Anos 80: em 15 de novembro de 82 realizam-se em todo o país eleições diretas para os governadores de estados. A crise econômica agrava as tensões populares e diversos supermercados são saqueados. Em 85 o regime militar - que prevaleceu por 21 anos - chega ao seu fim e Tancredo Neves é eleito presidente da república, mas falece antes de tomar posse. Nos primeiros meses do governo Sarney surge um ícone que traz novas esperanças à população. Trajando capa e um uniforme com as cores da bandeira, o Herói Nacional combate aqueles que ameaçam a soberania brasileira e a segurança de um povo a muito abandonado por Deus.

Anos 90: Conflitos no golfo Pérsico têm recordes de audiência em tevês do mundo todo.
Impeachment do então presidente Fernando Collor, em 92. Enquanto o povo lota os telefones opinando no programa estreante de televisão Você Decide, inicia o governo Itamar Franco, que se encerraria pouco mais de dois anos depois, com um dos maiores índices de popularidade da história da república. Tendo a nova administração como patrono, surge o Esquadrão Canarinho, um grupo de super-heróis com a missão de reacender no brasileiro o orgulho pelo próprio país. Além do adorado Herói Nacional, participam do grupo os cinquentenários Marechal Brasil e Mão de Ferro (este último longe dos holofotes, como assessor tecnológico do grupo) e alguns heróis até então desconhecidos.
* 1994: em 1º de julho é instituído o plano real, que elevaria a futura candidatura (e consequente vitória nas eleições) do então ministro da fazendo Fernando Henrique Cardoso, à presidência.
* 1995: com o fim do mandato de Itamar Franco, chega também o fim do Esquadrão Canarinho. Abandonados pelo sistema que os patrocinava e mantinha, e agora privados dos benefícios dos quais dependiam, a maior parte do Esquadrão renuncia à carreira heróica e tenta seguir a sua vida como possível. O Marechal Brasil aposenta-se definitivamente. O Mão de Ferro é obrigado a abrir mão de sua milionária empresa para o pagamento de diversas dívidas, e instala-se com a família no interior do estado de São Paulo. O Herói Nacional abandona o uniforme mas mantém a máscara. Pede que as pessoas passem a chamá-lo apenas de "Herói" e retoma um sonho antigo: prestar vestibular.

Século 21: o Brasil elege depois de muitos anos o ex-metalúrgico Luís Inácio "Lula" da Silva. Uma nova onde de patriotismo invade o país e ganha as capas das principais revistas. Lá fora, George W. Bush, filho, declara nova guerra ao Iraque, causando revolta e manifestações pela paz em todo o mundo. Aqui, nosso "Herói" tenta levar a vida como pode, segurando com dificuldade o emprego num pequeno escritório de advocacia, enfrentando monstros espaciais e terroristas no caminho de volta da padaria, e suportando com grande paciência as reclamações intermináveis de sua mãe, que não consegue compreender por que seu filho ainda não achou uma boa moça para casar.

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