Homenagem ao saudosíssimo Meyer Filho, que eu tive o grande privilégio de conhecer antes que seus dias findassem... Quisera eu tê-lo conhecido melhor, mas o pouco que conheci, até hoje me serve de grande inspiração. Pra quem não sabe, Ernesto Meyer Filho foi um artista plástico de grande reconhecimento em Florianópolis e no resto do país (assim como também no exterior), nascido em Itajaí, porém "manezinho da ilha por espírito". Funcionário aposentado do Banco do Brasil, e membro fundador e presidente do GAPF (Grupo de Artistas Plásticos de Florianópolis), participou de várias exposições nacionais e internacionais, e organizou os dois primeiros Salões de Arte Moderna de Santa Catarina.

Não obstante, era irmão de Alfredo Liberato Meyer, pai de minha mãe ^_^.
Aliás devo minha existência, em parte, a ele... Meu pai morava na mesma rua que o Meyer Filho e família, e desde pequeno fez grande amizade com o Paulinho Meyer, filho do pintor. Foi o Paulinho quem carregou meu pai de penetra ao aniversário de 15 anos da minha mãe (ou pelo menos assim meu pai contava). Segundo minha mãe, já o conhecia antes, e nunca gostou muito dele, mas como era um dos melhores amigos do seu primo, os dois acabaram por se verem mais e mais, e logo começaram a namorar... ^_^ Snif... Caiu ateh uma lagrima aqui...







O dia em que descubri, surpreso, que era um cidadão de Marte

Ernesto Meyer Filho

Aconteceu em um dia de agosto do, para mim, longínquo ano-da-graça de 1964, quando, pela segunda vez, expunha individualmente na "Casa do Artista Plástico" de São Paulo.
Estava me preparando para dormir, quando o telefone do hotel tilintou. " É o pintor Ernesto Meyer Filho?" "Ele mesmo!"
" Sou um cidadão do Planeta Marte e desejaria levá-lo para conhecer meu maravilhoso Planeta Vermelho ".
Surpreso, por incrivel que pareça, aceitei. Aconteceu que já o conhecia, pois visitava minha primeira exposição individual em São Paulo, um ano antes, na mesma galeria. E até já tinhamos tomado umas cervejinhas, em um barzinho da rua Nestor Pestana, onde ficava minha galeria. Apenas não tinha revelado sua verdadeira indentidade...
Em um curtísimo espaço de tempo, eu me achava bem no centro de um aeroporto marciano, simplesmente sensacional!!!
O aparelho em que fiz meu primeiro trajeto TERRA-MARTE, segundo me informou meu amigo marciano, chamado BITÚ-BIRIBA, percorrera aquela distância na velocidade de 8.000.000(oito milhões) de quilômetros horários! Mas havia outras naves, multíssimo mais rápidas! A"nossa" nave, apesar de altamente sofisticada, era, para os meus amigos, absolutamente obsoleta. Erausada apenas, para exploração do nosso Sistema Solar Em uma cerimonia simples e rápida, fui, pura e simplesmente nomeado "Embaixador Plenipotenciário" do Planeta Marte, para todo o território brasileiro, do Arroio Chuí ao rio Oiapoque.
- Fiquei profundamente imprescionado com as coisas fantásticas que presenciei nos diversos acompanhantes cósmicos, situados em enormes cavernas, naturais ou artificiais. A maioria das crateras dos vulcões extintos são usados para tal fim. As marcianas belícimas, são como os homens, completamentes isentas de pelo, como, alias, segundo alguns cientistas terráquios, serão os humanos do futuro. Mediante injestão de certas anilinas, absolutamente inofencivas, elas adquirem todas as cores do arco-íres, a escolher...
- As raças de gado leiteros de Marte, são extremamente parecidas com as nossas. Acontece que, a 150 anos atrás, suas naves espaciais vieram buscar aquele gado na terra. Para compensar, eles espalharam nos locais dos "roubos", umas boas toneladas de ouro, e um marciano, disfarçado de garimpeiro, mostrava uma bela pepita de uns 5 (cinco) quilos e dizia: "Olha, pessoal, descobri isto em tal lugar, ó!!!
- E ái, acontecia a "corrida do ouro", fenômeno humano eternizado por Charles Chaplin, em um dos seus memoráveis filmes.
Para terminar, eu diria que os acampamentos cósmicos do Planeta Marte são pequenas suécias, 1.000 (mil) anos mais adiantadas, sob qualquer aspecto!
- Lá não existe o menor vestígio de pobreza, nem inveja ou ambições desmedidas. E todos trabalham exatamente de acordo com suas inclinações e suas capacidades intelctuais, sem nenhum tipo de exploração do homem pelo homem, isto é, do marciano pelo marciano...
- Aldous Huxley, romancista e ensaista ingês, autor, entre outros, de "Ponto a contraponto" e "Admiravel Mundo Novo", uma visão pessimista do futuro da humanidade, e que morreu em 1963, um ano antes dos meus primeiros contatos diretos de grau máximo com os marcianos, ficaria estarrecido, caso houvesse tido a mesma experiência...
Quatro (4) dias depois, eu estava de volta a São Paulo. A pintora e escultora Pola Rezende, dona da galeria onde eu estava expondo, assustada, exclamou:
Meu Deus, eu estava apavorada !!!. Pensei que tú, Meyer Filho, "caipira" de Florianópolis, havias "te perdido" em São Paulo!!!


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