Hoje no elevador me flagrei pensando em algumas coisas sobre o "Lugar Legal"... Cada vez estou mais decidido em botar o negócio pra frente (contanto que eu consiga um dia juntar a grana que me falta, é clato). E esse nome cada vez me parece mais inapropriado... A piada foi boa para a época em que ela surgiu ("som legal, gente legal, cerveja barata" e etecetera), mesmo sendo uma substituição para "Lugar do Caralho" (que seria a melhor opção, mas nunca passaria na junta comercial).
Não só em relação ao nome minhas idéias vêm mudando... A idéia que eu tinha, originalmente, era de fazer um lugar totalmente nerd: comics, diversões eletrônicas, som pesado (mas sem banda, que isso só dá preju) e muita bebida. Chamaria o Diego "Arte Ataca" (aka Gringo) pra pintar as paredes, nuns motivos super-heróicos altamente viajantes (mas sem deixar parecer parede de jardim de infância, claro). Com o tempo, idéias foram mudando, sendo abandonadas, outras acrescentadas, e a partir do momento em que existiu a possibilidade de sociedade com o Ramon, o lugar foi se transformando em um bar techno.
Poxa... Florianópolis. Não duraria três meses, a menos que eu abrangisse para o público GLS (nesse caso duraria uns cinco meses, talvez. Não se esqueçam que pico gay essa cidade já tem demais).
Acho que eu realmente comecei a abandonar a idéia, depois que eu escrevi um conto idiota (procurem nos arquivos, logo nos primeiros) e a Cris me falou do "Circus Bar", em Curitiba (que infelizmente, fechou antes que eu pudesse conhecer). Junta isso ao clima do Madame Satã (que era exatamente como eu imaginava), e toda a maçaroca de idéias que eu tinha antes, surge pra mim um conceito totalmente para o bar.
Preciso de um nome forte, ruim, malvado... "A Repulsiva" seria perfeito, mas eu não vou passar a perna no Nicolas (idéia dele, a gente respeita). Preciso de um público fodido, chorão, e feio. Que veste preto dos pés à cabeça e não lava os cabelos. Que curta encher a cara e cair num canto pra não incomodar mais ninguém. Preciso de um lugar escuro, abafado, com barmen mal encarados, e DJ humilde. Preciso de indie, oitentóides, gothic, gothic pop, electro gothic, industrial: uma mistura tão grande e randômica que ninguém vai estereotipar as noites do bar, do tipo "hoje é dia de industrial. Então eu não vou".
E preciso de idéias mais originais, pra criar um bar diferente de todos que eu já trabalhei ou frequentei, e que não caia no mesmismo, conseguindo sempre atrair não só o mesmo público fiel, como novos ppx's e pseudo-gothics florianopolitanos afim de som legal e um belo cachaçal...
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