No aeroporto de Florianópolis, à espera do meu vôo, resolvi passar no stand da La Selva e dar uma olhada nas novidades. Não pretendia de fato comprar nada, aliás, considerando minha situação financeira atual, ainda incerta, talvez eu devesse ter me mantido fiel à intenção original.
Tão logo passei os olhos pelas prateleiras me diverti ao descobrir a existência de um "Almanaque dos Anos 90" e me peguei imaginando o próximo tema a ser explorado no formato. Segundos depois me chamou a atenção uma capa onde se lia "A menina que roubava livros". O livro em questão estava (não sei se por coincidência ou se por estratégia) exposto logo ao lado de "A sombra do vento", o qual me propiciou uma experiência muito interessante coisa de um ano atrás. Talvez por loucura, talvez por excesso de percepção, olhando as duas capas lado a lado senti uma familiaridade tremenda, e, pro arrependimento dos meus bolsos dali alguns minutos, puxei "A menina..." e li a orelha. O que li ali, em poucos segundos e pulando várias palavras, só fez aumentar a vontade de levar a obra comigo para casa. Segundo o resumo da orelha, tratava-se da história de uma menina e seus preciosos livros (roubados, como sugere o título) nos primeiros anos da segunda guerra mundial, em plena Alemanha e história essa contada pela morte em pessoa. Curiosamente, "A sombra..." trata de um livro muito especial, cuja história é contada por um menino da Espanha nos primeiros anos do pós-guerra, que acaba por se deparar com o que seus olhos julgam ser a morte.
Sem saber como finalizar este post, ou mesmo justificar a criação dele, abro a mochilo em busca do livro recém-adquirido. Desejem-me uma boa leitura.

Alegria de pobre II

Lendo uma entrevista (aparentemente já um pouco antiga, originalmente publicada na CQB) com o mestre Gedeone Malagola, no site Quadrinharte, me deparei com isso:

R - O que o sr. achou da Mulher-de-Lua (Felipe Meyer)?
G - É meio esquisito, não sou muito favorável a personagem pelada.

Gedeone Malagola ouviu falar de mim! Mesmo ele não aprovando a minha "homenagem", ainda é legal. MUITO legal.

Salve-nos, Wikipedia

Em busca das merecidas definições:


Jabá pode se referir a:

Jabaculê também conhecido como Jabá na indústria da música consiste na prática de uma gravadora pagar dinheiro para a transmissão de músicas em uma rádio ou TV.

Exemplos de jabá

  • Compra de um determinado número de execuções diárias de uma determinada música nas emissoras de rádio;
  • Compra de posições no "hit parade" nas emissoras de rádio;
  • Compra de espaço para apresentação de artistas em programas de auditório;
  • Aliciamento de jornalistas para obtenção de comentários favoráveis.

Jabá 2.0

Como dizia um professor meu bastante odiado do curso de publicidade (odiado mas nem por isso menos sábio), "O novo marketing não tem a ver com vender produtos, e sim proporcionar experiências". Tendo citado o Dr. C. C., palmas para a ação da OneDigital/Dudinka (com assessoria da Blog Content), que proporcionou uma experiência sem igual a um bando de blogueiros e de quebra causou um burburinho dos bons em cima do novo lançamento da LG, o Viewty. De tão simples, entra pra minha velha listagens de "idéias que eu queria ter tido". Os resultados puderam ser vistos logo depois do fim da ação, com comentários e links no Twitter mostrando o belo e novo celular que os blogueiros haviam ganho "de presente". Qual o problema da ação, então? Na verdade, nenhum. A prática de proporcionar experiências a formadores de opinião é das mais antigas dentro da publicidade, tanto quanto os "presentinhos". Do lado dos idealizadores do chamado Safari Urbano, não tenho críticas a fazer. Como publicitário, torno a dizer, só tenho o que aplaudir. Do lado dos blogueiros, no entanto...
Minha incomodação começou com um comentário (que já ouvi de terceira mão) que rolou antes mesmo do Safari: "Olha só, vai ser uma puta ação e eles não vão ter de pagar ninguém!" O autor da frase parece sofrer de míopia, ou talvez seja meramente ingênuo. Como disse bem o Ziggy (ao cair de paraquedas na discussão, como eu), "É a velha discussão do post pago". Não estou querendo levantar se o post pago é uma prática boa ou ruim, mas sim, parafraseando mais um (dessa vez o amigo e patrão Pedro Markun), levou-se o jabá na web a um outro nível. "Ser blogueiro" é uma atividade relativamente nova, cujos praticantes não são organizados, não possuem um código de ética ou coisa similar e, pelo que se acompanha nas mesas de bares de São Paulo, nem realizam muitos esforços em sê-los e/ou tê-lo (apesar de discutirem bastante sobre o assunto). Nesse contexto, tudo o que fazem e dizem vai, aos poucos, criando as formas e regras desse novo mercado louco. Não acho que aqueles que participaram da ação (e levaram o brinquedinho pra casa, depois de ir ao estádio de helicóptero e encher os canecos às custas da LG) tenham "se vendido". Acho pior, pois se permitiram ser feitos de bobos. Foram "comprados" sem perceber, e por mixaria. Um celular de última geração, chopes de graça, ida ao jogo do São Paulo... parece mesmo um bom preço... Mas eu pergunto: quanto vale a sua credibilidade?


 

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