação, com o qual estamos acostumados:

- Tu é um filho da puta! Eu não acredito que tu pegou meu livro!
- Anh... Tá, tá! Depois eu falo contigo. Chama tua mãe que eu tô com pressa.

Célia tá doente, e eu precisava do nome de um remédio. Minha sogra repetiu o nome umas seis vezes, até soletrou, e nada de eu entender o que a mulher falava. Resolvi arriscar um conselho farmacêutico, e a moça da Fusesc acabou me indicando um antiséptico sei lá das quantas. O resultado do coquetel de remédios que venho administrando nela poderia ser melhor, se ela parasse de colocar tudo pra fora de quinze em quinze minutos.
Cara, tô começando a ficar bem preocupado com essa menina...
Bora dar uma de enfermeiro!

Semana passada me baixou uma luz. Sentei à mesa da sala e comecei a rabiscar sem parar. Devo ter feito uns oito ou mais uniformes diferentes para a Mulher de Lua. Desenhei Mustafá e O Inquisidor, futuros aliados. Desenhei Penélope, fiel ajudante da nossa heroína (por enquanto só minha, na verdade) e até arrisquei umas duas tentativas num cachorro lunar.
Improvisei uma mesa de luz, colocando um abajur debaixo do tampo de vidro da mesa de jantar, e o resultado saiu melhor do que eu esperava. Isso me permitiu ser mais fiel ao traço "Bruce Timm" que resolvi (por conveniência e até um pouco de vício, antes de perceber o quanto se encaixava na história) dar aos personagens. Me deu também a oportunidade de trabahar melhor nas cores e nas roupas, sem me preocupar tanto com falhas de anatomia (que, tanto nesse caso quanto num desenho vetorial, haveria uma culpa maior do desenho original do que da minha mão, por assim dizer).
Tudo o que eu queria era correr ao scanner e jogar todos os rascunhos de uma só vez para o Alessandro, Emir, WC e quem estivesse passando pela lista Ab_Velta. Pra minha infelicidade, foi aí que começaram os problemas.
No meio do scanning, tudo ficou preto. Mese daqui, mexe de lá, e nada do scanner voltar a responder. Um par de reinicializações e apertos na porta de impressora depois, e o computador começou a travar. Travou umas quatro vezes antes de começar a reiniciar sozinho. Reiniciou umascinco vezes antes de começar a teimar em não ligar. Teimou umas três vezes antes da minha conexão sair pra tomar um cafézinho e eu passar quase a semana toda sem internet.
E era aquele martírio: ligar e ter de aguentar o modo de segurança. Reiniciar em modo normal e esperar dois anos pelo scandisk. Chutar a parede quando o computador reiniciava antes de abrir o windows. Tentar descobrir o que significava os apitos da torre quando ela resolvia não ligar, e por que cada vez era um apito diferente. Entrar em desespero quando nem apito ela dava.
Ontem pela manhã resolvi tentar de novo. Havia passado boa parte da sexta-feira e o sábado inteiro sem nem chegar perto desse monstrinho que por pouco não voou janela abaixo. Ligou. Não travou. A internet voltou. No fundo acho que devia ser estresse. Ele só precisava de um pouco de descanso. O scanner ainda não funciona, mas eu é que não me arrisco a mexer nele de novo depois de todo esse sufoco.

* * *

Descobri que o Eudes postou duas imagens d'Os Marcianos no Rapadura enquanto eu estava naufragado. Legal isso. O Eudes tem um público diário bastante cativo, e isso significa que uma meia dúzia de gatos pingados extra passou por aqui essa semana. Um deles foi o Paulo Antunes, que descobri que colaborou com a Mosh. O cara tem um traço muito maneiro, bem puxado pro cômico, mas sem muitos exageros que tenho visto por aí nos últimos tempos. Paulo, tô procurando desenhistas pr'Os Marcianos. Se tiver interessado, é só mandar um e-mail. O pagamento é o pior possível, mas a troca de experiências é boa e a equipe é das melhores (tô falando dos outros desenhistas, mesmo).

