Este post tem como objetivo divagar algumas palavras sobre minha atual confusão... Sim, estou muito confuso.
Conforme escrevi neste mesmo blogue a poucos dias, tive o prazer de assistir ao filme "O Conde de Monte Cristo", em sua provável versão original para os cinemas. Mas talvez eu estivesse enganado.
Como bom insômne assinante de tevê a cabo que sou, sempre "pego" os filmes pela metade, se tanto. Foi este o caso. Acompanhei o fim da história de um revolucionário chamado "O Tocha", símbolo da liberdade em seu país, mas que ocultava-se sob a figura do Conde de Monte Cristo. Preso e afastado de sua amada, Zona, era tarefa dele libertar o país das mãos de um general ditador, reconquistar sua liberdade, e impedir o casamento do ditador com a mulher que amava.
Monte Cristo quase impede o casamento, mata o general (agora declarado rei), recebe a adoração do povo, e termina a história devidamente feliz e acompanhado de Zona.
Pois eis que ligo a televisão esta madrugada, como consequência de uma tentativa de colocar os ossos no lugar (não, eu não durmo mais tão cedo... e passar horas sentado na frente desse computador, madrugada adentro, é algo que vem prejudicando deveras o problema de postura que tenho há anos), e eis que me deparo com imagens borradas, cores irreais, e cenários falsos ao extremo: características inconfundíveis de um bom filme antigo, especiaria que venho degustando com enorme prazer nos últimos tempos.
Do ponto em que "peguei", a história mostrava a princípiouma cena confusa, que dava a entender a morte de uma pessoa que não aparecia na tela. A seguir, um casamento. A jovem noiva virava-se para o seu consorte, suspirava, via nele a imagem de um outro homem, muito mais jovem e bonito, e por fim aceitava. Logo depois, um prisioneiro de barba castanha colada no rosto batia com uma xícara (ou utensílio similar) nas pedras de sua cela. Após muito cavar, retirava uma pedra e encontrava um outro prisioneiro, um padre de sessenta e oito anos, que havia passado os últimos seis cavando sob sua cela, temendo por fim encontrar um guarda ou coisa pior, ao invés da liberdade.
Os dois se tornam grandes amigos, e passam mais seis anos construindo um túnel que os levaria à liberdade, utilizando-se de conhecimentos da engenharia e arquitetura egípcias, fórmulas matemáticas para calcular datas e níveis de maré... Conhecimentos diversos que o padre havia adquirido em seus vinte anos como bibliotecário do Conde de Spada, que fez do jovem (à época) padre seu único herdeiro.
Foi nesse ponto que percebi de que filme se tratava. Um prisioneiro ensinando truques velhos a um prisioneiro mais novo, e lhe falando de um tesouro escondido (o tesouro de Monte Cristo). Eu havia visto esse enredo nos trailers da nova versão deste filme (que agora, mais que nunca, sinto que preciso ver com urgência), e me acomodei melhor na cama, alegre por poder enfim acompanhar este ótimo filme desde o começo (ou parte conveniente dele).
Sequência rápida de acontecimentos, pra poupar palavras: o padre morre, em um desmoronamento (dias antes de o túnel ficar pronto), mas antes entrega ao jovem prisioneiro seu testamento, com a indicação do local onde encontrará o tesouro sonhado. Este, trocando de lugar com o padre, é jogado ao mar (por pensarem se tratar de um cadáver). É encontrado por marinheiros contrabandistas, acha o tesouro, torna os marinheiros seus servos, assume a identidade de Conde de Monte Cristo, faz amizade com o jovem visconde francês Albert, e parte para a frança para vingar-se dos três criminosos ricos e com os olhos tomados pela cobiça, que o puseram na prisão, vinte anos antes.
Um deles (pai de Albert, e marido de Vallentine, o amor que Edmond - o Conde de Monte Cristo - julgava perdido), tendo suas viz ações do passado expostas ao público, se mata. Outro, totalmente falido por aceitar conselhos financeiros do Conde sem pestanejar, entra em estado catatônico. E o último, ajuda o Conde a escapar mais uma vez da prisão, provando sua inocência, e ainda trazendo à tona provas que levam o verdadeiro criminoso à cadeia.
E a bela história de um ex-prisioneiro que vinga-se de seus inimigos através da política (há uma única cena de espadas no filme, que no entanto não termina com a morte de ninguém) termina deste jeito: sentado em cima de uma árvore, abraçado à sua antiga amada, e contando piadinhas poludas para seu enteado (que foi criado de forma a parecer seu filho).
E onde diabos entra "O Tocha" nessa história?

0 Comments:

Post a Comment




 

Copyright 2006| Blogger Templates by GeckoandFly modified and converted to Blogger Beta by Blogcrowds.
No part of the content or the blog may be reproduced without prior written permission.