Cheguei em casa e meu primeiro impulso foi ir pra net, óbvio, mas como meu irmão já estava usando, resolvi dar uma de irmão legal, e não expulsá-lo dali a tapas hehehe. Passeando pelos canais da tevê, encontrei um filme muito bizarro do Lou Ferrigno. Não sei o nome, e acho melhor não tentar descobrir ^_^. Logo que comecei a ver, achei que fosse alguma continuação sinistra de Hércules, já que a caracterização era muito parecida: um cara grande e forte, barbudo, semi-nu, com um cinto escrito "H" e esmagando bandidos com pedradas. Interessante era pensar: se ele pode levantar aquelas pedras enormes com tanta facilidade, e derrubar dois ou três de uma vez só... pra que a espadinha ridícula que ele ficava girando sem parar. Resposta óbvia: assim ele pode fazer poses de herói e exibir melhor os músculos.
Mas apesar do teor de "ruindade" do filme, Lou Ferrigno é sempre cool! Li um tempo atrás, numa quiz, que ele e Bill Baxby não se cruzavam durante as gravações do seriado do Incrível Hulk. Segundo Baxby, era pra passar de um modo mais realista o conceito de duas personalidades diferentes, que não se conheciam nem sabiam nada sobre os atos um do outro. Legal isso ^_^. Não que isso adiantasse de alguma coisa, já que Ferrigno entrava mudo e saía calado, com excessão de um "UUUrrGH!" aqui e ali, acompanhado de uma cara de constipação. Sobrava pra Baxby, cuja falta de talento só era superada pelo excesso de esquisitices clássicas de gente famosa.
Outra coisa que faz a gente pensar nesse seriado, é o impacto que ela teve na carreira do velho Lou, e de outros do tipo dele. Um cara grande, marombado, exibindo os músculos na telinha, pintado de verde. Lembro de um austríaco (ou de um outro desses países europeus - ou não - que todo mundo conhece mas não sabe apontar no mapa) que fez uma participação especial em um episódio, e que mal sabia falar inglês (ele e Lou se deram bem). Tudo bem que ninguém percebeu que o velho Swarzenegger, um halterofilista merdinha em busca de fama no cinema, tinha quase o dobro da altura do monstro verde, mas isso serviu pra alavancar a carreira do bom e velho Arnoldinho pra outros trabalhos mais rentáveis, enquanto hoje em dia ninguém se lembra do pobre Lou, a não ser quem compra o livro "Lou Ferrigno's Guide to Personal Power, Bodybuilding and Fitness for Everyone".
Foi até uma surpresa quando li uma matéria no ano passado que falava das participações que ele fazia em convenções de quadrinhos, já que desde meus 13 anos eu achava que ele estava morto (uma vizinha me contou uma história escabrosa sobre como ele tinha pego câncer por causa da tinta verde que bassavam nele... how bizarre!)
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