* * *

Como a idéia a princípio era publicar RA junto com Os Marcianos, fui atrás de quem talvez pudesse me tirar umas dúvidas. Mandei um e-mail pro Lalo perguntando se dava pra fazer o contato com os caras, e se ele achava que eles iam espernear muito. A resposta a essa última pergunta não foi das mais incentivadoras (apesar de ser apenas a opinião deles. Ainda não fiz o contato com os doutores de lá), porém o e-mail voltou com ótimas notícias. Parece que o ESC ganhou uma versão 2.0 e levou de brinde um carro pra comemorar a maioridade. Esse carro é a editora Mepaba, fundada pelo que pude notar, pelo Lalo e pela Mai, além de um terceiro nerd não citado. A idéia é publicar quadrinhos RPG, o pacote completo, e o Lalo já me deixou com as orelhas em pé de curiosidade quando falou do nosso antigo projeto, o HQ. Parece que dessa vez sai. Quando sair algo mais concreto, vou pedir ilustrações pra todo o povo das listas. Sou cara de pau, mesmo... E daí?

* * *

A Célia tem certos problemas pra pegar no sono. Constantemente ela me pede que conte números primos em voz alta ou conte alguma história de ninar. "Você vai ser um ótimo pai pros meus sobrinhos", disse minha cunhada. Talvez pudesse ser... Não fosse o fato de que sou absurdamente relutante nessa minha nova função. Quando me curvo à insistência daquela a quem dói dizer não, me atrapalho nas palavras, esqueço da continuidade, peço desculpas e digo que depois vou ler a história pra me lembrar melhor dos detalhes. Uma ótima saída é a leitura. O primeiro que li para ela foi Irmão Grim, Irmão Grim, e comecei a narrativa pelo telefone, quando eu estava longe demais pra botá-la pra dormir. Depois, durante uma semana ou mais, li Ali Babá e Os Quarenta Ladrões. Tentei ler uns dois contos que achei na internet, mas não obtive o mesmo resultado. Acho que vou dar uma geral pelos brechós procurando alguma daquelas coleções ilustradas, que vinham com Pinóquio, Pequena Sereia, etecetera.

* * *

Esta última semana tentamos algo diferente, e comecei a ler Merrick para ela. Ontem ela se virou para mim e admitiu:
- Isso tá um porre!
- Mas... Você que pediu pra eu ler esse...
- Eu sei, mas... Essa mulher é muito chata.
- Tudo bem. Ó! Fechei o livro, nem marquei a página em que a gente estava.
É. Anne Rice definitivamente não é a melhor opção de história de ninar.

* * *

Depois que eu colocava o livro na cabeceira e via Célia mergulhar no sono profundo, corria para o outro quarto e acendia a luz. Esses pequenos momentos depois que ela dorme, ou enquanto ela trabalha, são os poucos em que posso ler algum livro sossegado, com calma.
Não que a presença da Célia me incomode, mas ela exige total atenção quando está comigo. Eu sou um grude como ela, talvez até pior, mas ano passado não li nenhum livro por inteiro (tirando Justiceiros, sumariamente afanado do ex-namorado dela) devido a essa dedicação incondicional, e eu simplesmente piro se ficar muito tempo sem ler um bom livro. No momento estou lendo Memnoch. Passei uns dois meses vendo aquele livro permanecer estático sobre a mesa do telefone, na casa da Célia, e resolvi surrupiá-lo por uma semana. Quando a Célia for passar em casa de novo, vou pedir pra delicadamente deixar no mesmo lugar onde estava antes. Aposto que ninguém irá notar.
Livrinho bonzinho. Gostoso matar a saudade dos personagens das crônicas vampirescas. Lestat, no entanto, está mais babaca do que nunca. Chora o tempo todo e só falta gritar "Bate e me chama de Bete". É daquelas histórias que você tem de filtrar muito pra poder dizer depois que gostou. Roger é bom. Dora é bom. David é bom. Lestat tentando se concentrar em Dora enquanto pensava em lamber sua boceta menstruada definitivamente não é bom. Lestat apertar a mão de Deus e chupar o sangue de Cristo é péssimo. Bom, só pra dar risadas mesmo. Tenho feito resumos diários para a Célia, a medida que avanço na narrativa. Isso tem substituido as histórias de ninar, em algumas ocasiões. O último resumo causou reações divertidas.
- Não adianta, fofinho. Essa mulher tava muito chapada quando escreveu esse livro.
- Ela já nasceu chapada, amor.

* * *

Minha cunhada lê o blogue. Será que ela vai ficar indignada quando descobrir que o livro está comigo?

Enfim consegui falar com o meu tio. Tôu arrastando os dois, ele e minha tia, pra festinha do Averon hoje. Noite promete ser interessante.

