Deus! Aquela buceta vai me deixar excitado a semana toda. Não importa quantas vezes eu lave as mãos, continuo a sentir nelas aquele cheiro maravilhoso. Era carnuda. Gorda, eu poderia dizer. Uma buceta gordinha. Saltava para fora, como um apêndice, algo com vida própria, independente do resto do corpo. Impunha, ali, sua importância.
Era macia ao toque, como uma esponja úmida envolta pela mais macia das calcinhas. Puxei a calcinha para o lado e senti os pêlos. Curtos, raspados dos lados. Ela deu uma suspirada funda, que eu sabia bem que significava um "não". Um "não" que por sua vez significava um "sim", mas a situação não me permitia levar em consideração a segunda interpretação.
No banco da frente, Manuela entoava com seu amigo - cujo nome não faço questão de lembrar - uma chata conversa, da qual minha participação era limitada a "arrãs" e "claros". Não sabia sobre o que conversavam. Não me importava. No banco de trás estávamos mais ocupados tentando disfarçar a masturbação mútua. Em certo momento, Manuela acendeu a luz para procurar algo no porta-luvas. As mãos, antes bem alojadas entre as pernas, pularam para a coxa e a masturbação se transformou num delicado carinho. Típido de dois velhos amigos sentados no banco de trás de um carro. Rimos juntos, eu e ela, e deitei no seu colo. A luz se apagou e ela reposicionou sua mão, o que me fez levantar e fazer o mesmo. Manuela me perguntou algo que não entendi. Prestando atenção quando ela repetiu a pergunta, percebi que ela perguntava o caminho para a minha casa. Me recompus. As mãos voltaram para as coxas. Indiquei o caminho.
O carro parou. Me despedi de Manuela e do amigo. Me despedi dela. Um beijo no rosto, um abraço. Me aproximei do ouvido e disse, baixinho:
- Hoje vou dormir com um ótimo cheiro nas mãos.

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