Mais de duas semanas sem postar absolutamente nada. Pudera: caí na bobagem de ser convencido a formatar o computador. Os problemas consequentes não serão mencionados pra eu não lembrar da frustração de ser incapaz de fazer o Windows reconhecer os drives de CD.
De qualquer modo, estou sem internet. Em compensação, minha vida social vai a mil. Meu último fim de semana durou nove dias. Literalmente. A ressaca posterior foi menor do que a esperada. Ponto.
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Feliz natal a todos. Meu humor não está lá em seus melhores momentos. Coisa rara. A obrigação de se confraternizar com parentes que se evita o ano todo nem incomoda muito. Já é suportável a alguns anos. O grande problema é que uma pessoa em específica, que convive comigo o resto do ano inteiro, de repente surge num esforço inacreditável para estragar o meu fim de ano. Como tenho respeito pelos outros, decidi caminhar de uma "casa de vó" a outra. Assim não corro o risco de estragar o natal de ninguém, como o meu quase o foi.
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A tarde de hoje até foi bastante educativa. O Skayller apareceu em casa no início dela, mandou eu entrar no carro e me arrastou pro shopping. Queria comprar um presente para a "gatinha" mas não tinha a menor noção do que escolher. Me levou como consultor. Não escutou nenhuma das minhas sugestões. Me deu uma bela lição, é claro, sobre o que não comprar. Mas a escolha final não foi de toda ruim. Poderia ter sido pior. E sei lá eu como é essa garota misteriosa para imaginar como ela reagirá ao(s) presente(s).
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De qualquer modo, fica aqui as sugestões presuntescas para presentes de natal e datas presenteáveis em geral. Se você ainda não comprou nada para aquele fulano ou fulana semi-especial, arrisque nas minhas sugestões. Ou volte aqui quando elas forem necessárias.
Livros: escolher um bom livro para presente é bastante difícil, principalmente se você não onhece suficientemente os gostos da pessoa presenteada. Mesmo quando conhece (ou pensa que conhece), os resultados são imprevisíveis. Fica aqui a opinião do Presunto: nada de livrinhos fofos com mensagens fofas. Coisas ao estilo "Querido Irmão" ou "Obrigado, Papai, por ser meu pai" são divertidas mas denunciam uma absurda falta de criatividade, sem falar que no fim ninguém lê os tais livretos. Livros de fotografias agradam bastante, mas já encheram a paciência. Se quiser arriscar, eu sugeriria algo de Anne Gheddes, se o presente for para uma garota. São um tanto caros, variam bastante na verdade, mas os melhores são caros, sim. É fofo, é pseudo-sofisticado, e dá a impressão (mesmo que falsa) de que você gostaria de ter filhos.
Se o presente for para uma amiga, ou amigo, eu já sugiro algo de Nick Hornby. "Como Ser Legal" e "Alta Fidelidade" agradam qualquer pessoa não-chata entre 17 e 32 anos. Se bem que, próximo aos 30, "Um Grande Garoto" é mais indicado.
Para objetos sexuais, "amizades coloridas", ou simplesmente amizades mais íntimas, a escolha definitivamente é "Almanaque 02 Neurônio: Guia da Mulher Superior". Mas tome muito cuidado: tenha certeza de que a presenteada se enquadra nas categorias citadas, ou o presente pode dar a entender que você é gay.
CDs: Isso nem se comenta. Ou você pergunta de cara o que ela gostaria, e checa a coleção dela pra ter certeza de não presentear figurinha repetida; ou apela para a melhor solução: gravar. Musiquinhas fofinhas, bonitinhas, românticas, de preferência que vocês já ouviram juntinhos. Faça uma capinha detalhada (mostre que você se empenhou no presente) e coloque um título como "Músicas de Amor" ou "Coisas para ouvir a dois". Para amigos/amigas, compre a banda que você sabe que o presenteado/presenteada vai adorar. Nessa categoria, as intenções contam pouco. Para amizades coloridas e objetos sexuais, uma boa sugestão é "Lords Of Acid", "French Affair", e outras bandas eletrônicas que falem o tempo todo sobre sexo.
Bugigangas: Lojinhas de 1,99 são templos sagrados. Um arranjo "bugiganguês" sempre agrada, e a origem de seus itens é ignorada. Várias combinações são permitidas, mas é sempre bom garantir alguns itens como sabonete com cheirinho, flores, e incenso. O resto depende bastante. Pode ser uma cestinha de produtos sensuais (cremes afrodisíacos, óleos comestíveis, algemas, calcinhas e etc), cesta de alimentos (chocolates, panetone, uma garrafa de vinho ou a velha combinação "cesta de café da manhã"), ou cesta cosmética (toalha, xampu, cremes, perfume).
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Assim que eu tiver internet em casa, ou a oportunidade de acessá-la com calma (sem primos correndo em volta, mexendo no mouse, ou tocando guitarra no meu ouvido), pretendo continuar a série dos "Quadrinhos Mudérnos" (que a Luiza adorou tanto). O próximo capítulo (?) seria sobre "Criadores Fictícios de Quadrinhos Fictícios Mas Ainda Assim Mudérnos", ou algo do gênero, mas acabei juntando muito material divertido que foge aos limites desse título.
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O período abstinente me permitiu fazer várias coisas as quais eu estava desacostumado. Entre elas, a criação. Tenho desenhado muito, tido muitas idéias para roteiros, e criei uns três novos personagens que me agradaram muito. Também voltei a ler meus livros de Isaac Asimov (em particular "O Cair da Noite", que eu nunca terminei), iniciei uma gigantesca pesquisa sobre quadrinhos nacionais, e reli muita coisa boa que estava perdida no meu baú.
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Desses três novos personagens, a que mais tem me agradado é a Lili, uma garotinha de 6 anos que tem um amigo imaginável, o Nando. O Nando é um monstro de três metros de altura, extremamente forte, no qual a garotinha se trasforma quando precisa. Num estilo meio "Hulk", mas mais puxado para o antigo "Estelar", dos Super Amigos.
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Querem que eu faça fila indiana com os outros netos e cante "Noite Feliz", enquanto meu tio surge na fila vestido de Papai Noel. Sinceramente, vou me levantar daqui e ir direto para a sacada fumar um cigarro. Me poupem, pelo amor de Deus.
- Felipe Meyer
- Publicitário, redator e pseudo-quadrinhista. Ser humano do gênero masculino mais perto dos 30 que dos 20. Gestor de conteúdo do Jornal de Debates. Formado em Comunicação Social pela Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina. Casado, pai de uma linda coleção de revistas em quadrinhos, exilado de Florianópolis e tentando fazer a vida em São Paulo, na Auszuglândia.
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