A misteriosa Mulher de Lua




A Mulher De Lua, sozinha. Tirando os micro-heroes que fiz para ilustrar a primeira versão do roteiro, este é o primeiro desenho que fiz da personagem. A pose é de um desenho da Batgirl, do Bruce Timm.



A idéia desse desenho era mostrar todos os membros dos Marcianos numa situação mais... anh... Íntima. Mas não tive paciência de procurar bons desenhos para usar como base para os personagens masculinos, e me limitei às moças. Ambas as posições foram tiradas de desenhos do Bruce Timm.



A Mulher de Lua novamente, dessa vez mais "confortável". Queria fazer algo parecido com o papel de parede que fiz do Homem Lua, mas o resultado não saiu o esperado. Acho que a ausência da roupa vermelha deixou a imagem meio morta, opaca. Mais uma vez, o desenho original é do Bruce Timm.

Às vezes um livro marca você. Se você levou mais de um ano, por exemplo, para lê-lo, é capaz que isso ocorra. Se você começou a lê-lo na época em que começava um relacionamento novo, e não conseguiu terminá-lo pois estava maravilhado com este relacionamento tão perfeito, e quase não tinha tempo para abrir o livro, de tão absorvido que estava am fazer companhia à pessoa amada; então é provável que esse livro marque você.
Se você foi o único da sua família a lê-lo sem achar a narrativa difícil, a trama complicada, ou o prólogo cansativo; é quase certo que ele marque você.
Agora, se você vira a última página e não consegue acreditar que levou tanto tempo para ler uma história tão boa, e corre para a internet pesquisar sobre as mil-e-uma referências usadas pelo autor, além de desperdiçar linhas e mais linhas na sua página pessoal elogiando o livro e copiando trechos dele; definitivamente este livro marcou você.

Os Winshaw

O Legado da Família Winshaw é um forte documento da história sócio política da Inglaterra entre os anos de 1942 e 1991. Apesar de sua trama ficcional, carrega um pano de fundo bastante real e palpável, criando um contraste que condiz perfeitamente com a crítica ácida que o livro propõe. Uma crítica não só à Inglaterra, mas a todas as grandes potências capitalistas, e seus líderes arrogantes e super-poderosos, sempre capazes de esquecer o que foi dito anteriormente e perpetuar a luta contra seu grande inimigo, que o autor identifica no trecho abaixo:

* * *

Henry fez uma pausa, limpando distraído o molho do prato com o dedo.
- Vamos dizer assim: sabia que durante os próximos cinco anos estávamos planejando eliminar a merenda escolar gratuita para mais de meio milhão de crianças?
- Não creio que vá ser lá uma medida muito popular, diria eu.
- Ora, naturalmente a grita vai ser grande, mas depois vai passar, e outra coisa vai preocupar as pessoas. O importante é que vamos economizar muito dinheiro e enquanto isso toda uma geração de crianças da classe operária ou de famílias de baixa renda não vai comer senão sucrilho e chocolate todos os dias. E no fim isso vai significar que vão crescer fisicamente mais fracas e mentalmente retardadas. - Dorothy ergueu uma sobrancelha diante dessa declaração. - Ah, sim - acrescentou ele, para tranquilizá-la. - Uma dieta com alto teor de açúcar retarda o desenvolvimento mental. Os nossos já provaram isso. - Ele sorriu. - Como todo general sabe, o segredo da vitória em qualquer guerra é desmoralizar o inimigo.

* * *

Saddam, nós vamos invadir sua praia!

Os Winshaw são constantemente culpados, pelo autor, pelas maiores desgraças da história recente da humanidade. O sucateamento do Sistema Nacional de Saúde britânico, a banalização dos meios de comunicação, a miséria em países de terceiro mundo, a saúde precária de milhões de pessoas devido ao consumo excessivo de produtos industrializados (Michael Owen, o autor criado pelo autor, chega a acusar um a um os membros da Família Winshaw pelo assassinato de seu pai); e até os conflitos com o Iraque.

