Blogue abandonado às traças. Talvez fosse bom postar alguma coisa antes que ele fosse invadido pelo MSB. Piada tosca. Não reparem.
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Planos para o bar andam bem. Agora somos em três sócios. A meu ver, competentes e responsáveis. O grande problema é que ninguém tem conseguido ficar sóbrio o suficiente pra discutirmos o negócio com calma.
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Amizades andam melhor ainda. É bom descobrir isso, que ao se isolar de muita gente, se afastar de certos grupos e círculos, aqueles que realmente importam não te abandonam. Nesses momentos você acaba descobrindo amigos que nem sabia que tinha. Ninguém me deu uma grande ajuda ou um grande conselho qu mudou a minha vida. Simplesmente por estarem lá, já se mostraram pessoas maravilhosas. Valeu, galera.
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Assumi as finanças da casa. Foi bom pra ver que o negócio não é tão simples. Esse último mês gastamos de mês. Esse próximo vai ser com o cinto apertado.
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Festinhas! Como não falar delas? Duas sextas atrás fomos na Lagoa, eu, Célia e Varda. Cervejinha gelada, som legal pra dançar, pessoas estranhas. Varda conseguiu a façanha de quebrar a cêmera digital durante uns malhos que deu. Célia ficou com ciúmes porque tirei muitas fotos de determinadas pessoas.
No dia seguinte foi dia de bebedeira na casa do Skayller. O Negão, mais pra lá do que pra cá, abraçava a garrafa de Johnnie Walker e elogiava o seu novo amigo "Reeed Labelll". A Mila, horrivelmente loira, contava histórias de abuso sexual e repetia várias vezes que seu pai era amigo do cônsul do Peru. Quase todos na festa a ignoravam. Miojo e Dinha deixaram eu e Céliaperto de casa. Nenhum dos dois conseguia caminhar muito bem. É divertido voltar a beber.
Segunda, dia de aula. Faltei à última para chegar no Ilhéu antes das dez. Varda reclamou do serviço a noite toda e ainda quis passar sermão no garçom antes de sairmos. Embaixo da nossa mesa havia um estoque com umas oito garrafas antes de fechar o horário da promoção (peça uma leve duas). Torrei uns quinze reais em salgadinhos no posto de gasolina. Mais uns vinte em cerveja. Varda não quis dormir aqui em casa e pagou a viagem pro Skayller dar uma de taxista.
Chegamos enfim à sexta-feira, última. Banco imobiliário e restos de bebida. Um pouquinho de uísque, um pouquinho de gim, um pouquinho de conhaque, um pouquinho de cachaça... Um pouquinho de tudo. Lili e Skayller trapacearam o jogo inteiro e monopolizaram o mercado.
No sábado, foi dia de Bafão. Me arrependo de não ter ido antes, apesar dos convites. Já cheguei em Blumenau completamente torto, cheio de hametomas por ter caído no ônibus, e fui inventar de fazer a barba no banheiro do Shopping. Pobre decisão. Só na segunda-feira fui reservar algum tempo pra deixar tudo mais, como posso dizer... reto!
Célia teve um ataque de ciúmes porque uma PDX estava dando em cima de mim. Quando conseguiu se acalmar, foi a vez da mesma garota avançar na Célia. Passou por trás dela, sutilmente, e meteu aquela mãozada no peito dela. Na pista, com todo mundo, me virei para a garota e disse:
- Se que tás ferrada, mas se tu meter a mão na minha mulher de novo, eu é que te meto a mão na cara.
Nossa. Violência, não? :)
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E chegamos de volta à segunda-feira. Karine (a apixonada por Tatu que senta atrás de mim) me pediu pra ir com ela até o Bob's no recreio. Lá encontrei o Dalua, com vários anúncios debaixo do braço (Casas Bahia, Koerich, Kilar, etc) para pesquisar preços de geladeiras. Conversei muito com o cara, e resolvi matar a quarta aula pra continuar o papo. Quando pretendia voltar para a última, encontrei com o Robô no meio da rua. Num acesso de cafetão, abraçou a garota que estava com ele e ofereceu: "Essa é minha irmã! Tão afim? Só três pilas!"
Adivinhem quem era a garota? Dou uma dica de três letrinhas: PDX.
