Seria eu um tarado, um pervertido?
esta dúvida me surgiu hoje, ao conversar com a Karen num pvt um tanto quanto "picante". Estava eu a falar bobagens sem nexo e fantasias que me passavam pela mente, sem nenhum objetivo obscuro por trás de tais confissões (antes que alguém me acuse), e então fui surpreendido pela reação rápida e bombástica dela, tanto no pvt quanto na conversa que acontecia, paralelamente, no canal #marisco (esta, já completamente escrachada).
/tudo bem... Momentos de descontração, brincadeiras de amigos, mas haveria um fundo de verdade nestas piadas? Poderia eu ser um compulsivo pecador luxurioso? Talvez... Vamos relembrar o passado:
No tempo em que fui dono do Subway Tattoo Bar, estranhamente transformei-me em "partido alto" de uma hora para outra. As mulheres iam e vinham, não importando se eram atraídas a mim por interesse ou não. Tive mais amantes no curto período em que trabalhei naquele bar, do que em toda a minha vida restante (bem, talvez não...). Certa vez vi surgir porta adentro uma moreninha linda, de coxas grossas e seios firmes, com bochechas levemente arredondadas, vestida com calças pretas e uma blusa que deixava à mostra a perfeita barriga. Reconheci-a de imediato, uma antiga colega de colégio, da qual eu recordava bem o nome, mas que dificilmente deveria sequer imaginar o meu.
Sonho de consumo de muitos dos meus amigos, ela, que nunca havia trocado mais do que algumas palavras antipáticas comigo, de repente mostrava-se feita de sorrisos e prosa mansa, e um óbvio interesse por me conhecer melhor. Com a desculpa de bom comerciante que deveria ser, sentei-me com ela em uma mesa, junto a uma segunda conhecida (que já havia provado dos meus beijos e, como declarou abertamente, gostado muito). Conversa seguindo seu rumo, na terceira ou quarta cerveja (elas pagando, pois nem todo tarado é tolo) não houve como escapar: o assunto era sexo. Não lembro muito bem do que disse, tampouco das palavras que usei, ou da forma que as usei, mas lembro de ter falado abertamente sobre minhas opiniões sobre "sexo meramente por prazer", a possibilidade de fazê-lo com amigas, e a distante ligação dele com a palavra "fidelidade" (salientando que estas não são necessariamente minhas opiniões atuais), etecetera, quando a moreninha grita: "CHEGA!"
Encerrou-se a conversa por aí. As duas haviam ficado COM MEDO! Medo DE MIM! Pagaram as cervejas e foram embora. Sentei no balcão, virei-me para meu sócio, ouvi-o chamar-me de perdedor, e voltei às cervejas.
Serei mesmo um tarado?
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