* * *

Thomas conta a história de um debate que aconteceu entre os diretores do banco durante o almoço na City, numa tarde de sexta-feira: um almoço para o qual Mark fora convidado. A conversa havia girado em torno da recente demissão de um dos sócios por causa do papel assumido pelo banco na crise do Kwait. Thomas se sente na obrigação de explicar os detalhes dessa crise a Mildred, presumindo que, como mulher, não deve saber nada a respeito dela. Então lhe conta como o Kwait foi declarado um Xecado independente em junho e como, apenas uma semana depois, o General de Brigada Kassem tinha anunciado sua intenção de absorve o país, incorporando-o ao seu, alegando que de acordo com os precedentes históricos, ele sempre fora uma "parte integrantedo Iraque".
Ele recorda a ela que o Kwait havia pedido apoio militar ao governo britânico, que lhe prometera tanto o secretário do Exterior, Lorde Home, quando o Lordedo Selo Privado, Edward Heath; e que, desde a primeira semana de julho, mais de seis mil soldados britânicos haviam sido levados para o kwait do Quênia, Aden, Chipre, Reino Unido e Alemanha, estabelecendo uma linha de defesa de cento e dez quilômetro a apenas oito quilômetros de fronteira, em prontidão no caso de um ataque iraquiano.
- O caso é - disse Thomas - que esse cara, um sócio mais novo, o Pemberton-Oakes, não aguentou o fato de que ainda estávamos emprestando altíssimas quantias para os iraquianos para ajudá-los a financiar seu exército. Disse que eram inimigos, e que estávamos, de certa forma, em guerra com eles, e que não devíamos estar ajudando os sujeitos. Disse que devíamos fazer negócios com o Kwait, por uma questão de princípio - acho que foi essa a palavra que ele usou - mesmo que eles pedissem empréstimos desprezíveis e o banco não fosse capaz de obter muito lucro com eles a longo prazo. Bom, aí se formou um verdadeiro rolo, todo mundo se intrometendo dos dois lados, apresentando pontos de vista alternativos, quando alguém teve a brilhante idéia de perguntar ao jovem Mark o que ele achava.
- E o que ele disse? - pergunta Mildred com um tom resignado na voz.
Thomas deu uma risadinha.
- Disse que era absolutamente óbvio, pelo que ele podia ver. Disse que devíamos emprestar para os dois lados, é claro, e se a guerra começasse, devíamos emprestar mais ainda, para eles continuarem lutando durante o maior tempo possível, usando cada vez mais equipamentos e perdendo cada vez mais homens, ficando cada vez mais devedores nossos. Deviam ter visto a cara deles! Bom, provavelmente era isso que todos estavam pensando, entende, mas ele foi o único que teve a coragem de dizer tudo na cara de todo mundo. - Ele se volta para Mark, cujo rosto, durante toda a conversa, permaneceu absolutamente impassível. - Vai ter um futuro brilhante no campo bancário, Mark, meu velho. Um futuro brilhante.
Mark sorri.

* * *

Peguei o controle remoto da televisão e estava para desligá-la. O menino de olhos fixos e inexpressivos, as costas tão rígidas e tensas como as de Fiona quando ela se sentara no meu sofá, não estava mais na tela: mas o homem com a aparência de tio, com aquele largo sorriso e o bigode preto e espessoainda estava pisando duro, para lá e para cá, dessa vez com uma farda completa e cercado de homens da mesma idade e nacionalidade e comportamento. Eu o observei mais alguns segundos e senti outra lembrança começar a recuperar a forma.
- Sei quem é esse aí - disse eu, apontando para ele e estalando os dedos. - É o... como é mesmo o nome... presidente do Iraque...
- Michael, todo mundo sabe quem é esse aí. É o Saddam Hussein,
- Ah, issmo mesmo, o Saddam Hussein. - Depois, antes de desligar a televisão, perguntei: - Quem era aquele menino que estava com ele? Aquele que ele estava tentando abraçar?
- Não tem assistido aos jornais ultimamente? Era um dos reféns. Ele anda exibindo-os na televisão, como se fossem gado ou coisa parecida.
Isso não fez muito sentido para mim, mas estava na cara que não era hora de explicações elaboradas.

* * *

Os dois artigos que eu havia escolhido para comparar eram exemplos do lado político de Hilary. Embora estivessem separados por mais ou menos quatro anos, apresento-os aqui como Fiona e eu os lemos naquele dia: lado a lado.