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Acabei não indo à aula mais. Beberiquei umas cachaças na escadaria do Rosário e ri muito. Quando se aproximou de umas nove e meia, resolvi ligar pra Célia. A última vez que bebi com o mesmo pessoal, levei grande esporro por não tê-la chamado. Resolvi não arriscar e liguei:
- Célia? bota uma calça e vem pra escadaria.
- Porque?
- Tamo bebendo. Vem logo!
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Parazitta só esperou a Célia chegar. Tinha de se mandar cedo. A Célia, aliás, chegou no meio de uma conversa meio constrangedora:
- Nem vem com essa! Eu comi quando ela já tava... Opa... Vamos mudar de assunto que minha mulher chegou.
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Nesse dia ouvi falar de novo da Laura. Há tempos que eu não a vejo. Uma gordinha da Escola Técnica disse que já havia ouvido falar de mim. Logo quem contou... Comecei a narrar a lenda da "cartinha" (uma certa carta de amor que a Laura me entregou uns quinze minutos antes do Foca me contar que ele e o Daniel tinham feito sexo anal com ela no dia anterior), mas a gordinha já sabia de cor.
Aliás, pelo que ela diz, a Laura até hoje anda com uma cópia da mesma carta no bolso, pois sabe que a original eu joguei fora.
Vá ser obcecada assim na pqp...
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Walério virou nerd. Agora usa mirc, brinca com o fotoshop e tem seu próprio fotolog. Cada um que entra no estúdio ele anuncia: "fotolog.net/tocha666! Porque eu sou malvado!"
Isso quando não está tomando tapa das meninas por fotografá-las desprivinidas.
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Vamos falar de Cooperativa, então. Finalmente entrei nas negociações e a partir do próximo mês vou estar pagando minhas cotas. O número um deve sair até o fim do ano, e há uma possibilidade de ser lançado pela Ópera (apesar de estarem com o pé um pouco atrás pelo tema que escolhemos trabalhar: super-heróis).
Se eu conseguir convencer o Walério. Saio no número dois, com o "Galo Galáxico".
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Além disso, estou trabalhando com o Erick num pré-roteiro para "Raio Negro & Velta". Deveria ser um grande crossover entre os dois personagens, mas pelo que foi dito até agora, estamos nos centrando mais na reapresentação do personagem de Gedeone Malagola, que não é publicado a muito tempo.
Claro que há o detalhe que não podemos viajar muito na maionese, já que o projeto depende da aprovação do Gedeone. Só no meio da minha rgumentação que fui me lembrar "putz! A Velta também faz parte da história!"
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Alguns meses atrás, na cozinha aqui de casa, tive de ouvir minha mãe dizer:
- Nenhum dos meus filhos até hoje completou o segundo grau direito. Acho que eu nunca vou realizar o meu sonho de ver um filho se formando.
Pois bem. Minha formatura é dia vinte e um de dezembro. Com direito a culto, colação de grau e baile. Pra arrecadar a grana da festa, vou ter de vender rifa (eita!), mas já estou planejando outras saídas. Vou ter cerca de trinta convites pra distribuir. Grande notícia! Haviam nos dito antes que seriam dez.
Como disse o Mário, o bukowskiano que senta do meu lado e é a cara do Simoninha, pra alguns, formatura é como festinha de debutantes. Portanto, pra juntar o povo que quer formatura e o que só quer encher a cara, provavelmente devemos fazer um churrascão. O Afonso (coordenador) já se dispôs a pagar a birita.
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Quinta-feira parece que rola Coda no CIC. Apesar dos convites constantes do Celinho (que toca na banda e é meu professor de inglês) pra que todos os alunos compareçam; temo não ter condições financeiras até lá. Uma pena. Brincando, Blumenau custau mais de setenta reais pra mim e pra Célia.
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Aliás, o Celinho me conseguiu umas informações valorosas, como o preço de locação do CIC: dez mil. Esse tipo de informação será muito útil para o que planejo pro verão. Não que eu vá conseguir juntar grana pra jogar Wax Poetic no CIC, mas vale a pena tentar.
Ah... Já falei que o Wax Poetic vem ao Brasil? :)
- Felipe Meyer
- Publicitário, redator e pseudo-quadrinhista. Ser humano do gênero masculino mais perto dos 30 que dos 20. Gestor de conteúdo do Jornal de Debates. Formado em Comunicação Social pela Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina. Casado, pai de uma linda coleção de revistas em quadrinhos, exilado de Florianópolis e tentando fazer a vida em São Paulo, na Auszuglândia.
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