O governo deu um prazo de vinte dias à rede Globo para mudar o formato da novela Kubanacan, a qual consideram violenta demais; sob pena de reclassificarem o programa para ser exibido somente após às oito horas da noite. Antes disso, haviam surgido críticas semelhantes à própria novela das oito, referindo-se às cenas em que Raquel apanhava do marido.
"Tiros em Columbine", do cineasta Michael Moore seria exibido para populações carentes. A ministra da Assistência Social, Benedita da Silva, no entanto, suspendeu as exibições do filme, convencida pela embaixadora dos EUA, Donna Hrinak. Apesar da forte mensagem a favor da proibição das armas de fogo, o filme desagrada a embaixadora por ser "antiamericano demais".
A Mediawatch acusa a televisão e as produções cinematográficas de disseminar a linguagem obscena na Inglaterra.
Mel Gibson, que produziu o esperadíssimo (ao menos por mim e por muitos amantes do cinema sem fanatismos morais e/ou religiosos) "The Passion", em que retrata as últimas doze horas de Jesus Cristo (segundo ele) exatamente como descrito no Evangelho; declarou estar sendo alvo de perseguições. Durante os meses que se seguiram ao anúncio da pré-produção, Gibson foi investigado por centenas de repórteres e detetives particulares à procura de um escândalo que prejudicasse o filme. Não obtendo resultado, foram ter com o rabino Marvin Hier, frequentador assíduo do salão oval. Em entrevista onde admitia não ter visto trecho algum do filme ou sequer lido o roteiro, Hier acusou Gibson de atitude anti-semita e inclusive de querer revogar as decisões do Concílio Vaticano II. Estranhamente um jornalista judeu da revista Time, Jeff Israely, que teve acesso ao roteiro, o leu com vontade e não concordou com nenhuma das afirmações. Provavelmente, crucificar Gibson é a maneira que Hier encontrou para abafar as vozes que tanto lhe perguntam por que não intercede no complicado caso "Jonathan Pollard".
Hier, no entanto, não é unanimidade, apesar do que foi amplamente divulgado pela mídia brasileira. Assim como não o são os católicos que acusam o filme de contra-catolicismo; mesmo com as declarações de Gibson sobre seu objetivo de evangelizar, e que teria transformado todos os envolvidos com a produção (agnósticos, muçulmanos, e até a judia Maia Morgenstern, que no filme vive a virgem Maria) em católicos convictos.
A Liga Antidifamatória da América e a Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos retiraram suas críticas, e a última inclusive pediu desculpas publicamente a Gibson (admitindo ter formulado opiniões precipitadas baseadas em um roteiro que, segundo informações, nem faz parte da edição final do filme); após Gibson ameaçar processar as duas organizações por posse ilegal de seu roteiro.
Você já acordou algum dia e sentiu que não tinha a liberdade de dizer o que queria?
- Felipe Meyer
- Publicitário, redator e pseudo-quadrinhista. Ser humano do gênero masculino mais perto dos 30 que dos 20. Gestor de conteúdo do Jornal de Debates. Formado em Comunicação Social pela Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina. Casado, pai de uma linda coleção de revistas em quadrinhos, exilado de Florianópolis e tentando fazer a vida em São Paulo, na Auszuglândia.
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