HOJE RECEBI UM BOLETIM de um grupo que se denomina Os Defensores da Democracia no Iraque - ou, para abreviar, ODDI.
Alegam que o Presidente Saddam Hussein é um ditador brutal que conserva o poder através da tortura e da intimidação.
Ora, tenho um conselho a dar a esse bando de ODDIs idiotas: tratem de conferir os fatos!
Quem foi o responsável pelos programas de assistência social que trouxeram melhorias tão grandes na habitação, na educação e na assistência médica em todo o Iraque?
Quem foi que concedeu aos iraquianos os recentes direitos a receberem pensão e salário mínimo?
Quem instalou sistemas de irrigação e drenagem mais eficientes, fez empréstimos generosos aos fazendeiros locais e prometeu "saúde para todos" até o ano 2000?
Quem é que nada mais nada menos que o presidente Reagan mandou retirar da lista de líderes políticos acusados de apoiarem o terrorismo?
E quem mais, de todos os líderes do Oriente Médio, abriu os cofres do governo, conforme prometeu, e deixou que tantas construtoras e indústrias britânicas ajudassem na reconstrução de seu país?
Pois é, foi o tal "brutal e "torturador" Saddam Hussein.
Caiam na real, ODDI! Deviam estar reclamando desses aiatolás demagogos que andam por aí. A vida no Iraque pode não ser perfeita, mas agora está melhor do que já foi durante muito, muito tempo.
Então, parem de pegar no pé do saddam. Afirmo que ele é um homem com o qual podemos negociar.


Não é sempre que um programa de televisão me deixa revoltada, mas a noite passada me senti assim.
Será que alguém nesse país consegue aguentar o Saddam Hussein no Nine O'Clock News, exibindo os chamados "reféns" que sadicamente propõe usar como escudo humano?
Esta imagem vai me perseguir pelo resto da vida; o espetáculo de uma criança indefesa sendo maltratada e apalpada por um dos mais odiosos e desumanos ditadores do mundo de hoje.
Se algum bem pode resultar de uma exibição revoltante dessas, será o de fazer os chamados "lobistas da paz" caírem em si e perceberem que não dá para ficarmos sentados e permitir que esse Cachorro Louco do Oriente Médio saia impune depois de cometer crimes tão terríveis.
Não estou me referindo só à invasão do Kwait. Todos os 11 anos da presidência de Saddam Hussein foram uma história longa e revoltante de tortura, brutalidade, intimidação e matanças. Se não acreditarem em mim, é só lerem os folhetos informativos publicados pelo ODDI (Os Defensores da Democracia no Iraque).
Não resta a menor dúvida: não podemos mais nos deter em escrúpulos morais; chegou a hora de agir.
Vamos rezar para que o presidente Bush e a Sra. Tatcher compreendam isso. E vamos rezar também para que o menininho corajoso e determinado que vimos em nossas telas de tevê ontem à noite viva para esquecer esse encontro com o Açougueiro de Bagdá.



* * *

- Ora, com base no que me disse - Falou Henry, ajeitando-se mais confortavelmente na poltrona - Eu diria que o Ministério da Indústria e Comércio ganhou a batalha por enquanto. Vou sugerir que mandem alguém a Bagdá nos próximos dois meses, e ofereçam aos iraquianos um belíssimo contrato de crédito bem generoso. Quanto foi que os americanos deram a eles?
- Vários bilhões, eu acho. Mas foi só para os grãos, coisa assim. Oficialmente, pelo menos.
- Hummm. Ora, eu acho que podemos chegar aí a umas setecentas ou oitocentas mil libras. Acha que está bom?
- Acho que sim. Vai vir a calhar.
- Eu presumo - disse Henry, inclinando-se para diante e olhando Mark nos olhos - que o Hussein pode mesmo pôr as mãos nessa grana, afinal. Quero dizer, crédito é uma coisa, mas nós queremos ter uma garantia de que ele vai pagar isso um dia.
Mark pensou cuidadosamente antes de dizer:
- O Iraque tem bons recursos naturais. Obviamente o dinheiro vai acabar se ele continuar gastando assim: mas não se esqueça de que tem um vizinho muito rico. Um vizinho rico e vulnerável.
- O Kwait?
Mark confirmou com a cabeça.
- Acha que ele invadiria esse país?
- Não hesitaria um só instante.- Sorriu enquanto Henry ruminava essa informação. - Mas esse é um palpite que pode nem se tornar realidade - disse ele.

