A festa foi um lixo, em diversos sentidos. Cheguei no dito local, e dei-me de cara com pessoas às quais evito um contato aproximado, ouvindo um som do qual não gosto, e vi-me perguntando "o que eles fazem aqui?". Um tanto de arrogância de minha parte, admito, mas senti-me um tanto quanto invadido. Novamente tive uma prova de pessoas que me procuram com intenções desagradáveis, como contar-me coisas que definitivamente não me dizem respeito, mas que, ditos pelos lábios certos, ajudam apenas a fomentar minha já conhecida insegurança. Esse tipo de "aviso" nunca vem acompanhado de boas intenções ou virtudes, como disse Machado de Assis em "A Cartomante", em frase da qual não me lembro mais do que o sentido. Percebo que já há algum tempo, envolvo-me demais com assuntos que não são de meu interesse ou que sirvam para meu progresso pessoal. A mentira e a honestidade mostram-se muito próximas, quendo vê-se que o "honesto" envolvido tem interesses pessoais no alerta. Pouco importa-me quem fala a verdade ou quem mente (apesar que, assumo a fraqueza, tornaria-me muito feliz saber que aquela a quem tenho afeto foi-me sincera na descrição dos fatos). Meus desejos e ambições passam por cima de tais intrigas. O princípio da realização de tais fantasias dá-se muito depois do ocorrido, em época em que nenhum dos mencionados têm qualquer tipo de obrigação ou dever de me prestar satisfações; nem antes tinham nenhum deles.
Feliz estou descobrindo coisas que, sim, realmente me importam, sobre uma pessoa da qual muito gosto e, também, aos poucos, descobrindo meus sentimentos por ela. Se, pelo destino, "lei de murphy", ou pura incompatibilidade entre o pressuposto "casal", nada de mais "sério" - ou qualquer outra definição que se queira utilizar - vir a acontecer nesta dita "relação", alegra-me saber que venho cativando uma grande amiga, à qual dedico e reafirmo minha confiança, meu carinho, e minha estima.
Além do mais, ela é linda, e não nego que vejo-me em situação difícil se um dia tiver de repreender ser tão belo.
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