(...) A certo momento, a estrada se dividiu, e Ernesto não soube que caminho tomar. Cada qual deles possuía um guardião. O guardião da direita, espada em punho, usava uma bela cota carmesim, e tinha um enorme tigre branco deitado e embraçado aos seus pés, como um gato doméstico aquecendo-se junto ao dono.
Chovia, e o guardião da esquerda tremia de frio, trajando nada mais que trapos imundos. Debaixo de sua sombra, tentava se esconder um velho cão vira-latas de pêlo marrom. Um velho bastão de madeira era a única arma que o guardião da esquerda possuía para proteger o seu caminho.
O guardião da direita ofereceu a Ernesto passagem livre. Descreveu as maravilhas que haviam ao fim da estrada, e sua vontade de compartilhar com Ernesto a bela visão de riquezas e sonhos alcançados.
O guardião da esquerda ergueu o fraco bastão, firmou-se com dificuldade em cima das duas pernas magras, e negou-se a dar passagem a Ernesto. Disse que seu caminho era árduo e cheio de pedras em seu percurso. Difícil de ser trilhado, e sem garantias de recompensa ao fim dele. Mas ainda assim, o defenderia com a vida, e não permitiria a ninguém passar daquele ponto sem lutar (...)

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