* * *

- E de quem foi essa idéia brilhante?
- Quem sabe? De algum ministro do gabinete, de algum funcionário público, de algum guru acadêmico que tome parte em algum comitê de elaboração de diretrizes.
Um nome imediatamente passou pela minha cabeça. Henry.
- Mas é só nisso que pensam... na parte financeira? - falei.
- Nem sempre. - Dra. Gilliam sorriu amargurada. - Uma outra foi fechada alguns dias atrás. Sabe por quê?
- Continue, eu acredito.
- Vítimas de guerra.
- Mas não estamos em guerra - disse eu, nem mesmo sabendo se tinha escuado direito.
- Ora, alguém obviamente pensa que estaremos em breve, a menos que o Saddam tire o cavalinho da chuva. E este é um dos hospitais que recebeu ordens de arrumar espaço para nossos galantes rapazes da frente de combate.

* * *

Há apenas duas horas, forças aéreas aliadas começaram um ataque a alvos militares no Iraque e no Kwait. Esses ataques continuam enquanto eu estou aqui, falando com vocês.
Os vinte e oito países que enviaram tropas para a área do Golfo esgotaram todas as tentativas razoáveis para atingir uma solução pacífica, e não há escolha senão expulsar Saddam do Kwait à força. Nós não fracassaremos.
Alguns podem perguntar: por que agir agora? Por que não esperar? A resposta é clara: o mundo não podia mais esperar.
Este é um momento histórico.
Nossas operações se destinam a proteger da melhor forma possível as vidas de todos os povos dos países que compõem as forças de coalizão, alvejando o vasto arsenal militar de Saddam. Não temos mais como argumentar com o povo do Iraque. Aliás, quanto aos inocentes que sofrerão com esse conflito, oro por sua segurança.
Esta noite, enquanto nossas forças lutam, eles e suas famílias estarão presentes em nossas preces.
Não é fácil para nenhum presidente enviar seus filhos e filhas à guerra.
Que Deus abençoe todos eles, sem excessão.

O Legado da Família Winshaw é daqueles livros que, como um bom filme de suspense (ei! Ele não e um policial!), em dado momento você diz sozinho: "arrá! Tudo começa a se encaixar!"
Tenho o hábito de começar um livro pelas orelhas, e no presente caso isso me proporcionou uma agradável surpresa ao descobrir que a capa e as orelhas do livro forneciam fortes pistas visuais da trama. O desenho da capa retrata fielmente Winshaw Towers, incluindo a passagem secreta que leva à sala de bilhar e ao aposento onde Lawrence supostamente enviava mensagens aos nazistas. No canto inferior esquerdo, um olho remete ao sentido tão prezado por Thomas, e do qual ele é privado pouco antes de morrer. Na quarta capa, uma mão ensanguentada indica a chacina por vir. Nas orelhas, novamente o olho, acompanhado da seringa que matou Mortimer, o ouro dos Winshaw, o porco fazendo lembrar de Dorothy, a pilha de jornais que matou Hilary e o bilhete "Queijo, Aipo, Biscoito".

- Terminei de ler aquele livro.
- Ah, é?
- É muito bom! tu devia ler.
- Morre todo mundo no final?
- Anh... Err...

Escrevendo um conto erótico


ligas meias orgia
ereção desabotoar saliência
decote
striptease mamilo
trepar cutucar costas
baixinho isso pretas
sutiã apalpar algemas
arrastão tirar fluidos
vaselina carícia lamber
língua arquear ai meu Deus
não pára açoite abrir
calcinhas esticar meias
chupar camisinha macio
rosado molhado tenro
gemer aí vai

Vetoriais




Um grupo de heróis "diferentes", no qual venho trabalhando. O nome vem de uma brincadeira com o título "Mulheres são de Vênus, Homens são de Marte"



Topman, personagem de Lorde Lobo. Fiz o desenho a pedido do autor.

19/12 - sexta-feira

Jantar da Polícia Federal. Passei boa parte da noite me segurando pra não começar a contar piadas de milicos. Perdi a linha por completo, me atirei na fila do buffet e enchi o prato com tudo o que deu pra pegar. Os elegantes policiais e suas elegantes famílias fizeram o mesmo. Bolinhas de batata foram o marco da noite. Eu, quando voltei pra casa, era praticamente uma, também.

20/12 - sábado

Casamento do Fox. Célia resmungava sem parar, dizendo que estava mal vestida. Eu respondia:
- Imagina! Você tá linda. Mal vestido tá o Afonso.
Era verdade. Ninguém entendia o que o padre falava, muito menos os noivos. Gabriela resolveu rir logo na parte em que deveria jurar fidelidade ao marido. Cômico, muito cômico. No jantar, eu e Mentow pensávamos se já era hora de repetir. Célia avisou:
- O Bruno já tá lá.
Bolinhas de batata, de novo!

21/12 - domingo

Minha formatura. Depois de nove anos, enfim terminei o segundo grau. Passei a colação inteira tentando enxergar minha mãe na multidão, sem sucesso. Se ela não viesse até a frente, eu ia ficar com a rosa nas mãos na hora de fazer homenagem aos pais. Fiquei sentado entre duas choronas, que perguntavam o tempo todo se não haviam borrado a maquiagem. Dancei pouco, não tenho mais o mesmo pique que tinha aos meus vinte anos. A música também não colaborava pra isso. Levei quase uma hora procurando minha mesa e voltei pra casa com um insuportável bafo de cerveja.

22/12 - segunda-feira

Havia prometido à minha sogra aparecer na sede balneária da OAB para ajudá-la com o restaurante. Acordei no meio da tarde e não tive forças nem paciência pra fazer nada além de ficar sentado na frente do computador. Levei bronca da patroa. De noite, fui a Jurerê festar com Fox, Gabriela e demais parceiros de copo, e resolvi não avisar a patroa pra não levar mais bronca. Me arrependi ao chegar lá. Bateu a saudade. Resolvi ligar para ela, e, claro, levei bronca.

23/12 - terça-feira

Acordei com o Fox me ligando, perguntando de dois mil reais desaparecidos durante a festa. Depois do escarcéu todo, foi-se descobrir, ao fim do dia, que os pais da Gabriela haviam guardado o dinheiro. Fui até a Cachoeira do Bom Jesus, prestar satisfações à minha sogra e me surpreendi com o carinho que meu sogro me recebeu. Minha irmã chegou de Belo Horizonte. Descobri que abriu uma Blockbuster perto da minha casa. Fiz cadastro e coloquei quase todos aqui de casa, além da Célia, como meus dependentes. Não coloquei meu irmão, porque ele é caloteiro e deve mais de trinta reais na Videoteca.

24/12 - quarta-feira

Véspera de natal, mais um dia agradável e cada vez maior a confirmação de que nada poderia dar errado. Passamos o dia, eu e a Célia, com meus sogros, na OAB. De noite, ceia e cerveja na casa da minha avó. Meu primo seguiu a tradição familiar e ora carregava seu pai para um canto, ora falava para todos sobre a operação que fez no pinto. Descemos para pegar mais cerveja, e ele insistiu em me mostrar o resultado da operação, e ainda saiu lamuriando aos quatro ventos o absurdo de eu ter pedido que ele colocasse o instrumento de volta nas calças. Célia, desavisada, teve de aturar perguntas sacanas como "tu morde a tetinha dele com piercing?".

25/12 - quinta-feira

Natal, enfim. Almoçamos com meus sogros, novamente, e já emendamos a tarde trabalhando. Comida boa e banho de piscina. O fim de ano começava a ficar cada vez melhor.

26/12 - sexta-feira

Acordamos com uma surpresa desagradável, mas ignorá-la não foi uma tarefa difícil. Pessoas querendo atrapalhar nosso relacionamento existem aos montes desde que ele começou. Célia foi trabalhar, eu também. Dona Helena se mostrou uma empregadora mais simpática do que eu imaginara.

27/12 - sábado

Aniversário de namoro. Um ano juntinhos, colados, viciados um no outro. Brigas raríssimas; por motivo que o valesse, então, quase não existiram. Nos vimos em todos os finais de semana deste um ano, e com certeza não ficamos mais que dois dias separados, nunca. Fizemos tremendo alarde na última semana, por estar se aproximando tão importante data, que quando esta chegou, nos esquecemos por completo. Só formos nos dar conta no fim da noite, antes de voltarmos da OAB.

31/12 - quarta-feira

Último dia do ano. Cheguei tarde na OAB pra terminar os preparativos da festa. Comprei balões, velas, talheres de plástico, e saí roubando flores de todo lugar. Mal cheguei para trabalhar e já tive de sair novamente, para comprar frutas e bebidas. Eu e minha cunhada montamos uma mesa de frutas de botar inveja em muito serviço de buffet profissional. Célia chegou quando terminávamos. Nosso rendimento triplicou nesse dia, apesar do escândalo criado por uma cliente mal-comida. Assistimos aos fogos na praia, bebemos sidra vagabunda, cerveja, e batidinhas. Minha cunhada ria sem parar, depois de umas tantas pinas coladas.


 

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